Bitcoin atinge recorde de endereços ativos — US$ 100 mil está mais perto do que nunca?

Enquanto a incerteza paira sobre os mercados globais, um sinal claro emerge no nível do bitcoin: a atividade on-chain dispara. Com quase um milhão de endereços ativos em 24 horas, um pico não visto há seis meses, a atenção se volta para os fundamentos da rede. O BTC, após atingir um pico de 97.000 dólares, oscila em torno de 94.000 dólares. Esse aumento de atividade intriga: efeito duradouro ou simples explosão passageira? Os traders intensificam suas análises e aguardam o próximo impulso.

Uma atividade on-chain em plena efervescência

Em 3 de maio, o analista on-chain Ali Martinez publicou uma observação importante sobre a rede Bitcoin via sua conta X (antigo Twitter):

O número de endereços ativos na rede Bitcoin acaba de atingir um pico que não se via há seis meses, com 925.914 endereços em um só dia.

Esse número impressionante supera amplamente as médias recentes, confirmando um aumento claro das interações na blockchain. O gráfico compartilhado por Martinez mostra uma subida gradual desde o final de abril, culminando com essa explosão de atividade enquanto o preço do BTC retornava acima dos 95.000 dólares.

Essa correlação entre atividade da rede e movimento dos preços pode indicar a consolidação de um novo suporte estrutural.

Essa efervescência on-chain parece se encaixar em uma configuração técnica que vários analistas consideram favorável. TehThomas especifica que uma figura de mercado idêntica à de abril está se repetindo.

Na época, a quebra de um nível de consolidação em torno de 86.000 dólares levou a um salto de 10.000 dólares. Além disso, uma estrutura semelhante surge com a formação de um Fair Value Gap (FVG) entre 94.200 $ e 95.000 $, considerado um nível de suporte potencial. Eis os elementos técnicos destacados:

• Uma recente quebra da zona de consolidação ao redor dos 95.000 $;
• A formação de um novo FVG (zona de desequilíbrio de liquidez) entre 94.200 $ e 95.000 $;
• Um cenário técnico repetido semelhante ao do rali de abril;
• A condição posta: se esse FVG for defendido pelos compradores, “o caminho para os 100.000 dólares permanece estruturalmente intacto“.

Essa primeira sequência de análise da rede Bitcoin, fundada nos sinais on-chain e nas estruturas técnicas altistas, estabelece um quadro sólido para a hipótese de um novo rali. Contudo, outras vozes do mercado trazem prudência a esse entusiasmo.

Um obstáculo técnico à altura das ambições?

Se alguns analistas veem nessa dinâmica uma repetição altista, outros alertam para a prudência. Uma análise contraditória aponta que o rebote atual pode ser apenas uma retração corretiva, e não um impulso agressivo.

O movimento de alta parece esbarrar em uma zona de resistência técnica importante, correspondente a um FVG baixista situado entre 97.000 $ e 97.450 $. Essa zona coincide com a famosa “faixa técnica preferida”, definida pelos níveis de Fibonacci de 0,618 a 0,65. Ela é frequentemente interpretada como potencialmente enganosa para investidores excessivamente confiantes.

Esse posicionamento estratégico do preço numa zona de resistência técnica reforça a incerteza. A análise do gráfico BTC/USDT em 15 minutos mostra que, se o bitcoin não conseguir ultrapassar claramente esse patamar, uma queda novamente para a antiga faixa, abaixo de 94.000 $, pode surpreender os traders. Esse cenário colocaria em questão a legitimidade da quebra atual, indicando um possível “falso sinal de alta”. Por enquanto, o BTC se mantém a 94.326 $, muito próximo dessa zona crítica.

Olhando além dos indicadores técnicos, essa configuração revela a extrema sensibilidade do mercado a sinais ambíguos. Uma confirmação clara de alta poderia desencadear uma entrada massiva de capital, o que intensificaria o impulso para os 100.000 $. Contudo, por outro lado, um rejeito brusco nesses níveis poderia cristalizar uma correção importante. Para investidores e observadores, a próxima decisão do mercado, nessa zona técnica altamente simbólica, provavelmente será decisiva para o próximo ciclo.