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O Bitcoin pode sobreviver à era quântica? Veja o que diz a BlackRock

20h15 ▪ 5 min de leitura ▪ por Mikaia A.
Informar-se bitcoin (BTC)

As dúvidas aumentam em torno do famoso “Q-Day”. O dia em que a tecnologia quântica superaria a criptografia que protege o Bitcoin. Essa preocupação vem da BlackRock, que adicionou uma menção explícita ao risco quântico em seu documento do ETF Bitcoin. Esse avanço levanta uma questão: a segurança do Bitcoin está obsoleta diante do poder dos futuros computadores quânticos? Os desafios são enormes, pois não se trata apenas de um risco teórico.

Indivíduo representando a BlackRock estabelecendo um h

Em resumo

  • BlackRock lista pela primeira vez o risco quântico em seu documento do ETF Bitcoin.
  • 25% dos bitcoins seriam vulneráveis caso surgisse um computador quântico poderoso.
  • Google desenvolveu um processador quântico capaz de realizar cálculos impossíveis para supercomputadores clássicos.
  • Soluções pós-quânticas já estão em testes para proteger o Bitcoin contra essa ameaça futura.

O perigo quântico ameaça o Bitcoin

A BlackRock, gigante da gestão de ativos, mencionou pela primeira vez a ameaça da computação quântica em seu prospecto atualizado para seu ETF Bitcoin, iShares. Essa ameaça baseia-se na capacidade potencial dos computadores quânticos de decifrar as chaves privadas que protegem as transações em bitcoin.

Em seu documento, a BlackRock explica que:

Se surgirem processadores quânticos suficientemente poderosos, eles poderão decifrar as chaves privadas e comprometer a segurança das carteiras.

A empresa também destaca que a transição para uma criptografia resistente ao quantum exigiria um amplo consenso dentro da comunidade Bitcoin. Essa mudança para uma nova norma poderia ser complexa e até conflituosa.

Técnicamente, o receio vem do algoritmo de Shor, capaz em teoria de quebrar a criptografia elíptica sobre a qual a rede Bitcoin se apoia. Google e Microsoft apresentaram avanços na computação quântica, como os processadores Willow e Majorana 1, capazes de realizar em minutos cálculos inimagináveis anteriormente. Contudo, a realidade ainda está longe da ameaça imediata.

Como explica Paolo Ardoino, CEO da Tether, “as máquinas quânticas ainda estão longe de poder quebrar a segurança 256 bits“, o que oferece algum alívio.

No entanto, segundo análises, quase 25% dos bitcoins em circulação estão armazenados em endereços potencialmente vulneráveis, especialmente aqueles que já revelaram sua chave pública. Se um dia um computador quântico suficientemente poderoso surgir, essas moedas estarão em risco.

Perspectivas cruzadas sobre a ameaça quântica

As opiniões são divididas na comunidade cripto. Alguns, como Coin Bureau, alertam para a gravidade da ameaça. Seu tweet destaca:

O maior gestor de ativos do mundo, BlackRock, acaba de adicionar a computação quântica como risco em seu documento do ETF Bitcoin.

Esse alerta institucional reforça a atenção ao problema.

Por outro lado, especialistas como Ole Lehmann adotam uma postura mais tranquilizadora. Eles lembram que o Bitcoin previu esse risco há muito tempo. Ole escreveu: “Bitcoin não teme Willow, o processador quântico do Google. Satoshi previu essa ameaça há 14 anos“. Ele detalha que o processador Willow, embora revolucionário, é apenas o primeiro passo em um longo caminho. Para ameaçar o Bitcoin, seria necessária uma revolução tecnológica de múltiplas ordens. Ole acrescenta que:

Os desenvolvedores do Bitcoin já trabalham em assinaturas pós-quânticas, como SPHINCS+, que substituirão os métodos antigos.

Além disso, a blockchain não é imutável. Forks recentes, como SegWit ou Taproot, já reforçaram a segurança e a escalabilidade da rede. A comunidade e os desenvolvedores mostram uma capacidade de adaptação que sugere um futuro com proteções pós-quânticas eficazes.

Números-chave e desafios financeiros

O quantum representa uma ameaça potencial, mas também um grande desafio econômico para o Bitcoin e a criptoesfera. Aqui estão os números a reter:

  • O fundo Bitcoin iShares da BlackRock detém 64 bilhões de dólares em ativos líquidos;
  • Aproximadamente 25% dos bitcoins (cerca de 4 milhões) estão em endereços vulneráveis;
  • O Google anunciou um processador quântico capaz de resolver um problema em 5 minutos, comparado a 10^25 anos para supercomputadores clássicos;
  • Desde o início do ano, os ETFs Bitcoin atraíram mais de 41 bilhões de dólares, prova de um forte interesse apesar dos riscos;
  • Assinaturas pós-quânticas como SPHINCS+ já estão sendo testadas em testnets do Bitcoin.

Esse panorama mostra uma contradição: o mercado ainda ignora amplamente a ameaça, focando na volatilidade e crescimento imediato, enquanto o perigo quântico exige uma preparação profunda. Além disso, a transição para uma criptografia pós-quântica pode ser trabalhosa e dividir a comunidade.

Nessa corrida contra o tempo, alguns atores veem na computação quântica também uma oportunidade. Por exemplo, a Naoris, especializada em cibersegurança, oferece soluções para proteger blockchains compatíveis com EVM sem necessidade de hardfork. Essa abordagem inovadora oferece uma segurança adicional diante dos riscos futuros, mantendo a compatibilidade das redes. Assim, o crescimento do quantum pode impulsionar uma nova geração de proteções, combinando segurança reforçada e continuidade tecnológica.

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Mikaia A.

La révolution blockchain et crypto est en marche ! Et le jour où les impacts se feront ressentir sur l’économie la plus vulnérable de ce Monde, contre toute espérance, je dirai que j’y étais pour quelque chose

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