A Binance rejeita as acusações da FTX e pede a anulação da queixa
Em um novo episódio da saga FTX-Binance, a maior plataforma de criptomoedas do mundo pede a rejeição de uma ação judicial em massa. A Binance qualifica as acusações da FTX como “juridicamente deficientes” e se recusa a assumir a responsabilidade pelo colapso de sua concorrente, apontando em vez disso para as fraudes massivas orquestradas por Sam Bankman-Fried.
Em resumo
- A Binance pede a um juiz americano que rejeite o processo de 1,76 bilhão de dólares movido pela FTX referente a uma recompra de ações de 2021.
- A plataforma afirma que o colapso da FTX resulta de uma fraude massiva orquestrada por seus próprios dirigentes.
- A Binance sustenta que o tribunal não tem autoridade sobre suas entidades estrangeiras e que seus tweets de 2022 não foram falsos nem enganosos.
Binance contra-ataca e rejeita qualquer responsabilidade
A maior plataforma de câmbio de criptomoedas do mundo solicitou formalmente na última sexta-feira a um juiz de Delaware que rejeite a ação judicial movida pela FTX. Em sua petição, a Binance afirma que não existe nenhum vínculo entre suas ações ou as de seu ex-CEO Changpeng Zhao e a queda da FTX.
“A FTX tenta negar que seu colapso se deve a uma das maiores fraudes corporativas da história“, afirma claramente a Binance em seu documento jurídico.
Lembrando que Sam Bankman-Fried, ex-chefe da FTX, está atualmente cumprindo 25 anos de prisão por ter desviado bilhões pertencentes a seus clientes e investidores.
No centro do conflito está uma quantia colossal: 1,76 bilhão de dólares em criptomoedas. A FTX havia transferido esse montante para a Binance em 2021 para recomprar suas próprias ações.
De fato, a Binance havia adquirido 20% da FTX em 2019, participação que a FTX depois recuperou pagando com diferentes tokens (BNB, BUSD e FTT).
Os liquidantes da FTX afirmam que a empresa já estava falida durante essa transação de 2021 e que os dirigentes usaram ilegalmente o dinheiro dos clientes para financiar esta recompra.
A Binance rejeita categoricamente esse argumento, ressaltando um fato simples: a FTX continuou a operar normalmente por 16 meses após essa operação, o que contradiz a ideia de insolvência naquela época.
A guerra dos tweets e a questão da jurisdição
Os tweets de Changpeng Zhao também desempenham um papel chave neste caso. A FTX acusa o ex-chefe da Binance de ter provocado deliberadamente um pânico ao anunciar no Twitter, em 6 de novembro de 2022, que a Binance venderia todos os seus tokens FTT.
A Binance se defendeu lembrando um fato importante: “Esses tweets foram publicados logo após um artigo bombástico da CoinDesk que já revelava os problemas da FTX“.
A empresa ressalta que a FTX não apresentou nenhuma prova de que essas mensagens continham informações falsas.
A Binance também apresenta um forte argumento jurídico: o tribunal americano não teria o poder de julgar esse caso. Por quê? Porque nenhum dos acusados está nos Estados Unidos e eles não participaram diretamente das transferências de dinheiro contestadas.
Essa disputa jurídica ocorre no momento em que a FTX finalmente se prepara para reembolsar seus maiores credores, previsto para 30 de maio de 2025. Uma notícia que traz um pouco de esperança para os muitos investidores que perderam fortunas no que permanece como uma das maiores falências do mundo cripto.
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