JPMorgan fecha as contas do CEO da Strike: O debanking cripto relançado?

Um tweet foi suficiente para revelar uma profunda divisão entre as finanças tradicionais e o universo cripto. Jack Mallers, CEO da Strike, anunciou que o JPMorgan Chase fechou suas contas sem uma explicação clara. Este incidente levanta uma questão crucial: por que os bancos tradicionais estão expulsando os atores cripto?

JPMorgan VS Jack Mallers: uma exclusão bancária de contornos vagos

Em 23 de novembro de 2025, Jack Mallers, fundador da Strike, uma plataforma de pagamento em Bitcoin, compartilhou no X uma informação explosiva: o JPMorgan Chase havia fechado suas contas pessoais. Segundo Mallers, esta decisão, qualificada como “estranha“, aconteceu sem justificativa transparente, apesar de seus inúmeros pedidos. Pior, seu pai, cliente do banco há mais de 30 anos, não conseguiu obter explicações.

A carta do JPMorgan, datada de 2 de setembro de 2025, menciona “atividades preocupantes” e obrigações legais, especialmente o Bank Secrecy Act. Porém, nenhum detalhe concreto é fornecido, deixando dúvidas sobre as verdadeiras motivações do banco. Trata-se de uma simples aplicação rígida das regras ou de uma desconfiança direcionada aos atores cripto?

Após o fechamento da conta bancária de Jack Mallers pelo JPMorgan, as reações não demoraram. A comunidade cripto expressou seu apoio a Jack Mallers, denunciando a opacidade do JPMorgan. Alguns veem nisso uma tentativa de silenciar os inovadores, enquanto outros apontam a hipocrisia de um banco que, apesar de explorar a blockchain, exclui aqueles que a constroem. Outros ainda, mais extremos, convocam ao boicote do JPMorgan.

O debanking cripto: um fenômeno em ascensão

O caso de Jack Mallers não é casual. Há vários anos, os atores do setor cripto sofrem com o chamado “debanking“: o fechamento arbitrário de suas contas bancárias. Binance, Kraken e até desenvolvedores independentes foram afetados. Os bancos frequentemente alegam razões de conformidade regulatória, como combate à lavagem de dinheiro ou financiamento do terrorismo.

No entanto, essa prática levanta questões. Por que os atores cripto são alvos de forma desproporcional? Os bancos tradicionais, que gerenciam diariamente fluxos financeiros muito maiores e por vezes opacos, parecem aplicar regras mais rigorosas ao ecossistema das criptomoedas. As consequências são graves: dificuldades para pagar salários, gerenciar o caixa ou até mesmo abrir novas contas.

Bitcoin, uma resposta à censura bancária?

Diante da exclusão pelos bancos tradicionais, o bitcoin surge como uma solução óbvia. Projetado para resistir à censura, ele permite que os usuários transfiram valor sem depender de um intermediário. Para Jack Mallers e muitos outros, este incidente reforça o argumento de que o BTC não é apenas um ativo especulativo, mas uma ferramenta de soberania financeira.

O impacto no mercado cripto pode ser significativo. Os fechamentos de contas bancárias levam os usuários a adotar carteiras não custodiais! Mas também, soluções como a Lightning Network, que facilitam transações rápidas e de baixo custo. Alguns analistas até sugerem que esses eventos possam apoiar o preço do Bitcoin (BTC), aumentando a demanda por um ativo visto como um refúgio contra a arbitrariedade bancária.

O caso Jack Mallers vs JPMorgan ilustra as crescentes tensões entre os bancos tradicionais e o ecossistema cripto. Denunciado por Donald Trump, o debanking pode acelerar a adoção do bitcoin e das soluções descentralizadas. Na sua opinião, essa divisão levará a uma convivência pacífica ou a uma ruptura definitiva entre dois mundos financeiros?