Eurojust desmonta fraude cripto de 600 milhões de euros
A Europa acaba de dar um golpe decisivo contra uma das maiores fraudes cripto já desmontadas. Mais de 600 milhões de euros desviados através de falsas plataformas de investimento, nove prisões em três países, e uma operação conduzida a ritmo acelerado sob a coordenação da Eurojust. Esta ação transfronteiriça revela a alarmante dimensão das redes criminosas que exploram a blockchain para lavar fundos, longe dos olhares. Um caso que confirma a urgência de uma resposta judicial à altura dos desafios cripto.

Em resumo
- Uma fraude cripto de âmbito europeu permitiu a uma rede criminosa desviar mais de 600 milhões de euros.
- Os fraudadores criaram falsas plataformas de investimento prometendo altos rendimentos, com aparência profissional.
- As vítimas foram recrutadas por anúncios segmentados, depoimentos falsos, artigos enganosos e chamadas frias.
- Os fundos roubados foram lavados via blockchain, tornando os fluxos financeiros difíceis de rastrear.
Plataformas fraudulentas a serviço de uma fraude de 600 milhões de euros
Enquanto o BCE acelera para o euro digital, uma rede de fraudadores acaba de ser desmontada. A investigação revela um sistema sofisticado de fraude, implementado por uma rede internacional, que desviou mais de 600 milhões de euros através de falsos sites de investimento em cripto. Projetadas para imitar plataformas legítimas, essas interfaces digitais ofereciam rendimentos extraordinários para atrair poupadores.
A Eurojust esclarece : “os membros da rede criaram dezenas de falsas plataformas de investimento em cripto que se pareciam com sites legítimos e prometiam altos rendimentos”. As vítimas, uma vez envolvidas, não podiam recuperar os fundos transferidos.
Para atingir suas metas e dar credibilidade às plataformas, os fraudadores usaram um arsenal bem treinado de métodos de manipulação :
- Anúncios segmentados nas redes sociais para alcançar investidores desprevenidos ;
- Chamadas frias feitas por operadores se passando por consultores financeiros ;
- Falsos artigos de imprensa fabricados para simular cobertura midiática positiva ;
- Depoimentos falsos ou usados indevidamente de celebridades para inspirar confiança ;
- Promessas de rendimentos irreais para incentivar pagamentos rápidos.
O dinheiro arrecadado era então lavado com a blockchain, tornando os fluxos financeiros difíceis de rastrear. Essa técnica permitiu ocultar grande parte das criptomoedas provenientes da fraude. Foram reclamações de vítimas, impossibilitadas de retirar seus fundos, que inicialmente alertaram as autoridades francesas e belgas, que iniciaram a investigação conjunta.
O caso, de escala excepcional, ilustra a ascensão das fraudes em grande escala no universo cripto e o nível de sofisticação tecnológica alcançado por certos grupos criminosos.
Um desmantelamento coordenado : a resposta judicial transnacional orquestrada pela Eurojust
Coube à Eurojust, a Agência de Cooperação Judicial da União Europeia, o mérito de catalisar uma resposta conjunta inédita diante dessa fraude cripto tentacular.
A investigação, iniciada graças à colaboração entre as autoridades francesa e belga, levou à formação de uma equipe conjunta, rapidamente ampliada para Alemanha, Espanha e Chipre. “A Eurojust permitiu às autoridades colaborar de forma rápida e eficaz”, destaca o comunicado, mencionando também que as ações foram coordenadas em Haia, entre os dias 27 e 29 de outubro de 2025.
As prisões simultâneas de nove suspeitos em suas residências na Alemanha, Espanha e Chipre ocorreram num clima de discrição e precisão, com o apoio de unidades especializadas em cibercrime, como a Gendarmaria Nacional francesa, a Polícia Criminal de Colônia e os Mossos d’Esquadra espanhóis. Durante as buscas, os investigadores apreenderam 800.000 euros em contas bancárias, 415.000 euros em criptomoedas (bitcoin e outros ativos) e 300.000 euros em dinheiro, confirmando o alcance financeiro da operação.
Além da eficácia imediata, esse desmantelamento representa um passo importante na capacidade de resposta paneuropeia frente às derivações financeiras ligadas às criptomoedas. A intervenção da Eurojust demonstra uma vontade reforçada de cooperar além das fronteiras para neutralizar redes transnacionais que exploram vulnerabilidades tecnológicas e regulatórias do setor. Se o caso termina por ora com prisões, também estabelece as bases para uma abordagem judicial mais sistemática e proativa no futuro. Em um momento em que os investimentos em cripto se democratizam, essa operação pode servir como modelo de ação contra uma criminalidade em constante mutação.
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Diplômé de Sciences Po Toulouse et titulaire d'une certification consultant blockchain délivrée par Alyra, j'ai rejoint l'aventure Cointribune en 2019. Convaincu du potentiel de la blockchain pour transformer de nombreux secteurs de l'économie, j'ai pris l'engagement de sensibiliser et d'informer le grand public sur cet écosystème en constante évolution. Mon objectif est de permettre à chacun de mieux comprendre la blockchain et de saisir les opportunités qu'elle offre. Je m'efforce chaque jour de fournir une analyse objective de l'actualité, de décrypter les tendances du marché, de relayer les dernières innovations technologiques et de mettre en perspective les enjeux économiques et sociétaux de cette révolution en marche.
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