Mining Bitcoin : Os Estados Unidos suspeitam da Bitmain de espionagem
O gigante chinês Bitmain, líder mundial dos chips ASIC para mineração de Bitcoin, está sendo alvo de uma investigação federal nos Estados Unidos. Suspeito de apresentar riscos à segurança nacional, este caso pode abalar o ecossistema de mineração de BTC e as relações sino-americanas.

Em resumo
- Bitmain, líder chinês dos chips de mineração de Bitcoin, está sob investigação americana por riscos de espionagem e sabotagem.
- Bitmain nega qualquer má-fé e afirma respeitar as leis americanas, mas seu equipamento poderia ameaçar a segurança nacional.
- Uma restrição aos ASICs chineses teria grandes repercussões no mercado de mineração, dominado em 97% pela Bitmain e MicroBT.
Bitmain : uma investigação americana por riscos à segurança nacional
As autoridades americanas, por meio do Departamento de Segurança Interna, iniciaram uma investigação chamada “Operation Red Sunset” para avaliar se as máquinas da Bitmain poderiam ser operadas remotamente. De fato, funcionários anônimos temem que seus equipamentos de mineração de Bitcoin sejam usados para espionagem ou sabotagem, especialmente na rede elétrica.
A Bitmain reagiu negando categoricamente qualquer capacidade de controle remoto, afirmando estar em rigorosa conformidade com as leis americanas e desconhecer a existência dessa investigação. Uma situação que ocorre num contexto tenso, onde em novembro de 2024, a alfândega americana bloqueou entregas de milhares de ASICs da Bitmain, antes de liberá-las em março de 2025.
Mining Bitcoin : Bitmain e MicroBT controlam 97% do mercado de ASICs
Com mais de 80% de participação de mercado, a Bitmain domina a indústria dos chips ASIC! Um setor em que fabricantes chineses, incluindo a MicroBT, controlam 97% das vendas mundiais. Essa hegemonia representa um desafio importante para as empresas americanas de mineração de bitcoin, fortemente dependentes dessas tecnologias.

American Bitcoin, uma empresa apoiada por membros da família Trump, ilustra essa dependência. Em 2025, adquiriu 16.000 máquinas da Bitmain, beneficiando-se de condições de financiamento “excepcionalmente generosas“, segundo o The Guardian. Essas máquinas, essenciais para a expansão de suas operações, destacam o impacto econômico dessa investigação.
Uma restrição aos ASICs chineses poderia assim paralisar parte da indústria americana, já fragilizada pelas tensões comerciais entre Washington e Pequim.
A mineração de bitcoin sobreviverá nos Estados Unidos sem a Bitmain?
Se a investigação sobre os riscos à segurança dos ASICs produzidos pela Bitmain levar a uma suspensão das atividades em solo americano, a indústria da mineração de bitcoin enfrentará um desafio existencial. Com 97% do mercado de ASICs controlado por empresas chinesas, as alternativas são escassas e caras. Os mineradores americanos poderiam recorrer a fabricantes emergentes, como os baseados na Coreia do Sul. Mas estes enfrentam dificuldades para competir em termos de desempenho e custo.
Alguns atores, como a American Bitcoin, já anteciparam esse risco, garantindo acordos privilegiados de fornecimento. Entretanto, para a maioria dos mineradores, a proibição da Bitmain significaria aumento dos custos operacionais e queda da competitividade frente a concorrentes estrangeiros menos afetados.
Nesse cenário, a mineração de bitcoin nos Estados Unidos poderia se concentrar em regiões onde a energia é abundante e barata, como o Texas, explorando também tecnologias alternativas.
A investigação sobre a Bitmain revela tensões entre inovação tecnológica, segurança nacional e rivalidades geopolíticas. Enquanto a mineração de bitcoin depende amplamente de equipamentos chineses, as decisões americanas futuras podem ter um impacto duradouro na indústria. Na sua opinião, como conciliar soberania tecnológica e dependência de atores estrangeiros na blockchain?
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