Block, a empresa de Jack Dorsey, entra no S&P 500, as ações disparam!

Quando a indústria cripto ataca Wall Street, não é apenas com bilhões de dólares. Ela também deposita sua ideologia lá: a de um mundo financeiro mais aberto, mais descentralizado e ferozmente autônomo. A integração da Block no S&P 500 é um símbolo forte disso. A finança tradicional estremece, não porque está desmoronando, mas porque é forçada a lidar com uma força que não controla. Por trás dos índices, há uma luta cultural.

Bitcoin entra na dança: Block no S&P 500

A empresa de Jack Dorsey, recentemente em evidência por sua intenção de renomear os “sats” para “bits”, acabou de receber uma excelente notícia na bolsa. O anúncio caiu numa sexta-feira: Block Inc., anteriormente Square, substituirá a Hess Corp no S&P 500 a partir da quarta-feira seguinte. Resultado imediato: uma alta de 9% nas ações após o fechamento. Essa subida não é apenas técnica. É um reconhecimento.

Não se trata de uma simples ação. Trata-se de milhares de bilhões de fluxos passivos que se aproximam do bitcoin.

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Em resumo, os fundos indiciais agora terão que incluir uma empresa cripto em seus portfólios.

A entrada da Block acontece dois meses após a da Coinbase, outro gigante do setor. Nesse ritmo, a cripto não apenas entra no sistema: ela o redesenha. A Block cumpre todos os requisitos — capitalização de mercado de 44 bilhões de dólares, resultados positivos nos últimos quatro trimestres, e mais de 10% de ações em circulação pública.

Mas não é apenas um alinhamento de planetas. É o efeito Jack Dorsey. O homem é conhecido por seu apego ao bitcoin. Sua empresa detém mais de 8.500 BTC em seu caixa. Ela também planeja lançar em 2026 pagamentos em bitcoin via Square, apoiando-se na Lightning Network. Durante o Bitcoin 2025 em Las Vegas, a Block já demonstrou esses pagamentos em uma loja de merchandising.

Em resumo, o ex-chefe do Twitter não segue a corrente, ele constrói o mapa.

Por trás da alta das ações, uma estratégia bitcoin pensada desde 2021

A Block nem sempre foi vista como uma empresa cripto. Tudo mudou em 2021, quando Square se tornou Block. A mensagem é clara: prioridade ao bitcoin. Desde então, as provas se sucedem. Recentemente, Jeff Walton do Strive Funds observou que já fazia 11 dias que a Block atendia aos critérios para entrar no S&P 500.

Os tweets se empolgam, mas os investidores tomam nota. Porque a história mostra que o anúncio de entrada no índice impulsiona as ações no curto prazo. Segundo uma nota da Bernstein, as empresas ganham em média 4% nos 5 dias após o anúncio. Mas além dos números, é a estratégia que impressiona.

• +8,49% de alta nas ações da Block após o anúncio de sua entrada no S&P 500;
• +8.584 bitcoins detidos no caixa da Block;
• +44 bilhões de dólares em capitalização de mercado, muito acima da mediana do índice;
• +2026: lançamento previsto de pagamentos em bitcoin via Square;
• +2 meses: intervalo entre a entrada da Coinbase e a da Block no S&P 500.

Essa ascensão deixa a Robinhood de fora. Apesar de uma capitalização próxima a 100 bilhões de dólares, a plataforma de negociação não foi selecionada. A Block, por sua vez, tinha algo a mais: visão, tecnologia, e sobretudo… o bitcoin.

Jack Dorsey não para no bitcoin em caixa. Recentemente, apresentou Bitchat, um mensageiro offline, peer-to-peer e criptografado, que funciona sem internet nem servidores. Uma piscadela aos manifestantes de Hong Kong e ao IRC dos anos 90. Uma tecnologia para áreas de crise, resistente à censura. Isso resume bem o homem: adepto de uma finança útil, segura, sem vigilância — e, sempre, profundamente descentralizada.