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Bitcoin: Trump quer retomar o controle diante da ofensiva chinesa

11h15 ▪ 5 min de leitura ▪ por Mikaia A.
Informar-se Geopolítica
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No coração de uma guerra comercial que não afrouxa, Donald Trump relança uma velha promessa: fazer dos Estados Unidos a superpotência do bitcoin. O cenário está montado. Frente ao crescimento da China nas tecnologias digitais, o presidente americano, recém-reeleito, coloca a cripto novamente no centro da estratégia nacional. Esse retorno em força não é casual. Ele se baseia nos fundamentos do seu discurso de campanha para propor um modelo econômico centrado na inovação, nos ativos digitais e na autonomia monetária.

Trump arranca furiosamente uma bandeira chinesa hasteada em um Bitcoin gigante, tendo como pano de fundo tensões geopolíticas e silhuetas ameaçadoras.

Em resumo

  • Trump promete uma resposta americana diante da ofensiva cripto da China e do yuan digital.
  • Washington quer atrair atores cripto com regras claras e reservas obrigatórias.
  • Hong Kong afrouxa o cerco regulatório, reavivando a rivalidade monetária China-EUA.
  • O presidente liga liderança cripto e soberania do dólar em seus discursos recentes.

Bitcoin como estandarte, regulação como alavanca: Washington desenrola seu plano

O presidente Trump, ainda em busca do Nobel da Paz, foi direto ao ponto em Miami durante o America Business Forum. Diante dos chefes de empresas, ressaltou: “Estamos fazendo dos Estados Unidos a superpotência do bitcoin, a capital mundial da cripto, e o líder incontestável da inteligência artificial“.

Essa mensagem soa como um ponto de inflexão. Desde janeiro de 2025, a administração Trump assinou ordens executivas para remover barreiras regulatórias e estimular a indústria cripto. Entre as medidas principais: a GENIUS Act, aprovada em julho, que impõe reservas obrigatórias aos emissores de stablecoins, com publicação mensal da sua composição.

Mas não é apenas uma questão de quadro legal. Para Trump, a cripto também serve para apoiar o dólar, ao mesmo tempo em que reforça a posição americana na inovação. Ele afirma: 

Isso alivia muita pressão sobre o dólar. Traz muitas coisas positivas, e nós acreditamos nisso. 

A mensagem é clara: a cripto é uma ferramenta de poder monetário tanto quanto uma alavanca tecnológica.

China: banir a cripto enquanto se inspira nela

Oficialmente, a China permanece hostil às criptomoedas. Desde 2021, Pequim proibiu as transações e a mineração de bitcoin. Contudo, essa aparente cautela esconde uma estratégia mais sutil. Trump se preocupou com isso: 

A China quer fazer isso. Ela está começando a fazer, mas ela realmente quer avançar. Outros países também querem avançar. Se não fizermos as coisas direito, será uma indústria importante.

A China aposta na sua própria moeda digital, o yuan digital, e no controle centralizado dos fluxos. Mas desde Hong Kong, a porta está entreaberta. Essa região administrativa especial afrouxou algumas restrições, permitindo que plataformas registradas ofereçam mais serviços em torno dos ativos digitais.

Enquanto isso, a China expande sua influência via o lançamento do yuan digital e o sistemático veto a qualquer concorrência cripto privada. Nos bastidores, Pequim avança suas peças. Trump, ao denunciar essa tática, reposiciona os Estados Unidos como barreira para a cripto livre frente aos modelos estatais centralizados.

O voto cripto, um novo eleitorado a conquistar

Essa virada pró-cripto não respondia apenas a questões geopolíticas. Também mirava um eleitorado. Antes das eleições, Trump explicara que sua campanha havia apoiado os ativos digitais desde o início, enquanto Biden aderiu tardiamente após perceber sua perda de terreno junto aos eleitores cripto.

A indústria cripto não é mais um tema de nicho. Ela pesa na opinião pública. Ela representa uma nova promessa: ganhos, mobilidade social, independência financeira. Para Trump, essa dinâmica pode fazer da América um novo motor econômico.

O futuro desenhado mistura IA, blockchain, tokenização e soberania energética via mineração local. Esse quadro atrai investidores e pequenos detentores. Dá uma imagem de modernidade e reconquista, num momento em que a China tenta ditar sua própria folha de rota digital.

Datas, números, realidades: o que é preciso reter

  • Julho de 2025: votação da GENIUS Act sobre stablecoins;
  • 200.000 BTC estimados nas mãos do Estado americano;
  • 70% do hashrate mundial do bitcoin era chinês antes de 2021;
  • O yuan digital está em fase de implantação nacional.

Se Trump continuar por esse caminho, terá que enfrentar uma realidade dura. A China mantém o controle sobre os minérios raros, indispensáveis para a fabricação dos chips de IA. Esse desequilíbrio estratégico poderia enfraquecer o dólar segundo alguns analistas.

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Mikaia A.

La révolution blockchain et crypto est en marche ! Et le jour où les impacts se feront ressentir sur l’économie la plus vulnérable de ce Monde, contre toute espérance, je dirai que j’y étais pour quelque chose

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