GESPA acusa plataforma NFT da Fifa de atividades de jogo ilegal
O órgão regulador suíço de jogos apresentou uma reclamação formal contra a plataforma NFT da FIFA, acusando-a de operar como um serviço de jogos não licenciado. A medida sinaliza uma crescente pressão regulatória sobre colecionáveis digitais e empreendimentos Web3, enquanto as autoridades tentam entender como sistemas de recompensa baseados em blockchain se encaixam nas leis tradicionais de jogos.

Em resumo
- GESPA afirma que as competições do FIFA Collect envolvem recompensas baseadas na sorte, classificando-as como jogos sob a lei suíça.
- O regulador argumenta que os usuários pagam para participar de eventos com sorteios aleatórios, semelhantes a loterias e sistemas de apostas esportivas.
- Os NFTs “Direito de Compra” do FIFA Collect, vendidos por US$ 999, supostamente incluem elementos de chance e ganho monetário.
- A investigação segue a migração da plataforma NFT da FIFA para Avalanche, adicionando novas mecânicas semelhantes à loteria.
GESPA afirma que NFTs do FIFA Collect ultrapassam a linha e entran em território de jogos
O regulador federal suíço de jogos, GESPA, entrou com uma reclamação contra a plataforma non-fungible token (NFT) da FIFA, FIFA Collect, alegando que ela opera como um serviço de jogos não licenciado.
GESPA declarou que certas competições e programas de recompensas na plataforma envolvem elementos de chance, que, sob a lei suíça, os classificam como jogos. Segundo o regulador, os usuários só podem participar desses eventos pagando uma aposta monetária, com prêmios determinados por sorteios aleatórios ou métodos similares.
A participação nas competições é possível somente mediante uma aposta monetária, com benefícios monetários a serem ganhos. Se os participantes ganham um prêmio depende de sorteios aleatórios ou procedimentos similares.
GESPA
O regulador afirmou que essas atividades se assemelham a loterias e apostas esportivas — categorias que, na Suíça, são restritas aos operadores licenciados Sporttip e Jouez Sport.
Migração do Collect para Avalanche aumenta pressão reguladora
GESPA começou a investigar o FIFA Collect em outubro por seus NFTs “Direito de Compra”, que concedem aos titulares a capacidade de comprar ingressos da Copa do Mundo pelo valor de face. Esses NFTs — vinculados a grandes times como Argentina, Espanha, França, Inglaterra e Brasil — foram vendidos por US$ 999 cada e todos já foram esgotados, segundo dados do FIFA Collect.
A plataforma, lançada originalmente em 2022 na blockchain Algorand, anunciou planos para migrar para sua própria blockchain construída como uma subrede na Avalanche. Essa mudança teria impulsionado a atividade na plataforma e introduzido novos métodos de distribuição semelhantes a mecânicas de loteria, atraindo escrutínio regulatório.
A reclamação da GESPA marca mais um confronto entre colecionáveis digitais e leis tradicionais de jogos. O regulador observou que encaminhou o caso para as autoridades policiais, que determinarão se as operações NFT da FIFA violam as regulamentações suíças.
Embora GESPA não tenha adotado uma posição oficial além do registro da reclamação, ofereceu-se para ajudar em qualquer investigação futura. Observadores sugerem que a FIFA pode buscar modificar seu modelo de distribuição de NFTs ou chegar a um acordo com os reguladores para evitar novas ações legais.
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James Godstime is a crypto journalist and market analyst with over three years of experience in crypto, Web3, and finance. He simplifies complex and technical ideas to engage readers. Outside of work, he enjoys football and tennis, which he follows passionately.
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