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Beacon Network: Uma nova rede global para rastrear fraudes em cripto

13h15 ▪ 4 min de leitura ▪ por Lydie M.
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Um grupo de empresas de cripto, finanças e autoridades reguladoras lançou o Beacon Network. Esta rede permite detectar e congelar rapidamente fundos roubados na blockchain, reunindo atores como Coinbase, Binance, Kraken, PayPal e Ripple, ao lado de pesquisadores de segurança e forças policiais.

Agente de segurança cibernética da Beacon Network apontando para um alerta em um mapa global representando uma rede de rastreamento de criptomoedas.

Em resumo

  • Lançamento do Beacon Network, uma rede colaborativa reunindo gigantes da cripto e forças policiais para identificar e congelar fundos ilícitos.
  • A TRM Labs descreve o sistema como uma « kill chain » aplicada a ativos digitais, capaz de passar da detecção ao bloqueio em poucos minutos,
  • A rede permitiu bloquear mais de um milhão de dólares provenientes de fraudes e visa principalmente hackers, fraudes massivas e financiamento ao terrorismo.

Uma aliança inédita para combater fraudes em cripto

Desde 2023, mais de 47 bilhões de dólares em cripto circularam para endereços ligados a fraudes e golpes, segundo a TRM Labs. Para responder a essa ameaça crescente, um coletivo reunindo atores importantes da cripto e das finanças tradicionais lançou o Beacon Network, um sistema colaborativo dedicado à identificação e ao congelamento de fundos ilícitos.

Entre os membros fundadores estão Coinbase, Binance, Kraken, Robinhood, PayPal, Anchorage Digital e Ripple. Ao lado deles, associam-se pesquisadores de segurança como ZachXBT e a Security Alliance (SEAL).

Autoridades de vários países também participam e reforçam a eficácia do sistema. O objetivo declarado é impedir que criminosos convertam ou lavem seus ganhos explorando brechas entre plataformas.

A rede permite que usuários verificados denunciem em tempo real endereços suspeitos. Assim que os fundos cripto envolvidos atingem um serviço conectado, um alerta é enviado para bloquear as transações antes que desapareçam.

Do acompanhamento lento à « kill chain » em tempo real

Tradicionalmente, as investigações sobre fundos cripto roubados enfrentavam um obstáculo importante, especialmente pela rapidez das transferências. Após o ataque ao Bybit de 1,5 bilhão de dólares, as criptos foram movidas através de mais de 10.000 transações em poucas semanas. Isso tornou qualquer recuperação quase impossível.

O Beacon Network mudou esse cenário. A TRM Labs o descreve como uma « kill chain » completa aplicada a ativos digitais. Ele integra a detecção, o rastreamento e o congelamento no prazo de alguns minutos, em vez de vários dias. Essa abordagem reduz fortemente a capacidade dos criminosos de dispersar ou converter seus ativos.

Apenas investigadores e parceiros aprovados podem denunciar um endereço ilícito. Além disso, cada denúncia implica responsabilidade clara e deve se basear em provas sólidas. De fato, esse filtro visa garantir a confiabilidade do sistema e evitar abusos na sua utilização.

Primeiros resultados e prioridades de luta

A rede Beacon não é apenas teórica. Ela já permitiu várias ações concretas. De fato, em um caso, 1,5 milhão de dólares provenientes de uma fraude internacional foram localizados e bloqueados durante uma tentativa de saque. Também, em outro caso, depósitos fraudulentos de 800 mil dólares foram identificados e congelados a tempo.

A TRM Labs também destaca que o recrutamento de novos parceiros continua essencial para reforçar a eficácia do sistema.

Com a expansão dessa rede, os criminosos dispõem de cada vez menos opções para lavar seus ganhos. Para os atores da cripto, essa iniciativa marca um passo decisivo rumo a um ecossistema mais seguro e transparente.

As prioridades da rede incluem inicialmente o acompanhamento dos fundos ligados às equipes de hackers norte-coreanos que tiveram um ano recorde no roubo de criptos em 2024. Em seguida, incluem a luta contra o financiamento do terrorismo e a proteção das vítimas de fraudes massivas.

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Lydie M.

Enseignante et ingénieure IT, Lydie découvre le Bitcoin en 2022 et plonge dans l’univers des cryptomonnaies. Elle vulgarise des sujets complexes, décrypte les enjeux du Web3 et défend une vision d’un futur numérique ouvert, inclusif et décentralisé.

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