Crypto : Solana acelera sua expansão com uma listagem importante no Brasil

O Brasil não esperou que a cripto se encaixasse. Simplesmente decidiu abrir seu caminho oficial. Com VSOL na B3, o Brasil ultrapassa uma etapa: acesso à Solana via uma estrutura regulada. E para a Valour, a filial da DeFi Technologies, é muito mais do que um simples lançamento. É um sinal direcionado a todo um continente.

Solana convida-se à mesa dos investidores institucionais

A Valour recebe a aprovação da B3 para listar seu ETP lastreado em Solana, chamado Valour Solana VSOL. O produto baseia-se no token SOL, o ativo nativo da rede, e visa replicar seu desempenho em um ambiente de bolsa tradicional. Esse veículo oferece para pessoas físicas e fundos brasileiros exposição à Solana, sem carteiras, sem custódia, sem detenção direta.

Em um país onde a regulamentação se tornou mais rígida, sem nunca frear a inovação, este produto chega no momento certo. Ele faz Solana entrar nas carteiras institucionais por canais reconhecidos, como ações e títulos. Por trás, é a normalização da cripto nas infraestruturas financeiras tradicionais que avança.

Por trás da operação, a estratégia é clara: a Valour quer ser a ponte entre mercados maduros e emergentes, ávidos por exposição regulada. Após a Europa, o Brasil se torna sua nova fronteira.

O Brasil, locomotiva silenciosa dos ativos digitais globais

Não é coincidência que a Valour tenha escolhido o Brasil. Segundo a Chainalysis, o país está agora entre os 5 maiores do mundo em adoção, atrás da Índia e dos Estados Unidos. Os volumes de troca explodem, a demanda institucional se organiza e os stablecoins se tornam uma moeda paralela em alguns setores.

O Banco Central reconheceu essa transformação. Os stablecoins são agora amplamente usados para pagamentos domésticos e transações transfronteiriças. Essa realidade levou fintechs locais como a Crown a desenvolver stablecoins indexados ao real, abrindo a porta para novos produtos financeiros híbridos, entre dívida pública e ativos digitais.

As bolsas locais acompanham o movimento. Mercado Bitcoin, gigante do ecossistema latino-americano, recentemente mudou seu foco para a tokenização de ativos do mundo real, como títulos e cotas de fundos, atendendo a uma demanda institucional crescente. A mensagem é clara: a cripto no Brasil não é mais um investimento especulativo, é uma infraestrutura financeira alternativa.

Com esta nova listagem, Solana junta-se a um clube restrito de criptos “listadas” onde já estão Bitcoin e Ethereum, completando um trio de acesso regulado às principais capitalizações do setor. E mesmo quando o spot recua, o sinal permanece claro: Solana continua atraindo fluxos via ETFs, impulsionada por uma demanda que cada vez mais prefere os trilhos institucionais.