As criptomoedas perdem velocidade entre os investidores americanos: o que revela o estudo da FINRA
Segundo um estudo da Fundação de Educação ao Investidor da FINRA, o entusiasmo dos investidores americanos em relação às criptomoedas diminuiu. De fato, apenas 26% dos investidores ainda planejam comprar criptomoedas, contra 33% em 2021. No entanto, 27% ainda as possuem, um nível inalterado. Nota-se menos vontade de comprar novamente, mas não necessariamente uma saída em massa.

Em resumo
- 27% dos investidores americanos ainda possuem criptomoedas, mas apenas 26% planejam comprar, contra 33% em 2021
- A parcela de investidores dispostos a assumir grandes riscos caiu de 12% para 8%, com uma queda marcante entre os menores de 35 anos
A queda do entusiasmo: uma tendência que vai além da cripto
Um estudo da FINRA revela que apenas 26% dos investidores americanos ainda planejam comprar ativos digitais, contra 33% há três anos. No entanto, 27% ainda os possuem.
Esse paradoxo diz muito. Eles não vendem, mas não aceleram mais. A febre dos anos da pandemia diminuiu, levando embora as entradas entusiastas que explodiram em 2021.
A desaceleração é visível em todos os lugares, mas atinge especialmente os novatos. Apenas 8% dos investidores começaram a investir recentemente, contra 21% no período anterior. Os jovens adultos, antes motores da onda cripto, são os mais afetados: sua taxa de participação caiu de 32% para 26%. Parte deles claramente abandonou o barco após as montanhas-russas do mercado.
E não é só a cripto que recua. Todos os investimentos considerados de risco perdem popularidade. O estudo lembra que 66% das pessoas familiarizadas com ativos digitais os consideram agora muito arriscados. Um sinal de maturidade ou preocupação duradoura.
Investidores mais cautelosos, mas ainda atraídos pelo risco
O que intriga é a contradição no comportamento dos jovens americanos. Sua tolerância ao risco diminui. De fato, apenas 15% dos menores de 35 anos dizem estar dispostos a aceitar grandes oscilações em suas carteiras, contra 24% anteriormente.
No entanto, 62% reconhecem que terão que assumir riscos para atingir seus objetivos. Dois discursos, duas realidades. Pois no campo, a prudência mostrada às vezes parece efeito de aparência.
Os jovens continuam os mais ativos em estratégias agressivas. De fato, 43% operam opções, 22% utilizam margem e quase um terço compram ações meme.
Apesar desse aparente recuo, a cripto continua ganhando terreno na sociedade americana. Mais de 50 milhões de adultos possuiriam hoje ativos digitais.
Portanto, a cripto não desaparece do universo deles. Ela se insere antes em um conjunto de apostas especulativas onde o desejo de superar o mercado permanece vivo, apesar de uma fachada mais cautelosa.
Redes sociais, influenciadores e falsas promessas: um terreno ainda frágil
A FINRA aponta outro fenômeno impossível de ignorar. Trata-se da influência crescente das redes sociais na construção das decisões financeiras. Entre os menores de 35 anos, 61% agora contam com influenciadores para guiar seus investimentos. YouTube domina, TikTok cresce, e os conselhos de amigos agora superam os de profissionais.
Esse modo de informação, muito espontâneo, mantém um clima onde a cripto circula tanto como tendência quanto como investimento pensado. Por isso, o risco de cair em armadilhas continua alto.
Quase metade dos investidores diz estar disposto a acreditar em uma oferta prometendo 25% de retorno garantido. De fato, esse é um cenário típico de golpes com criptomoedas. E ainda assim, 89% pensam nunca ter sido alvo de fraude. A confiança permanece alta, às vezes demais.
Essa vulnerabilidade leva a FINRA a enfatizar um ponto-chave. De fato, a educação financeira se torna indispensável para evitar que as próximas ondas de adoção das criptomoedas ocorram em detrimento dos investidores mais jovens e menos preparados.
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Enseignante et ingénieure IT, Lydie découvre le Bitcoin en 2022 et plonge dans l’univers des cryptomonnaies. Elle vulgarise des sujets complexes, décrypte les enjeux du Web3 et défend une vision d’un futur numérique ouvert, inclusif et décentralisé.
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