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O mercado de ativos tokenizados decola em Dubai com um fundo revolucionário

Thu 10 Jul 2025 ▪ 6 min de leitura ▪ por Mikaia A.
Informar-se Tokenização

Dubai gosta de surpreender. Mas raramente por acaso. Há alguns anos, o emirado segue uma estratégia clara: criar um hub global onde inovação e regulação caminhem lado a lado. Enquanto alguns países ainda hesitam em nomear um ativo cripto em seu direito comercial, outros já estão construindo as pontes. E no deserto, um ecossistema estruturado em torno da tokenização está se erguendo, pedra após pedra.

Homem em trajes tradicionais, deslumbrado por uma ficha luminosa "QCDT" emergindo de uma maleta, com Dubai ao fundo.

Em resumo

  • O QCDT é o primeiro fundo tokenizado aprovado no centro financeiro DIFC em Dubai.
  • Ele combina gestão bancária tradicional e tecnologias blockchain operadas pela DMZ Finance para maior transparência.
  • Os ativos podem servir como garantia, lastro para stablecoins ou reserva para serviços Web3 institucionais.
  • Este modelo tokenizado é projetado para exportação, mantendo conformidade com os requisitos regulatórios locais.

Dubai coloca a primeira pedra sólida na ponte TradFi-cripto

A tinta que cobriu o TOKEN2049 de Dubai ainda nem secou quando os holofotes já se voltam para outro anúncio importante. A notícia circulou pelos círculos institucionais: o QCD Money Market Fund (QCDT), um fundo monetário tokenizado, acaba de receber a aprovação oficial do regulador DFSA. Um marco mundial no ecossistema cripto regulado. Criado pelo Qatar National Bank (QNB) e DMZ Finance, este produto híbrido simboliza a fusão entre finanças tradicionais e tecnologia blockchain.

O QNB fica responsável pela gestão tradicional – administração dos ativos, conformidade, rendimento. A DMZ fornece a camada tecnológica por meio de infraestruturas descentralizadas. Portanto, não se trata apenas de mais um produto desmaterializado, mas de um ativo tokenizado com funções múltiplas: pode servir como garantia para bancos, apoio para stablecoins ou reserva de liquidez em protocolos Web3.

No comunicado oficial, Silas Lee (QNB Singapura) declara:

QCDT não é apenas o primeiro fundo monetário tokenizado aprovado pela DFSA em Dubai, mas também um passo decisivo na jornada digital do QNB. Marca uma nova fase em nosso roteiro estratégico e lança uma base sólida para o futuro da tokenização multiativos.

Este fundo pode se tornar um modelo exportável. Porque Dubai não quer apenas experimentar; quer industrializar a tokenização.

O que o QCDT realmente muda para as finanças tokenizadas

O framework jurídico implementado pela DFSA oferece ao QCDT um campo de jogo inédito. Cada ator conhece seu papel. Nada de área cinzenta. O produto mantém as garantias das finanças tradicionais enquanto é totalmente rastreável on-chain.

O advogado cripto Desmond Tatsi detalha assim:

A abordagem da DFSA demonstra compreensão sensível: a tokenização não altera fundamentalmente a natureza do ativo subjacente — ela apenas transforma a forma pela qual a propriedade é registrada e transferida.

O design do QCDT baseia-se em uma arquitetura dupla: a administração do fundo é feita pelo QNB, enquanto a DMZ Finance gerencia a tokenização das cotas, com transparência, auditabilidade e compatibilidade Web3. Isso abre caminho para uma adoção institucional mais fluida, onde o cripto não assusta mais.

Gary Chen, CEO da Bitget, resumiu assim:

Este movimento em direção aos ativos tokenizados deu um novo passo com a aprovação pela DFSA do fundo monetário QCD, o primeiro do tipo no DIFC, apoiado pelo Qatar National Bank e DMZ Finance. Regulamentado e projetado para uso institucional, indo do lastro de stablecoins à garantia on-chain. Seu lançamento fortalece a ambição de Dubai em se tornar líder na tokenização de ativos reais.

Por que o Oriente Médio aposta na tokenização de ativos reais

Dubai não está apenas surfando em uma moda. O emirado quer se tornar o hub regional da tokenização de ativos reais. Essa ambição é compartilhada por seus vizinhos. O Catar, por exemplo, já autoriza alguns produtos tokenizados em sua zona financeira especial. Mas Dubai vai além.

O regulador DFSA adota uma estratégia proativa: regulamentar os usos, certificar as estruturas, enquanto atrai gigantes das finanças mundiais. As infraestruturas estabelecidas permitem que projetos como o QCDT sejam tanto regulados quanto escaláveis e interoperáveis.

A mensagem enviada aos investidores é clara: aqui, a cripto não é marginal, é gerida. Esse posicionamento reforça a confiança, especialmente para fundos alternativos, stablecoins ou ferramentas de financiamento institucional on-chain.

Números para lembrar:

  • O mercado global de ativos reais tokenizados está projetado para atingir 18,9 trilhões de dólares até 2033;
  • 420 milhões de dólares em crédito privado, 87 milhões de dólares em títulos do Tesouro dos EUA, 31 milhões de dólares em fundos alternativos já estão na blockchain;
  • O fundo BUIDL da BlackRock representa 30% do mercado de Tesouros tokenizados;
  • O QCDT é o primeiro fundo tokenizado regulado do DIFC;
  • A região busca um papel de referência global em RWA.

Difícil cair da cadeira. Dubai não está em sua primeira investida. O emirado já abriu suas portas para Binance, Ripple e dezenas de plataformas cripto. Em janeiro de 2023, mais de 500 empresas do setor já estavam instaladas lá, prova de que essa nova ofensiva tokenizada está inserida em uma linha estratégica cuidadosamente construída.

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Mikaia A.

La révolution blockchain et crypto est en marche ! Et le jour où les impacts se feront ressentir sur l’économie la plus vulnérable de ce Monde, contre toute espérance, je dirai que j’y étais pour quelque chose

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