Bitcoin pulveriza as estatísticas e registra um setembro histórico

Setembro, este mês que frequentemente rimava com banho de sangue para o bitcoin, finalmente muda de rosto. Tradicionalmente chamado de “Rektember” pelos traders, era sinônimo de quedas brutais e desencorajamento. Mas em 2025, a rainha das criptos surpreendeu a todos. No momento em que se fala de macroeconomia, regulação e do Fed, um balanço se impõe: o BTC realmente resistiu este mês? A resposta parece clara: sim.

Quando “Rektember” se torna um mês de glória para o bitcoin

Historicamente, setembro era o pior mês para o preço do bitcoin com uma perda média de 8%. Mas este ano, o cenário virou. O BTC registra um avanço de 8%, tornando-se o melhor setembro desde 2012, quando a alta chegou perto de 20%. Os dados da CoinGlass e BiTBO confirmam este recorde.

Esta reversão de tendência intriga especialmente porque a volatilidade está surpreendentemente baixa. Em 2025, as variações de preço do bitcoin estão em níveis inéditos há mais de uma década. As quedas máximas permanecem limitadas: –30% no pior caso, contra –80% em ciclos anteriores. 

O bull run existe de fato, mas não se parece com os anteriores. Esta estabilidade relativa intriga tanto quanto tranquiliza, pois antevê uma nova maturidade para o ativo.

O Fed sopra quente e frio sobre a cripto

Por trás dessas performances, paira a sombra do Fed. Com a expectativa de uma redução da taxa de 25 pontos-base e a inflação em queda (PPI de agosto a 2,8%), os investidores reencontraram apetite. 

Os fluxos institucionais comprovam: os ETFs Bitcoin atraíram 757 milhões de dólares em apenas uma semana, enquanto o Ethereum também se beneficia de um aumento na demanda.

Mas o suspense continua. Os analistas da Bitunix avisam: um tom “dovish” de Jerome Powell poderia impulsionar o BTC para os 118.000 dólares. Por outro lado, um discurso muito “hawkish” desencadearia uma correção brutal.

O efeito dominó: quando a dinâmica do bitcoin arrasta todo o mercado cripto

A recuperação de setembro não se limita ao bitcoin, o mercado cripto mostra ganhos. Sua capitalização subiu para 4,16 trilhões de dólares (+1,1%), enquanto 84 das 100 maiores criptos estavam no verde. O Ethereum é negociado em torno de 4.544 dólares, BNB avança 2,8% e XRP ultrapassa a barreira simbólica dos 3 dólares.

Outro sinal de confiança: o Banco Santander lançou a negociação cripto via Openbank, abrindo caminho para uma adoção bancária ampliada. E enquanto Wall Street acumula BTC via ETFs, o Reino Unido e os Estados Unidos aproximam seus quadros regulatórios, especialmente em torno dos stablecoins e do combate à lavagem de dinheiro. Uma coordenação inédita pode transformar o ecossistema.

Alguns números que falam por si

• Bitcoin registra +8% em setembro de 2025, recorde desde 2012;
• 757 milhões $ de influxo nos ETFs Bitcoin em uma semana;
• Capitalização de mercado cripto: 4,16 trilhões $ com 84 dos 100 maiores tokens em alta;
• Ethereum chega a 4.544 $, XRP sobe para 3,02 $, BNB para 954 $.

O bitcoin quebrou a maldição de setembro e trouxe um fôlego inesperado para o mercado cripto. No entanto, outra história já se desenha. Se outubro é frequentemente visto como “uptober”, alguns analistas veem surgir a sombra de um crash. Um modelo fractal identificado recentemente levanta temores de uma correção iminente.