Diante da ameaça quântica, construir o Web3 de amanhã: Entrevista exclusiva com David Carvalho, CEO da Naoris

Uma revolução silenciosa se anuncia. À medida que o computador quântico se torna realidade, os alicerces do Web3 vacilam. Por trás dessa ameaça invisível, surge uma solução: Naoris Protocol. Infraestrutura de cibersegurança pós-quântica descentralizada, ela antecipa as vulnerabilidades que até mesmo os Estados temem. Seu fundador, David Carvalho, nos concede uma entrevista exclusiva. Hacker ético que se tornou estrategista cibernético, ele revela aqui sua visão, suas escolhas tecnológicas e seus alertas. Com o TGE de $NAORIS realizado em 31 de julho de 2025, um novo paradigma se anuncia.

Por que Naoris? Na encruzilhada das urgências do Web3 e da ameaça quântica

O Web3 foi concebido para ser resiliente. Mas ele ainda depende de criptografias que o computador quântico pode tornar obsoletas num piscar de olhos. Instituições financeiras, infraestruturas críticas, Estados… Todos começam a tomar consciência do risco: a criptografia atual pode ser quebrada, sem alerta visível, por máquinas que oficialmente ainda não existem.

Nesse contexto, a missão do Naoris Protocol é oferecer uma infraestrutura de cibersegurança descentralizada e confiável, projetada desde a origem para resistir às ameaças da computação quântica. Não um remendo, mas uma reinvenção estrutural graças a tecnologias como a Sub-Zero Layer, a Swarm AI, o Dilithium-5, o dPoSec.

Para concretizar essa missão, o projeto conta com o apoio de uma recente rodada estratégica de financiamento de 3 milhões de dólares liderada pela Mason Labs, com participação do Frekaz Group, Level One Robotics e Tradecraft Capital.

Números-chave

Os resultados falam por si. Durante o testnet do início de 2025:

• Mais de 3,3 milhões de carteiras criadas;
• Mais de 100 milhões de transações criptografadas pós-quânticas foram executadas;
• 1.065.153 nós de segurança foram ativados;
• 474.763.995 ameaças foram detectadas e bloqueadas.

Esses números traduzem uma adoção rápida e uma capacidade inédita de resposta no ecossistema Web3.

Encontro com o visionário: David Carvalho

David Carvalho é fundador, CEO e cientista-chefe do Naoris Protocol. Com mais de 20 anos de experiência como diretor global de segurança da informação e hacker ético, dedicou sua carreira a aconselhar Estados e infraestruturas críticas sob mandato da OTAN em guerra cibernética, ciberterrorismo e espionagem.

Sua visão é radical: se adversários quânticos já existem em laboratórios secretos, devemos construir uma infraestrutura capaz de sobreviver ao invisível. Não um remendo — uma arquitetura. Essa arquitetura repousa em três pilares: criptografia pós-quântica, validação descentralizada e inteligência coletiva automatizada.

David não imagina apenas um Web3 resiliente. Ele constrói uma civilização digital antifrágil, pronta para absorver choques que outros se recusam a admitir.

Entrevista exclusiva com David Carvalho

Você pode se apresentar e explicar o que o motivou a criar o Naoris Protocol?

Eu sou David Carvalho, fundador, CEO e cientista-chefe do Naoris Protocol. Passei mais de 20 anos como CISO global e hacker ético, aconselhando Estados e infraestruturas críticas sob mandato da OTAN em guerra cibernética, ciberterrorismo e espionagem.

O clique aconteceu em 2017, durante uma reunião com Kjell Grandhagen, ex-chefe do comitê de inteligência da OTAN. Mas o que realmente me motivou foi entender que os prazos quânticos não são teóricos. Como disse Jay Gambetta, vice-presidente da IBM Quantum: 

A ameaça quântica não está chegando, ela já está aqui.

Os Estados coletam dados criptografados hoje, apostando na capacidade de descriptografá-los amanhã. Era necessário uma infraestrutura pensada desde o começo para adversários quânticos.

Naoris se apresenta como “The Base Layer of Trust & Security” — por que a cibersegurança deve ser nativa e não adicionada depois?

Porque soluções sobrepostas são mortas diante das ameaças quânticas. A direção da CIA já informa ao Congresso que os avanços quânticos são mais avançados do que se pensa. Quando agências de inteligência coletam comunicações criptografadas em uma escala nunca vista, esperar que fornecedores tradicionais se adaptem é um erro estratégico.

Operamos na camada Sub-Zero — abaixo das camadas L0 a L3 — blindando transações em tempo real sem hard forks. Quando os computadores quânticos quebrarem a criptografia em grande escala, as camadas tradicionais de segurança cairão como dominós. Apenas uma infraestrutura nativamente pós-quântica resistirá ao Q-Day.

Mais de 1,1 milhão de carteiras em um mês: como explicar essa adoção rápida?

Esse crescimento reflete uma conscientização institucional: as janelas de transição quântica são muito mais curtas do que se imagina. Criptógrafos da NSA aconselham privadamente grandes empresas a mudar imediatamente para o pós-quântico.

