Cripto: Quais países estão mais comprometidos com a adoção?

Quando pensamos em cripto, muitas vezes imaginamos os traders, as grandes flutuações do bitcoin ou os escândalos em torno das plataformas de câmbio. Mas por trás dos títulos chocantes, uma realidade se impõe: alguns países não se limitam a falar sobre isso. Eles adotam, estruturam, integram. Então, quais são os territórios mais sedentos por cripto hoje? Onde observamos uma verdadeira transição para o dinheiro digital, muito além do hype?

Singapura e Emirados: dois pequenos territórios, uma obsessão cripto XXL

Eles não têm o tamanho dos Estados Unidos, nem o poder financeiro da China. Contudo, Singapura e os Emirados Árabes Unidos estão no topo do índice 2025 do ApeX Protocol, um ranking que avalia o interesse pela cripto segundo quatro critérios: taxa de posse, crescimento da adoção, volume de pesquisas e número de caixas eletrônicos (ATM).

Singapura alcança a pontuação perfeita de 100 pontos. O país combina 24,4% de detentores de criptoativos e 2.000 pesquisas relacionadas à cripto para cada 100.000 habitantes, o nível mais alto do mundo. Em 2021, apenas 11% possuíam cripto. A proporção mais que dobrou em um ano.

Nos Emirados, 25,3% da população possui criptomoedas. Desde 2019, a adoção subiu 210%. O efeito Dubai não é por acaso: zonas francas para fintechs, um regulador dedicado (VARA) e uma vontade declarada de tornar-se um líder mundial do Web3.

A cripto não é mais marginal. Ela se torna um pilar pelo qual os países redefinem seu futuro financeiro… não apenas como investimento, mas como reflexo das relações que as pessoas mantêm com a tecnologia, o dinheiro e a confiança na era digital.

ApeX Protocol

Cripto e infraestrutura: os números não contam a mesma história

Um país pode ser “obcecado por cripto”… sem estar realmente equipado para adoção em massa do bitcoin. É o que mostra a comparação com os Estados Unidos, Canadá ou Turquia, todos bem colocados no ranking ApeX, mas por razões diferentes.

Os Estados Unidos ficam em terceiro lugar, não graças a uma alta taxa de posse, mas por causa de uma infraestrutura sólida: 30.000 caixas eletrônicos cripto, dez vezes mais do que qualquer outro país. O crescimento do uso é de +220% desde 2019.

O Canadá se destaca pelo crescimento mais rápido do ranking: +225% de adoção. Também possui 3.500 ATM, sinal de que a estrutura acompanha o interesse. A Turquia, em quinto lugar, brilha com uma taxa de 19,3% de detentores, apesar da instabilidade econômica local.

Essa pluralidade revela uma divisão de abordagens entre: infraestrutura e uso real (EUA, Canadá) e adoção popular rápida (Turquia, Singapura, Emirados…)

O top 5 dos dados marcantes

• Singapura: 24,4% da população em cripto, 2.000 buscas no Google por 100.000 hab;
• Emirados: 25,3% de posse, +210% de adoção desde 2019;
• EUA: 30.000 caixas eletrônicos, +220% de uso;
• Canadá: +225% de adoção, 3.500 ATM;
• Turquia: 19,3% de posse apesar da inflação.

Essa diversidade nos obriga a contrastar: adotar cripto nem sempre significa entendê-la, muito menos usá-la de forma inteligente. A obsessão digital pode preceder ou mascarar o uso real. Ninguém deveria se surpreender em ver Singapura no topo deste ranking. É apenas a sequência lógica de uma política visionária. Um estudo recente confirmou: a região Ásia-Pacífico (APAC) agora domina a cena cripto mundial, com adoção crescente em várias regiões.