Trump assina o decreto "Genesis Mission" para impulsionar a inovação em IA nos Estados Unidos

Em 24 de novembro de 2025, Donald Trump assinou um decreto executivo lançando a “Genesis Mission“, um ambicioso projeto federal para acelerar a pesquisa em inteligência artificial (IA). Comparada ao programa Apollo, essa iniciativa visa posicionar os Estados Unidos como líder mundial da inovação tecnológica. Quais são seus objetivos, atores-chave e implicações para o futuro?

A “Genesis Mission“: uma revolução federal para a IA por Trump

A “Genesis Mission” é uma iniciativa federal que visa centralizar os recursos científicos americanos para estimular os avanços em inteligência artificial (IA). Liderado pelo Departamento de Energia, o decreto assinado por Donald Trump prevê a criação de uma plataforma digital integrando:

• supercomputadores;
• conjuntos de dados federais;
• infraestruturas de pesquisa. 

O objetivo é claro: acelerar as descobertas em áreas estratégicas como energia, segurança nacional e semicondutores.

Para alcançar isso, o governo Trump apoia-se em parcerias com gigantes tecnológicos. Nvidia, AMD e AWS já anunciaram investimentos massivos, como os 50 bilhões de dólares prometidos pela Amazon para centros de dados dedicados à IA. Essa colaboração público-privada lembra os grandes programas federais do passado, como o Projeto Manhattan ou a corrida espacial.

A plataforma, denominada “American Science and Security Platform”, deverá demonstrar capacidade operacional em nove meses. Permitirá aos pesquisadores acesso a ferramentas avançadas de modelagem e recursos computacionais inéditos. Tudo isso garantindo a proteção de dados sensíveis.

IA e cripto: uma dupla vencedora para a economia americana?

A aliança entre IA e blockchain pode se tornar um pilar da inovação tecnológica nos Estados Unidos. De fato, o decreto “Genesis Mission” assinado por Donald Trump enfatiza áreas onde a blockchain pode ter um papel chave. Notadamente, a segurança dos dados e a automação de processos. Os contratos inteligentes, por exemplo, poderiam otimizar a gestão dos recursos energéticos, enquanto os registros descentralizados garantiriam a rastreabilidade das pesquisas.

Para o setor cripto, essa sinergia representa uma oportunidade. Projetos que incorporam ferramentas de IA, como Fetch.ai ou SingularityNET, podem se beneficiar de maior visibilidade e apoio federal. Uma adoção crescente da IA nas infraestruturas governamentais pode também incentivar uma regulação mais favorável às criptomoedas, fortalecendo sua legitimidade. No entanto, essa dinâmica dependerá da capacidade dos atores cripto de atender às exigências federais, especialmente em termos de cibersegurança e conformidade.

Os perigos da “Genesis Mission”: Trump vira as costas para o bitcoin?

A “Genesis Mission“ pode impulsionar as criptos de IA ao centro das atenções, relegando o bitcoin a um papel secundário. Projetos que combinam blockchain e inteligência artificial correspondem melhor às prioridades federais do que o BTC, frequentemente visto apenas como uma reserva de valor. Investimentos massivos em IA, como os da AWS, podem assim marginalizar a rainha cripto, menos integrada às iniciativas governamentais.

No entanto, o bitcoin mantém vantagens importantes: seu status de ativo refúgio e a adoção crescente por instituições (ETFs, reservas estatais) podem limitar seu declínio. Além disso, essa iniciativa levanta questões sobre a centralização das infraestruturas, contrária ao ethos descentralizado das criptos, e sobre o impacto ambiental dos data centers.

A “Genesis Mission” de Donald Trump pode redefinir os equilíbrios tecnológicos e econômicos nos Estados Unidos. Se oferece oportunidades inéditas para as criptos de IA, também impõe desafios em termos de regulação e impacto ambiental… Uma bomba-relógio para o clima. Na sua opinião, essa estratégia conseguirá conciliar inovação e princípios descentralizados?