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FMI : BRICS agora lideram a economia global

21h15 ▪ 4 min de leitura ▪ por Luc Jose A.
Informar-se Geopolítica

Durante muito tempo vistos como seguidores, os BRICS hoje lideram o crescimento mundial. Segundo as últimas previsões do FMI, essas potências emergentes registrarão em 2025 uma dinâmica econômica claramente superior à dos Estados Unidos. Essa mudança quantitativa torna-se estratégica : o fortalecimento dos BRICS não é mais uma tendência, é um fato. Seu desempenho coletivo redefine as relações de poder e impõe uma releitura dos equilíbrios geoeconômicos.

Cinco figuras inspiradas em super-heróis, cada uma representando um país dos BRICS.

Em resumo

  • Os BRICS registram em 2025 um crescimento econômico de 3,4 %, bem superior ao dos Estados Unidos, projetado em apenas 1,4 % segundo o FMI.
  • Países como Índia, Etiópia e China impulsionam essa dinâmica, fortalecendo o peso global do bloco na economia mundial.
  • O FMI confirma que os BRICS agora representam 40 % do PIB mundial, e até 41 % em paridade do poder de compra (PPC).
  • Os Estados Unidos, em plena estagnação econômica, têm dificuldade em acompanhar essa dinâmica e podem perder seu papel central na economia mundial.

O crescimento dos BRICS : uma dinâmica que supera as expectativas

Segundo o relatório “Perspectivas da economia mundial” do FMI, publicado em abril de 2025, os países do bloco dos BRICS registram um crescimento combinado do PIB de 3,4 %, bem acima das previsões iniciais.

Em comparação, os Estados Unidos têm projeção de apenas 1,4 %, o que traduz uma diferença de desempenho que não para de aumentar. Rodrigo Cezar, professor na Fundação Getulio Vargas (FGV) no Brasil, afirma :

Os BRICS não podem ser ignorados, considerando o tamanho de sua população e seu PIB em 2025.

Esse comentário reflete uma mudança de paradigma. As economias emergentes, por muito tempo vistas como seguidoras, agora se impõem como motores globais de crescimento.

De fato, o relatório do FMI detalha as projeções de crescimento de vários membros e parceiros da aliança dos BRICS para o ano de 2025. Esses números mostram uma vitalidade econômica marcante, mas também uma ascensão geoeconômica estruturada :

  • Etiópia : +6,6 % ;
  • Índia : +6,2 % ;
  • Indonésia : +4,7 % ;
  • Emirados Árabes Unidos : +4 % ;
  • China : +4 % ;
  • África do Sul : +3,4 % ;
  • Brasil : +2,3 %.

Além disso, o FMI indica que os BRICS agora representam 40 % do PIB mundial, um número que sobe para 41 % em paridade do poder de compra (PPC). Essa distribuição demonstra um deslocamento do epicentro econômico mundial para o Sul global.

Longe de ser apenas um sinal estatístico, esse peso econômico crescente começa a ter repercussões concretas nos equilíbrios financeiros internacionais.

Uma influência estratégica ampliada nos mercados globais

Além dos números de crescimento, está ocorrendo em 2025 uma redefinição das relações de poder nos intercâmbios mundiais. Rodrigo Cezar destaca que alguns países dos BRICS, como Rússia e Brasil, desempenham um papel crucial nas cadeias de suprimento estratégicas.

Sao fornecedores-chave de energia, alimentos e minerais estratégicos“, explica ele. Tal posição lhes confere uma alavanca de influência importante sobre os preços globais das matérias-primas, tornando os mercados cada vez mais sensíveis às dinâmicas internas do bloco dos BRICS.

As tensões geopolíticas e as políticas tarifárias americanas só agravaram essa transformação. Diante de um crescimento limitado e de um isolamento tarifário crescente, a economia americana “está no fio da navalha“.

O contraste é ainda mais marcante porque, em paralelo, os BRICS continuam sua estratégia de desdolarização, visando a reduzir sua dependência do dólar e afirmar sua autonomia financeira. Embora essa dimensão não tenha sido detalhada no relatório do FMI, ela constitui um pano de fundo cada vez mais audível.

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Luc Jose A.

Diplômé de Sciences Po Toulouse et titulaire d'une certification consultant blockchain délivrée par Alyra, j'ai rejoint l'aventure Cointribune en 2019. Convaincu du potentiel de la blockchain pour transformer de nombreux secteurs de l'économie, j'ai pris l'engagement de sensibiliser et d'informer le grand public sur cet écosystème en constante évolution. Mon objectif est de permettre à chacun de mieux comprendre la blockchain et de saisir les opportunités qu'elle offre. Je m'efforce chaque jour de fournir une analyse objective de l'actualité, de décrypter les tendances du marché, de relayer les dernières innovations technologiques et de mettre en perspective les enjeux économiques et sociétaux de cette révolution en marche.

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