Cripto: Os DEX ultrapassam US$ 171 bilhões em volume semanal de negociação

As exchanges descentralizadas (DEX) continuam sua ascensão meteórica no universo cripto. Na semana passada, os DEX cripto geraram US$ 171,26 bilhões, com um aumento de 21% em sete dias. Segundo o Phoenix Group, as finanças descentralizadas seduzem cada vez mais traders, reduzindo a influência das plataformas centralizadas CEX.

UniSwap retoma seu trono

Impossível falar dos DEX sem mencionar o UniSwap, cujo fundador considera Solana mais adequada que Ethereum para DeFi, que marca um retorno notável à liderança do mercado. Com US$ 23,46 bilhões semanais e US$ 4,26 bilhões em TVL, a plataforma prova sua vitalidade apesar do declínio no verão. Após perder a liderança para a PancakeSwap em junho-julho, UniSwap volta a ser o polo essencial de liquidez DeFi.

O segredo? Uma interface fluida, pares em expansão e, sobretudo, a confiança de uma comunidade cripto engajada que apoia plenamente seu ecossistema. Em um mercado onde cada detalhe conta, essa confiança é uma moeda de troca ainda mais rara que ETH ou USDT.

Para efeito de comparação, o PancakeSwap apresenta um volume semanal de US$ 15,48 bilhões. Apoiado pela Binance Alpha e PancakeSwap Infinity, o desempenho ainda é insuficiente para destronar o UniSwap no ecossistema cripto.

O surgimento dos desafiantes

Por trás dos gigantes históricos, uma nova geração de DEX conquista rapidamente participação de mercado. Entre eles, Meteora se destaca como a revelação do momento. Instalado na rede Solana, a plataforma registrou US$ 7,5 bilhões em volume semanal. Um avanço meteórico, impulsionado pelo lançamento do meme coin YZY, inspirado em Kanye West, que criou uma onda especulativa inédita.

Em registro diferente, Hyperliquid destaca-se com US$ 6,82 bilhões em volume, especializando-se em produtos derivados descentralizados. Sua estratégia baseia-se em tecnologia proprietária, taxas reduzidas e execução ultra-rápida, atraindo tanto os investidores individuais quanto os institucionais.

Aerodrome Finance, por sua vez, beneficia-se de sua recente integração com a Coinbase para atrair US$ 4,85 bilhões em volume semanal. Essa sinergia ilustra uma tendência estrutural. Os DEX ganham visibilidade ao se apoiarem em players centralizados, borrando progressivamente as fronteiras entre os dois mundos.

Rumo a um novo equilíbrio entre CEX e DEX?

Se os volumes dos DEX crescem, o equilíbrio de forças frente aos CEX ainda é desigual. A proporção DEX/CEX está atualmente em 17,56%, longe dos 27,92% observados em junho. As plataformas centralizadas ainda têm grande peso, com US$ 3,9 trilhões em volumes no segundo trimestre, contra US$ 877 bilhões dos 10 principais DEX.

Entretanto, essa dinâmica revela uma transformação irreversível. Os traders buscam mais transparência, controle e segurança, qualidades encarnadas pelos DEX. Mesmo que os CEX mantenham vantagem em termos de liquidez bruta, o apetite crescente por alternativas descentralizadas prenuncia um reequilíbrio gradual do mercado.

Em outras palavras, talvez estejamos diante dos primeiros sinais de uma redistribuição de forças: os DEX não são mais apenas laboratórios de inovação, mas verdadeiros polos de atração capazes de rivalizar com os gigantes centralizados.