Os grandes meios de comunicação falaram pouco sobre o Bitcoin no T2
Bitcoin pode sacudir os mercados e impor-se progressivamente como um pilar das finanças modernas, mas permanece curiosamente discreto nas páginas dos grandes meios de comunicação tradicionais. No segundo trimestre de 2025, enquanto a criptomoeda atingia um novo pico histórico, sua presença na mídia revelou-se escassa. Uma ausência ainda mais marcante por não refletir nem a intensidade de sua adoção, nem as transformações econômicas que ela provoca. O último relatório da empresa Perception apresenta um diagnóstico claro: Bitcoin incomoda, e alguns preferem não falar sobre isso!
Em resumo
- O bitcoin foi amplamente ignorado pelos grandes meios de comunicação no segundo trimestre de 2025, apesar de seus desempenhos históricos.
- O WSJ, o Financial Times e o New York Times publicaram apenas 13 artigos sobre o assunto.
- Essa ausência de cobertura alimenta uma assimetria de informação que prejudica os investidores tradicionais.
Uma ausência que fala alto
O silêncio pode ser ensurdecedor. Enquanto o bitcoin atingia novos picos no segundo trimestre, os grandes nomes da imprensa econômica permaneciam surpreendentemente silenciosos.
De acordo com o estudo da Perception, o Wall Street Journal, o Financial Times e o New York Times, pilares da informação financeira mundial, dedicaram apenas 13 artigos ao bitcoin nesse período. Uma cobertura quase simbólica, pouco mais de 2% do volume total registrado pelos 18 meios estudados.
Para uma tecnologia que redefine as finanças globais, essa discrição levanta questões. O relatório vai além da simples contagem: destaca uma divisão editorial óbvia entre os meios que promovem o debate e aqueles que insistem em agir como se o bitcoin não existisse.
Três abordagens bem distintas emergem: a adoção entusiasta, o fechamento voluntário dos olhos e o ceticismo enraizado. Esse silêncio da mídia, portanto, não é uma negligência, mas uma escolha editorial que revela muito.
Narrativas opostas para um mesmo ativo
Nesse cenário fragmentado, a voz dos meios de comunicação difere radicalmente conforme sua linha editorial. Enquanto Forbes, CNBC e Barron’s oferecem uma cobertura ampla, às vezes até otimista, os meios “elitistas” como o Wall Street Journal ou o Financial Times se destacam pela retração.
Resultado: a percepção do bitcoin varia muito dependendo do meio que se consulta. O estudo aponta uma distribuição quase equilibrada entre artigos positivos (31%), neutros (41%) e negativos (28%).
Essa divergência de tom também revela uma estratégia de influência. Alguns meios não se limitam a ignorar o bitcoin; eles privilegiam narrativas alarmistas: criminalidade, lavagem de dinheiro, instabilidade.
Outros se aventuram em terrenos mais analíticos, explorando a adoção institucional, os desafios regulatórios ou o impacto ambiental da mineração. O mesmo ativo, três ângulos radicalmente diferentes.
Esse contraste cria uma leitura fragmentada da realidade, onde o leitor compreende apenas uma faceta de um fenômeno muito maior. Enquanto o bitcoin continua a atrair capitais, instituições e Estados, seu tratamento midiático permanece disperso, até caricatural.
Subinformação por escolha editorial?
O diagnóstico final do relatório é incontestável: essa polarização midiática gera uma preocupante assimetria de informação. Os leitores que dependem exclusivamente da mídia dominante para entender as dinâmicas econômicas se encontram amplamente subinformados sobre um ativo agora estratégico.
Esse desequilíbrio não é sem consequências. Ele contribui para manter uma divisão entre aqueles que compreendem os desafios tecnológicos do bitcoin e aqueles que, por falta de informação confiável, ainda o veem como uma bolha irracional ou uma ferramenta criminosa. Essa inércia midiática cria um descompasso entre a evolução real do mercado e a percepção que o público em geral tem.
Mas, como frequentemente ocorre com revoluções silenciosas, não são os meios mais prestigiados que detêm a caneta da História. São aqueles que ousam olhar onde outros desviam o olhar.
No momento em que o Bitcoin molda uma nova arquitetura financeira mundial, a ausência de cobertura nos grandes meios não é um esquecimento, mas um sinal. Um sinal de recusa em ver a mudança. Contudo, a história avança, com ou sem sua caneta, e os investimentos explodiram.
Maximize sua experiência na Cointribune com nosso programa "Read to Earn"! Para cada artigo que você lê, ganhe pontos e acesse recompensas exclusivas. Inscreva-se agora e comece a acumular vantagens.
Fasciné par le bitcoin depuis 2017, Evariste n'a cessé de se documenter sur le sujet. Si son premier intérêt s'est porté sur le trading, il essaie désormais activement d’appréhender toutes les avancées centrées sur les cryptomonnaies. En tant que rédacteur, il aspire à fournir en permanence un travail de haute qualité qui reflète l'état du secteur dans son ensemble.
As opiniões e declarações expressas neste artigo são de responsabilidade exclusiva do autor e não devem ser consideradas como recomendações de investimento. Faça sua própria pesquisa antes de tomar qualquer decisão de investimento.