A Coreia do Sul elege um presidente pró-Bitcoin

O novo presidente sul-coreano, Lee Jae-myung, é muito favorável ao bitcoin. A lista de países pró-BTC cresce dia após dia.

Eleição histórica

Foi uma eleição muito particular após um período de grande incerteza política. A causa foi o impeachment do ex-presidente Yoon Suk-yeol, que tentou declarar lei marcial no final do ano passado.

O Sr. Lee apresentou a eleição como um “dia do julgamento” contra essa tentativa de golpe que ele classificou como “insurreição” e uma ameaça à democracia. Nesse contexto, era difícil não se aliar aos bitcoiners, que são a linha de frente contra governos ditatoriais.

Assim como a Polônia alguns dias antes, a Coreia ingressa no clube em rápido crescimento de países abertamente favoráveis ao bitcoin. Mas, ao contrário do seu homólogo polonês, Lee Jae-myung já fez várias promessas concretas. Ele se comprometeu, em particular, a legalizar os ETFs de Bitcoin.

Na mesma lógica de limitar a saída de capitais para os Estados Unidos, o Sr. Lee também defende um stablecoin lastreado no won coreano. “Precisamos criar um stablecoin lastreado no won para impedir a fuga da riqueza nacional para o exterior”, disse ele em um debate político.

De fato, lembremos que a Tether é obrigada por lei a investir suas reservas na dívida pública americana.

Mas não é tudo. Lee também propõe autorizar o fundo de pensão nacional a investir em bitcoin. Este fundo atualmente pesa 884 bilhões de dólares. “Vou criar um ambiente de investimento seguro para que os jovens possam construir patrimônio e planejar seu futuro”, prometeu ele.

Com mais de 16 milhões de detentores de bitcoins (mais de um terço da população), estava claro desde o início que os partidos políticos coreanos acabariam adotando o bitcoin. Ele logo será uma bandeira eleitoral indispensável.

2025, o ano das nações pró-bitcoin

2024 foi o ano dos institucionais com a entrada da BlackRock e a autorização dos ETFs pela SEC. 2025 será o ano das nações, lideradas pelos Estados Unidos, que surpreenderam o mundo ao fazer do bitcoin sua moeda de reserva.

O vice-presidente americano destacou, na recente conferência Bitcoin em Vegas, que o BTC é um “ativo estrategicamente importante” para os Estados Unidos. Ele ressaltou que a desconfiança da China em relação ao bitcoin era uma oportunidade para os EUA ganharem uma vantagem estratégica.

“Por que nosso maior adversário é tão contra o bitcoin? Se a República Comunista da China se afastar do bitcoin, talvez os Estados Unidos devam abraçá-lo”, declarou ele.

É apenas uma questão de tempo até que o mundo inteiro siga os passos dos Estados Unidos. Na mesma conferência, o assistente do Primeiro-ministro paquistanês anunciou a criação de uma reserva estratégica de bitcoins, assim como a alocação de dois gigawatts para a indústria do bitcoin.

“Hoje é um dia histórico. O governo paquistanês vai criar sua própria reserva estratégica de bitcoins, e queremos agradecer aos Estados Unidos por nos inspirar”, declarou. “Vamos manter esses bitcoins e nunca, jamais os venderemos.”

E na França? O debate avança lentamente. Marine Le Pen quebrou o silêncio propondo minerar bitcoins usando o excedente de energia nuclear. À esquerda, François Hollande recebeu uma turma de bitcoiners para discutir, mas sem grandes avanços.

No entanto, segundo um estudo Deloitte–Adan, 10% dos franceses possuíam bitcoins no final de 2024 e 34% planejavam adquirir. Como em todos os lugares, o BTC será um tema-chave na próxima eleição presidencial francesa.