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Warren Buffett se prepara para sair: Fim de uma era na Berkshire Hathaway

15h15 ▪ 5 min de leitura ▪ por Mikaia A.
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Aos 94 anos, Warren Buffett está preparando sua saída. Em Omaha, ele nomeou seu herdeiro: Greg Abel. Discreto, fiel, metódico. O anúncio, feito diante de milhares de acionistas, vira uma página. A Berkshire Hathaway entra no pós-Buffett. O evento não marca um fim. É uma passagem, cuidadosamente refletida, entre a prudência lendária e novos desafios. Não é todo dia que um império muda de mãos sem vacilar.

Warren Buffet aplaudido por uma multidão

Em resumo

  • Warren Buffett passará o comando para Greg Abel após seis décadas liderando a Berkshire Hathaway.
  • A sucessão foi anunciada de forma sóbria, no teatro sagrado da assembleia em Omaha.
  • Abel herda um conglomerado sólido, mas exposto aos riscos climáticos e tecnológicos globais.
  • Buffett mantém suas ações, demonstrando confiança intacta apesar da volatilidade atual do mercado.

Berkshire Hathaway: um império legado com calma

Warren Buffett, que anunciou sua retirada da bolsa no ano passado, sempre gostou de surpreender sem chocar. Ele provou isso novamente este ano em Omaha. No palco, ele designa Greg Abel como o próximo CEO. Simplesmente. Diretamente. Sem aviso prévio. Abel, vice-presidente das operações não seguradoras, é impulsionado à liderança do império. Buffett tranquiliza:

Eu ficarei nas sombras, mas Greg terá a palavra final.

Ao seu lado, Abel não demonstra hesitação. A sala, por sua vez, aplaude longamente. Ron Olson, membro do conselho, confirma:

Greg está pronto. Sabemos disso há muito tempo.

Até os céticos reconhecem. Essa sucessão foi preparada por anos. Buffett sempre preferiu transições suaves a rupturas abruptas. Essa é sua marca registrada: a estratégia de longo prazo, aplicada à sua própria saída.

O conselho de administração votará oficialmente nos próximos meses. Mas o veredicto já é conhecido: será sim. Por unanimidade.

Warren Buffett: lucidez, símbolos e convicções

Por trás do anúncio, há uma mensagem. Buffett nunca gostou de barulho desnecessário. Ele fala pouco, mas quando fala, diz suas verdades. No palco, denuncia um sistema orçamentário americano que considera “insustentável“. Ele descreve a economia como uma “catedral ligada a um cassino“.

A metáfora é clara: é preciso continuar construindo, não apenas apostando. Buffett mantém suas ações. Todas. Ele declara:

É uma escolha econômica. Eu acredito em Greg.

Ele permanece, mas mais como uma sombra do que como uma tocha. O que mais o preocupa? A explosão da dívida e os excessos fiscais. E o mercado? Ele o julga nervoso, pouco disciplinado e cada vez mais focado no curto prazo.

Buffett é o investidor do século, mas vê este século começando errado. Então, ele transmite e se retira. Mas do seu jeito: continuando a investir com suas convicções.

Greg Abel: rumo aos desafios do século

Greg Abel não chega à liderança tranquilamente. Ele herda um navio poderoso, mas em plena tempestade. Clima, dívida, tecnologia, regulação: tudo está mudando. Tudo acelerando. Na energia, ele já lida com incêndios recorrentes. Literalmente. 1,1 bilhão em perdas relacionadas a incêndios na Califórnia. A gestão de risco é crucial.

No setor financeiro, o bitcoin desafia suas referências. Buffett dizia: “Veneno de rato”. Simon Lutz relembra no X:

Esse veneno é o ataque ao Banco de Compensações Internacionais.

O pavio está aceso, e Abel terá que andar sobre ele sem vacilar. Buffett lhe deixa 348 bilhões de dólares em caixa. Mas também uma ética de investimento rigorosa. Aqui estão os números-chave do momento:

  • 348 bilhões $: reservas da Berkshire;
  • 781%: desempenho do bitcoin desde 2020;
  • 150%: desempenho da Berkshire no mesmo período;
  • 809.000 $: preço de uma ação classe A;
  • 1%: imposto sobre recompras que freia o buyback.

Uma mensagem dirigida a Wall Street

Essa transferência de poder transcende a Berkshire. É uma mensagem para o mundo das finanças. O capitalismo do vovô passa a mão para o capitalismo sob estresse. Buffett continua sendo um mito, mas Abel torna-se o guardião do templo. Nenhuma revolução anunciada, mas uma continuidade sob pressão.

O contexto está carregado: mercado imprevisível, novas regulações, ativos digitais invasivos. Mas a Berkshire mantém seus princípios: paciência, disciplina, caixa. Abel também terá que enfrentar um público diferente. Menos paciente. Menos fiel. A era dos acionistas para toda a vida está acabando. O instantâneo prevalece.

E, ainda assim, Buffett acredita em sua escolha. Ele afirma que as perspectivas serão melhores com Abel. Ele confessa:

Eu mantenho cada ação. Não é sentimental, é racional.

A mensagem é clara: o navio permanece sólido, mesmo sem seu capitão histórico. A verdadeira questão: Abel será capaz de permanecer ele mesmo enquanto encarna Buffett?

Warren Buffett é o tipo de financista que sabe navegar em águas turbulentas. Recentemente, enquanto a tendência geral era de derrocada entre pessoas ricas, num cenário de tensões tarifárias, ele permaneceu impassível. Resultado: 23,4 bilhões de dólares em ganhos pessoais.

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Mikaia A.

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