O Bitcoin é "ruim para os ditadores": A revelação de um especialista em direitos humanos
Durante uma cúpula em Washington sobre políticas relacionadas ao Bitcoin, Alex Gladstein, estrategista da Human Rights Foundation, fez uma declaração chocante: “O Bitcoin é ruim para os ditadores”. Para ele, é uma ferramenta de resistência contra regimes autoritários. Uma posição que ressoa ainda mais forte pois os Estados Unidos, por sua vez, estão discretamente construindo sua própria reserva estratégica em BTC.
Em resumo
- O bitcoin permite contornar os controles dos regimes autoritários sobre o dinheiro e a identidade.
- A Human Rights Foundation defende seu uso como barreira contra a inflação e a repressão.
- Desde 2013, a organização usa o bitcoin para apoiar dissidentes e movimentos pró-democracia.
- Os Estados Unidos, sob Trump, também acumulam BTC, numa lógica de soberania monetária.
Bitcoin dizima o controle autoritário
Alex Gladstein, diretor de estratégia da Human Rights Foundation, enviou uma mensagem inequívoca durante o Bitcoin Policy Summit em Washington.
Diante de uma assembleia de responsáveis políticos americanos, ele afirmou que o bitcoin “salva literalmente” os cidadãos que vivem sob regimes autoritários.
“O bitcoin é ruim para os ditadores“, declarou ressaltando o quanto essa tecnologia enfraquece os tradicionais instrumentos de controle dos Estados opressores.
Segundo Gladstein, as ditaduras geralmente se apoiam em três ferramentas para manter seu domínio:
- A hiperinflação, que corrói a poupança e empobrece a população.
- O congelamento de contas bancárias para sufocar qualquer oposição.
- A vigilância financeira, para identificar e neutralizar dissidentes.
Se você guardar seus bitcoins por conta própria, os governos não podem nem excluí-los nem congelá-los, e certamente não podem lhe impor uma hiperinflação.
Nos países onde a economia vacila e onde as liberdades fundamentais estão ameaçadas, essa forma de independência financeira se torna uma barreira vital.
Da Ucrânia aos Estados Unidos, uma adoção estratégica
A história do bitcoin como ferramenta de resistência começou em 2013, no meio da revolução ucraniana.
Enquanto os manifestantes pró-democracia desafiavam o regime autoritário de Viktor Yanukovych, a Human Rights Foundation descobriu pela primeira vez o potencial subversivo dessa moeda digital ainda incipiente.
“Era muito cedo no ciclo de vida do bitcoin; o bitcoin valia cerca de cem dólares naquela época; estávamos muito céticos quanto à sua eficácia“, recorda Alex Gladstein.
Diante do congelamento de suas contas bancárias, os manifestantes pró-democracia procuravam uma forma de financiar suas ações sem passar pelos circuitos tradicionais.
O Bitcoin cumpriu esse papel: permitiu-lhes “enviar valor onde o dinheiro tradicional não podia mais circular“.
Essa primeira experiência de campo confirmou a intuição da HRF: o bitcoin agora pode contornar os sistemas bancários bloqueados e oferecer um refúgio financeiro para os militantes oprimidos.
Desde então, a organização apoia numerosos movimentos ao redor do mundo usando essa tecnologia resiliente.
A ironia da história? Essa arma de libertação agora atrai as grandes potências. Os Estados Unidos, sob a administração Donald Trump, acumulam bitcoin por meio de apreensões judiciais. Objetivo: constituir uma reserva estratégica nacional. O Bitcoin revela sua dupla natureza: escudo dos oprimidos e espada dos Estados soberanos.
Gladstein alerta, no entanto: a eficácia dessa tecnologia depende de um uso rigoroso. “Se eles usarem o bitcoin corretamente, sem associar sua identidade a ele“, os cidadãos podem escapar da vigilância. Mas uma simples negligência técnica pode comprometer tudo.
Em suma, o bitcoin se impõe progressivamente como uma força geopolítica importante. De um lado, emancipa os cidadãos dos regimes autoritários. De outro, torna-se um instrumento de poder para as democracias ocidentais. Essa dualidade redefine os equilíbrios mundiais e pode muito bem transformar a própria natureza do poder político no século XXI.
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Passionné par le Bitcoin, j'aime explorer les méandres de la blockchain et des cryptos et je partage mes découvertes avec la communauté. Mon rêve est de vivre dans un monde où la vie privée et la liberté financière sont garanties pour tous, et je crois fermement que Bitcoin est l'outil qui peut rendre cela possible.
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