A BlackRock não incluiu alertas quânticos em seus arquivos de ETF Bitcoin para enfeite. Eles recebem briefings mostrando progressos muito além da pesquisa pública. O dinheiro inteligente sabe que, no dia em que essas capacidades forem anunciadas, já será tarde demais.

Em um mundo pós-quântico, que ameaças ainda são subestimadas pelos projetos Web3?

O colapso dos prazos. Muitos pensam que têm até a década de 2030. Isso é gravemente falso. Reuniões do Departamento de Defesa mostram que os avanços já estão aí, mas são classificados.

Como explicou Tilo Kunz, da Quantum Defen5e, aos responsáveis da DISA, o Q-Day pode chegar muito antes do previsto. Os dados já estão sendo coletados — cada transação em blockchain é arquivada, pronta para ser decifrada.

Os Estados não divulgarão suas capacidades quânticas. Eles as explorarão em silêncio enquanto todos buscarão soluções que já não funcionam.

Em que o Naoris Protocol é verdadeiramente pós-quântico? Pode explicar de forma simples os algoritmos usados (Dilithium-5, KEMs, etc.)?

Construímos partindo do princípio de que adversários quânticos já operam em segredo. As assinaturas Dilithium-5 resistem ao Shor, mesmo em potência máxima. O CRYSTALS-KYBER impede que invasores extraiam nossas chaves, mesmo interceptando todo o tráfego.

Repensamos toda a pilha criptográfica para resistir a uma superioridade quântica súbita. Onde pesquisadores esperam evoluções progressivas, miramos em um cenário de domínio repentino.

O roteiro quântico da IBM mostra um crescimento exponencial. Mas os governos estão sempre décadas à frente.

Seu dPoSec muda fundamentalmente o papel dos validadores? Podemos dizer que cada nó se torna um agente de cibersegurança?

Com certeza. Validadores tradicionais se tornarão inúteis no dia em que computadores quânticos puderem forjar assinaturas. Nossos validadores dPoSec são agentes de segurança quântica capazes de operar mesmo sob ataque.

Cada nó executa algoritmos de detecção projetados para reconhecer ataques antes que se tornem visíveis. Quando blockchains tradicionais falharem, nossos validadores serão os únicos legítimos restantes.

Estamos construindo a maior malha de cibersegurança pós-quântica do mundo. Cada nó se torna uma sentinela.

Quais setores hoje expressam a maior necessidade por uma solução como a sua? E quais ainda estão atrasados?

Serviços financeiros e fornecedores da defesa entram em pânico silencioso. Recebem briefings classificados que contradizem a pesquisa pública.

Empresas que gerenciam dados sensíveis devem implementar o pós-quântico imediatamente. Elas não esperam normas: sabem que as ameaças já estão aqui.

Os retardatários? Muitos projetos cripto que acreditam ter tempo. A maioria dos protocolos DeFi ainda se baseia em fundamentos vulneráveis.

Com mais de 474 milhões de ciberameaças bloqueadas no testnet, pode dar um exemplo concreto de ataque detectado e neutralizado?

Neutralizamos campanhas de phishing que exploravam extensões de navegador hackeadas para roubar chaves privadas. Outras miravam o anonimato correlacionando transações blockchain com impressões digitais do navegador.

Alguns ataques usavam análise cruzada de cadeias e comprometimento de navegadores para desanonimizar usuários de moedas de privacidade. Serviços de mixagem foram alvos específicos.

Também detectamos ataques chamados de “preparação”: testes realizados por adversários para mapear vulnerabilidades para futuras explorações com meios quânticos.

O token $NAORIS está no coração da sua infraestrutura. Qual é exatamente seu papel?

$NAORIS não é um token especulativo clássico. É um token de interação máquina a máquina, de certificação, validação e segurança criptográfica.

Permite que máquinas validem o estado de segurança de outras máquinas sem intervenção humana. Ao contrário dos tokens ligados à volatilidade humana, $NAORIS é impulsionado pelo desempenho de segurança.

Cria um ecossistema automatizado onde cada dispositivo pode validar o outro e ser recompensado.

Quais serão os marcos principais do projeto nos 6 a 12 meses após o TGE?

Nosso principal objetivo é fazer convergir Web3 e Web2. Queremos transformar infraestruturas centralizadas em redes resilientes, validadas por milhões de nós.

Preparamos o período crítico em que a criptografia clássica falhará. A adoção vai acelerar assim que as capacidades quânticas se tornarem públicas.

Nosso plataforma de inteligência quântica detectará sinais fracos. No dia em que a supremacia quântica for revelada, nossa rede será a única ainda operacional.

Uma rede de segurança antes da tempestade quântica

Combinando rigor científico e visão estratégica, David Carvalho abre caminho para um Web3 viável além do Q-Day. O Token Generation Event (TGE) do token nativo do protocolo Naoris, $NAORIS, ocorreu em 31 de julho de 2025. Acompanhe as últimas novidades no site oficial do Naoris Protocol e no X para mais informações sobre o desenvolvimento do projeto.

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