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A MicroStrategy quer mais Bitcoin e levanta 2 bilhões

Fri 25 Jul 2025 ▪ 5 min de leitura ▪ por Evans S.
Investir bitcoin (BTC)

A MicroStrategy não para de surpreender. Enquanto a maioria das empresas ajusta seu caixa com investimentos prudentes, a empresa liderada por Michael Saylor continua a traçar um caminho radicalmente diferente. Fiel à sua estratégia de “Bitcoin first”, a MicroStrategy acaba de anunciar uma captação de recursos de 2 bilhões de dólares, destinada em grande parte à compra de novos BTC. Não é uma simples operação financeira: é um manifesto. Por trás dessa decisão, ocorre um confronto ideológico entre duas visões do mundo monetário. E a MicroStrategy, mais uma vez, escolhe seu lado sem ambiguidades.

Um homem de jaleco branco e gravata laranja, inspirado em Michael Saylor, está de braços cruzados em frente a uma máquina industrial que está cunhando moedas de Bitcoin.

Em resumo

  • A MicroStrategy quadruplica sua captação de recursos para 2 bilhões de dólares para comprar mais bitcoin.
  • A operação baseia-se na emissão de ações preferenciais com 9% de rendimento anual.
  • Michael Saylor confirma sua estratégia: fazer do bitcoin o ativo central do seu caixa corporativo.

MicroStrategy reforça sua estratégia: uma captação de recursos quadruplicada para Bitcoin

Inicialmente, a MicroStrategy mirava 500 milhões de dólares. Mas a sede por bitcoin não espera, especialmente quando o mercado percebe a oportunidade. Foi assim que a empresa dirigida por Michael Saylor discretamente transformou essa ambição em uma operação titânica de 2 bilhões de dólares, segundo Bloomberg. O produto dessa venda de ações preferenciais Série A Stretch (STRC) servirá, entre outras coisas, para enriquecer ainda mais seu tesouro de guerra em BTC.

Esta quarta emissão de ações preferenciais confirma o que muitos já suspeitavam: a MicroStrategy não pretende simplesmente acumular bitcoins, ela quer se tornar o banco central não oficial da cripto.

Em um clima financeiro incerto, onde os bancos centrais lutam para inspirar confiança, a estratégia de Saylor oferece uma alternativa deliberadamente provocativa. Apostar em um ativo ultra-volátil como o BTC não é apenas audacioso; é um desafio lançado ao sistema monetário tradicional.

O rendimento inicial de 9% nessas ações preferenciais é tudo menos insignificante. Pago mensalmente, esse dividendo agrada investidores em busca de exposições cripto indiretas, porém sólidas.

Em outras palavras, a MicroStrategy cria um produto híbrido: capital em fiat, exposto ao desempenho do Bitcoin, apoiado por uma empresa listada. É uma inovação financeira em si, mas é sobretudo uma declaração de guerra à hesitação predominante.

Michael Saylor, profeta ou kamikaze da cripto?

Há vários anos, Saylor não esconde sua obsessão: fazer do bitcoin não apenas uma linha contábil, mas o coração pulsante do seu caixa. Hoje, a MicroStrategy detém mais de 607.000 BTC, uma fortuna estimada em várias dezenas de bilhões de dólares. Mas, em vez de desacelerar, a empresa acelera.

Por que tal teimosia? Porque Saylor não vê o bitcoin como uma oportunidade especulativa, mas como um seguro contra a desvalorização sistêmica das moedas fiat.

Onde outros veem um ativo da moda, ele lê um novo padrão monetário mundial. Cada captação de recursos, cada recompra, cada declaração pública faz parte dessa visão: a MicroStrategy como o navio-almirante do padrão Bitcoin.

Criticada por seus riscos, Saylor assume uma postura quase messiânica. Sua aposta baseia-se na convicção de que, cedo ou tarde, o mundo entenderá que a inflação não é um acidente, mas um mecanismo incorporado. E diante disso, há uma única saída: o padrão bitcoin.

Entre dívida, dividendos e BTC: MicroStrategy inventa a finança pós-moderna

Com o apoio da Morgan Stanley, Barclays e outros pesos pesados de Wall Street, a MicroStrategy joga um jogo bastante calibrado. Captar bilhões no mercado para comprar um ativo considerado especulativo pelos reguladores é o tipo de paradoxo que só as finanças contemporâneas podem produzir.

Mas essa estratégia não é absurda. Empilhando bitcoins enquanto diversifica os mecanismos de financiamento (ações, obrigações, dívidas conversíveis), a MicroStrategy torna-se uma empresa de um gênero novo: um veículo de investimento em Bitcoin listado na bolsa, mas sem ser um ETF. Um produto híbrido que escapa das restrições regulatórias enquanto serve de interface entre os mercados tradicionais e a esfera cripto.

Por trás da aparente loucura, há uma lógica: enquanto a valorização do bitcoin sobe, o efeito alavancagem dessas estruturas pode produzir retornos espetaculares. Mas o mecanismo é sensível. Uma reversão brusca do mercado pode abalar toda a estrutura.

A menos que, até lá, outros grandes nomes imitem a MicroStrategy, criando um movimento de base que redefiniria o papel do caixa corporativo. Em um contexto geopolítico tenso onde potências como a China reduzem sua exposição à dívida americana, o bitcoin aparece cada vez mais como uma alternativa estratégica e essa mudança reforça sua legitimidade nas demonstrações financeiras institucionais.

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Evans S.

Fasciné par le bitcoin depuis 2017, Evariste n'a cessé de se documenter sur le sujet. Si son premier intérêt s'est porté sur le trading, il essaie désormais activement d’appréhender toutes les avancées centrées sur les cryptomonnaies. En tant que rédacteur, il aspire à fournir en permanence un travail de haute qualité qui reflète l'état du secteur dans son ensemble.

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