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Bitcoin, um verdadeiro plano B para os investidores diante da inflação

17h15 ▪ 6 min de leitura ▪ por Mikaia A.
Informar-se bitcoin (BTC)

Ainda é possível negar a evidência? O papel dos investidores institucionais nas recentes explosões do bitcoin agora é flagrante. Acabou o tempo em que este ativo era reduzido a uma mania tecnológica ou a uma utopia libertária. Hoje, nomes como BlackRock ou Fidelity o incorporam plenamente em suas estratégias. O bitcoin saiu da garagem dos geeks para ocupar lugar nas salas de conselho. Está oficial: a hora da seriedade chegou.

Um homem joga uma carta de Bitcoin em uma mesa de pôquer, com figuras institucionais chocantes ao fundo, criando uma atmosfera dramática.

Em resumo

  • O bitcoin agora está integrado às reservas dos Estados, inclusive na estratégia do Tesouro dos EUA.
  • Torna-se um pilar institucional, com os ETFs atraindo bilhões e chamando BlackRock, Fidelity.
  • Estados como o Texas criam fundos públicos de Bitcoin para fortalecer sua autonomia financeira.
  • Sua ascensão se explica por sua resistência às crises, sua escassez e sua compatibilidade com o mundo digital.

Quando as grandes fortunas impulsionam o Bitcoin até Wall Street

O bitcoin não é mais um jogo especulativo para os marginalizados do Reddit. Desde o início de 2025, os ETFs de Bitcoin atraem mais de um bilhão de dólares em entradas diariamente. Só o fundo IBIT da BlackRock acumulou mais de 700.000 BTC, equivalente a mais de 83 bilhões de dólares. Uma ofensiva silenciosa, mas maciça.

Esta mudança não é apenas financeira. É também política. Desde o retorno de Donald Trump à arena, o discurso cripto mudou de tom. Os Estados Unidos não combatem mais as criptomoedas, eles as regulam para melhor integrá-las. O Tesouro americano agora detém bitcoin. O Genius Act regulamenta os stablecoins e os obriga a serem lastreados em títulos do Tesouro dos EUA.

Essa mudança estrutural torna o dólar mais exportável do que nunca.

Não é apenas uma moda passageira. Gigantes como Fidelity e dezenas de fundos de pensão diversificam entre 1% e 3% de seus portfólios com criptoativos.

Não é mais uma curiosidade, é agora uma peça chave da arquitetura financeira.

De nações aos estados: quando o Bitcoin entra nos cofres públicos

Esse movimento não para nas portas de Wall Street. Ganhou os corredores do poder. Em março de 2025, os Estados Unidos criaram uma reserva estratégica de bitcoin, tal como o ouro ou o petróleo. Texas, Arizona e New Hampshire seguiram com seus próprios fundos, independentes dos Tesouros federais. Com a Senate Bill 21 em mãos, o Texas é visto como pioneiro assumido.

Por que essa mudança? Porque o BTC oferece o que poucos ativos garantem em tempos de turbulências geopolíticas: resistência a sanções, resiliência digital e mobilidade mundial. Durante a guerra na Ucrânia, ONGs levantaram mais de 100 milhões de dólares em bitcoin para contornar bloqueios bancários.

Tabela refletindo as diferenças entre bitcoin e outras reservas tradicionais
Diferenças entre bitcoin e outras reservas tradicionais – Fonte: Coinshare

Em março de 2023, o colapso do Silicon Valley Bank fez o BTC subir 40%, enquanto ações bancárias americanas caíam 25%. A cada crise, o bitcoin ganha pontos de credibilidade. Não é mais um curinga: é uma carta principal.

Os bancos centrais, normalmente cautelosos, observam atentamente. Para alguns, o bitcoin tornou-se um sinal de potência tecnológica. Demonstra que o país está pronto para a finança do amanhã.

David Sacks, o “cza crypto” da Casa Branca, resume assim a estratégia americana:

Os Estados Unidos não venderão nenhum bitcoin depositado na Reserva. Ele será mantido como reserva de valor. A Reserva é como um Fort Knox digital para a criptomoeda frequentemente chamada “ouro digital”.

Críticas, mas uma revolução cripto muito bem azeitada para recuar

Sim, o bitcoin continua volátil. Bob Elliott lembra: “Desde 2021, o desempenho do ouro e do BTC é próximo. Mas o ouro tem 1/4 da volatilidade e apenas 14% de correlação com ações, contra quase 60% para o BTC“.

Mas o que muitos omitiram é que a volatilidade do bitcoin está diminuindo. Sua inflação anual caiu para abaixo de 0,83% após o halving de 2024. A infraestrutura técnica é robusta: 99,98% de uptime, hashrate de 900 EH/s em 2025. Nenhum ataque ao protocolo em 15 anos.

Alguns números para lembrar:

  • O bitcoin apresenta um desempenho médio de +165% ao ano desde sua criação;
  • Os ETFs americanos movimentam mais de um bilhão de dólares por dia em 2025;
  • Os Estados Unidos mantêm oficialmente Bitcoin em sua reserva estratégica nacional;
  • O Lightning Network pode processar milhões de transações por segundo com custo mínimo;
  • Mais de 100 milhões de dólares foram transferidos em Bitcoin para a Ucrânia em tempos de guerra.

Mesmo que sua adoção como moeda de troca permaneça limitada, as Layers 2 como Lightning Network mudam o jogo. O essencial se joga em outro lugar: o bitcoin se tornou uma camada estrutural do sistema monetário mundial. E isso, que seus detratores queiram ou não.

Podemos imaginar o bitcoin suplantando o ouro? Tecnicamente, não é impossível. Mas esse é realmente o ponto? O confronto constante entre esses dois ativos esconde uma verdade mais perturbadora: o BTC traça sua própria rota. Uma rota ainda longa, se olharmos os números. Ele acaba de ultrapassar a Amazon em capitalização de mercado. O caminho para o ouro permanece aberto… mas vai precisar de mais que um tweet para chegar lá.

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Mikaia A.

La révolution blockchain et crypto est en marche ! Et le jour où les impacts se feront ressentir sur l’économie la plus vulnérable de ce Monde, contre toute espérance, je dirai que j’y étais pour quelque chose

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