Dificuldade de minerar Bitcoin recua levemente após recorde histórico
O setor de mineração de Bitcoin enfrenta um paradoxo estranho. Por um lado, a dificuldade de mineração está ajustando para baixo. Por outro lado, a competição se intensifica em um mercado onde os mineradores devem produzir incessantemente. O halving de abril de 2024 mudou as regras do jogo. Então, os mineradores estão produzindo o suficiente para satisfazer o apetite dos investidores? Ou estão cedendo sob a pressão econômica? É hora de examinar.
Em resumo
- A dificuldade do bitcoin recua ligeiramente após ter alcançado um recorde histórico de 126,9 trilhões.
- O hashrate explode para 700 EH/s, forçando os mineradores a modernizar seus equipamentos caros.
- MARA e CleanSpark extraem mais bitcoins, enquanto escolhem não vender nada.
- O halving de 2024 divide as recompensas, mas catalisa uma reestruturação estratégica do setor de mineração.
Mineração de bitcoin, uma indústria em resistência: entre dificuldade recorde e poder de cálculo
A dificuldade da mineração de bitcoin recentemente caiu de 126,9 T para 126,4 T. Uma queda marginal, com certeza, mas simbólica, pois ocorre após um recorde histórico. Desde maio, a rede apresenta um poder de computação inédito, atingindo 700 EH/s no início de junho.
Historicamente, a dificuldade ajusta o equilíbrio entre a oferta de blocos e o poder disponível. À medida que mais máquinas são ativadas, o algoritmo torna a equação mais complexa de resolver. Em 2020, o hashrate estava em torno de 120 EH/s. Em quatro anos, a potência da rede foi multiplicada por quase seis.
Diante dessa escalada, os mineradores se adaptam. Alguns resistem, outros desmoronam. A CleanSpark, por exemplo, aumentou sua produção em 9% em maio, alcançando 694 BTC.
Aumentamos nosso hashrate no final do mês para 45,6 EH/s, um aumento sequencial de 7,5%, enquanto melhorávamos a eficiência média de nossa frota. Ampliamos nosso caixa em bitcoin para mais de 12.500 BTC […] Também garantimos 72 megawatts adicionais de capacidade contratual, elevando nosso total para 987 megawatts […].
CEO da CleanSpark
A MARA, por sua vez, extraiu 950 BTC naquele mesmo mês, mantendo toda a sua produção. Uma estratégia chamada “twin-turbo”, segundo seu CFO: produzir e manter, sem vender.
Halving 2024: néctar doce ou veneno amargo para a mineração?
O halving de 2024 dividiu pela metade a recompensa de cada bloco: agora 3,125 BTC. Embora esta regra algorítmica seja projetada para conter a inflação do bitcoin, seus efeitos a curto prazo na indústria são severos.
Os mineradores menores, dependentes de modelos ASIC antigos ou de fontes de energia caras, ficam marginalizados. Muitos migram para a mineração em nuvem ou se juntam a pools para sobreviver. Por outro lado, os gigantes do setor se fortalecem. CleanSpark e MARA reinvestem em suas infraestruturas, capitalizando sua vantagem tecnológica e acesso a energia de baixo custo.
Assim, o halving criou uma nova divisão no ecossistema. De um lado, os mastodontes, verticalmente integrados. Do outro, os independentes em busca de mutualização. A redução das recompensas, portanto, não significa o fim da mineração, mas a reescrita de suas regras internas.
Essa resiliência vem acompanhada de uma mudança de paradigma: várias empresas listadas escolhem manter seus bitcoins. A mineração não é mais apenas fluxo de caixa, mas um vetor de acumulação estratégica. Uma forma de antecipar futuras altas do preço.
Rumo a 2026: o que esperar do bitcoin e sua mineração?
O bitcoin oscila em torno de 105.000 e os analistas observam cada movimento. Entretanto, além dos gráficos, emerge uma tendência: a consolidação industrial e o aumento do investimento institucional.
Os sinais chave:
- 1.045 BTC comprados pela MicroStrategy em maio, elevando suas reservas para 582.000 BTC;
- 1,3 bilhão injetado nos ETFs de Bitcoin em cinco dias, apesar das tensões entre Irã e Israel;
- 59% das operações de mineração mundiais são alimentadas por energias renováveis;
- CleanSpark mira 50 EH/s em gestão 100% interna até o final de junho;
- BitFuFu anuncia aumento de 91% em sua produção de mineração.
Esses números mostram uma coisa: a indústria se adapta, eletrifica-se, fortalece-se. A alta dos preços incentiva os investimentos, mas também a transição para energias mais limpas. Os grandes players apostam em uma visão de longo prazo, transformando sua produção em reserva estratégica.
O bitcoin resiste. Apesar da volatilidade, apesar das crises, ele mantém seu ponto de equilíbrio. Os detentores de longo prazo continuam comprando, reforçando as estratégias dos mineradores que agora preferem conservar em vez de vender. Um alinhamento inesperado surge entre investidores pacientes e produtores racionais. A mineração muda, o bitcoin se adapta e continua desafiando as previsões.
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La révolution blockchain et crypto est en marche ! Et le jour où les impacts se feront ressentir sur l’économie la plus vulnérable de ce Monde, contre toute espérance, je dirai que j’y étais pour quelque chose
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