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Bitcoin ultrapassa 127 trilhões de dificuldade, um ajuste está previsto para 9 de agosto

15h15 ▪ 5 min de leitura ▪ por Mikaia A.
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O verão de 2025 reserva uma surpresa técnica: não é o preço do bitcoin que explode, mas sua dificuldade de mineração. No final de julho, a rede alcançou um recorde histórico de 127,6 trilhões, um pico técnico revelador da potência computacional agora mobilizada para proteger o protocolo. Esse pico antecede um ajuste previsto para 9 de agosto, que deve fazer a curva cair levemente. Mas por trás desses números esconde-se uma lógica econômica muito mais profunda. Em um ambiente onde escassez e rentabilidade se entrelaçam, o Bitcoin nos lembra que sua solidez não se mede apenas em dólares.

Técnico em pânico em frente ao painel superaquecido exibindo 127000000000000, fumaça, alarmes vermelhos, calendário "9 de agosto", atmosfera elétrica dramática.

Em resumo

  • A dificuldade de mineração da rede Bitcoin alcançou um recorde de 127,6 trilhões no final de julho.
  • Um ajuste está previsto para 9 de agosto para reduzir essa dificuldade para cerca de 123,7 trilhões.
  • O Bitcoin continua duas vezes mais raro que o ouro, com 94% da oferta já extraída.
  • Os mineradores recebem até US$ 57.400 por exahash, apesar da queda de 3% no preço do BTC.

Recorde absoluto: Bitcoin sob pressão computacional

A dificuldade de minerar bitcoin atingiu um novo pico de 127,6 trilhões, segundo a CoinWarz. Este indicador mensura a complexidade para os mineradores resolverem um bloco. Em outras palavras, quanto maior o número, mais competitiva é a rede. Esse nível recorde reflete um aumento do hashrate global e a intensidade da mineração.

Em junho, a dificuldade havia temporariamente caído para 116,9 trilhões, mas a tendência se reverteu já na metade de julho. 

O próximo ajuste programado para 9 de agosto deverá reduzir a dificuldade em 3%, para cerca de 123,7 trilhões. Essa correção é necessária devido ao tempo médio de bloco atualmente muito longo: 10 minutos e 20 segundos, enquanto o protocolo busca exatamente 10 minutos. Essa autorregulação garante que a rede não seja nem lenta demais, nem rápida demais. 

O ciclo de ajuste, a cada duas semanas, protege o Bitcoin da produção excessiva, assegurando estabilidade em seu cronograma de emissão. O recorde atual não é casual: traduz um entusiasmo crescente dos mineradores, mas também uma pressão sobre a rentabilidade. Esse pico técnico é tanto um feito quanto um sinal de alerta.

Bitcoin, mais raro que ouro: o papel central do stock-to-flow

O Bitcoin tem um segredo: sua escassez matemática. Segundo o modelo stock-to-flow popularizado pelo analista PlanB, o BTC tem hoje uma proporção em torno de 120. Isso significa que o estoque atual é 120 vezes maior que a nova produção anual. Para comparação, o ouro está em torno de 60, e a prata ainda mais baixa. A diferença? O ouro pode ser extraído sem limite, enquanto o bitcoin é limitado a 21 milhões de unidades. Com 94% já extraídos, o espaço para criação está se reduzindo. 

É aí que entra a dificuldade. Regulando a emissão, ela preserva a escassez, chave do valor. Essa configuração protege o Bitcoin de choques de oferta semelhantes aos que historicamente pesaram sobre os preços da prata. O sistema é pensado para limitar o impacto de novos entrantes no preço, ao contrário dos metais tradicionais. 

É essa regulação que levou instituições a considerarem o bitcoin como um ativo refúgio, até mesmo uma versão digital do ouro. Mas, ao contrário do ouro, nenhum lobby industrial pode influenciar sua produção. É matematicamente trancado.

Pressão sobre os preços: o paradoxo entre rentabilidade e mercado

Apesar da dificuldade recorde, o preço do bitcoin caiu 3% no final de julho. Ele atingiu 112.680 dólares antes de subir para 113.375 dólares. Essa correção ocorre enquanto a rede está mais segura do que nunca. Difícil de acreditar? Nem tanto. O mercado reage aos fluxos econômicos, não apenas aos fundamentos técnicos. 

Na Coreia do Sul, o Kimchi premium – a diferença entre o preço local e global – voltou, atingindo +0,84%, refletindo uma demanda regional aumentada. Enquanto isso, a renda dos mineradores saltou para US$ 57.400 por exahash/segundo/dia, seu maior nível desde o halving. Esse contraste revela uma disparidade: a rede é mais eficiente, mas o mercado permanece instável. 

Os analistas destacam uma desacoplagem temporária entre os sinais de escassez (stock-to-flow) e o preço à vista. 

O bitcoin continua ampliando a diferença entre sua estrutura econômica e seu desempenho em bolsa. Nessa dinâmica, os mineradores se adaptam, otimizam e… lucram. Aqui está o que você deve lembrar em números:

  • 127,6 trilhões de dificuldade: recorde atingido em julho;
  • 123,7 trilhões esperados após o ajuste de 9 de agosto; 
  • 94% dos BTC já minerados;
  • US$ 57.400 de receita diária por EH/s;
  • 0,84% de Kimchi premium no mercado sul-coreano.

Apesar de um hashrate próximo do pico histórico, os mineradores de bitcoin desfrutam de um retorno à rentabilidade estável. A rede permanece segura, eficiente e economicamente viável.

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Mikaia A.

La révolution blockchain et crypto est en marche ! Et le jour où les impacts se feront ressentir sur l’économie la plus vulnérable de ce Monde, contre toute espérance, je dirai que j’y étais pour quelque chose

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