O patrão do Telegram fala sobre sua detenção na França e desabafa
Nove meses após sua prisão espetacular no aeroporto de Le Bourget, o fundador do Telegram concede sua primeira entrevista televisiva a Tucker Carlson. Entre incompreensão e desconfiança, Pavel Durov contesta firmemente as acusações francesas. O que realmente esconde este caso que abalou o mundo da tecnologia?
Em resumo
- Pavel Durov concede sua primeira entrevista pública desde sua prisão em agosto de 2024 em Paris.
- O fundador do Telegram contesta formalmente as acusações francesas e afirma não ter “feito nada de errado”.
- As autoridades francesas, supostamente, não seguiram os procedimentos legais habituais para contatar o Telegram.
Pavel Durov do Telegram desabafa
Pavel Durov não mede as palavras. Frente a Tucker Carlson em 9 de junho passado, o fundador do Telegram expressa sua estupidez em relação à sua prisão de 24 de agosto de 2024.
“Para ser honesto, ainda estou buscando respostas. Estou perdido“, confidencia ele com uma candura desconcertante.
Durov, acusado de seis acusações incluindo cumplicidade em atividade criminosa e lavagem de dinheiro, reivindica total transparência de sua empresa.
“Somos uma grande empresa, auditada por uma das Big Four“, ele enfatiza. O Telegram gasta milhões de dólares a cada trimestre para conformidade jurídica para operar legalmente em quase 200 países.
Essa defesa veemente contrasta com a imagem difundida pelo ministério público francês. As autoridades acusam o Telegram de facilitar atividades ilícitas por meio de uma moderação considerada insuficiente.
No entanto, Durov assegura que os investigadores franceses pareciam estar principalmente interessados no simples funcionamento de sua plataforma, “como se fosse um tipo de mistério“.
O fundador também denuncia um procedimento irregular. Segundo ele, as autoridades francesas nunca teriam seguido os canais oficiais para solicitar informações ao Telegram.
Essa acusação ecoa as declarações recentes da plataforma, que afirma que a França não estava utilizando corretamente os procedimentos do Digital Services Act europeu.
Uma prisão com aparência de encenação política
O aspecto mais perturbador desse caso reside em sua cobertura midiática. Tucker Carlson não hesita em qualificar a prisão como um “ato deliberado de humilhação”. Essa observação encontra eco especial nas explicações de Durov a respeito da comunicação do ministério público francês.
“Obviamente, eles fizeram tudo ao seu alcance para humilhá-lo“, ressalta o jornalista americano. Durov concorda lembrando que seus advogados confirmaram a publicidade incomum dada ao seu caso.
Ao contrário das práticas habituais do ministério público, que geralmente atua discretamente, a prisão do fundador do Telegram foi objeto de inúmeras coletivas de imprensa.
Essa estratégia midiática contrasta fortemente com o apoio maciço que Durov recebe. Mais de 9 milhões de usuários do Telegram assinaram uma carta aberta exigindo sua libertação, demonstrando o impacto internacional deste caso.
A comunidade TON, o ecossistema blockchain associado ao Telegram, até celebrou como uma “vitória para a liberdade de expressão” o fato de Durov poder deixar a França em março de 2025.
A entrevista com Carlson marca um ponto de virada na comunicação de Durov. Desde setembro de 2024, o fundador já havia anunciado sua posição: o Telegram estava pronto para deixar os países incompatíveis com seu compromisso pela liberdade de expressão.
Essa posição firme se confirma hoje, enquanto a plataforma ameaçou recentemente deixar a França ao invés de aceitar a instalação de “portas dos fundos” em seu sistema de criptografia.
Uma batalha que ultrapassa o âmbito francês
Esse caso Durov insere-se em um contexto mais amplo de tensões entre as plataformas digitais e os reguladores europeus. O Telegram, que agora conta com mais de um bilhão de usuários ativos mensais, representa um desafio estratégico importante para as autoridades ocidentais.
Os desenvolvimentos recentes mostram que a batalha está longe de acabar. A França tenta impor sua visão do controle digital, enquanto o Telegram defende seu modelo baseado na proteção da privacidade.
Esse confronto pode criar um precedente decisivo para o futuro da regulamentação das mensagens criptografadas na Europa.
Em suma, enquanto o caso Durov continua a abalar as relações entre tecnologia e reguladores europeus, o Telegram assume uma nova dimensão. Com 1,5 bilhão de dólares arrecadados e um acordo estratégico assinado com a IA de Elon Musk, a plataforma se impõe como um ator indispensável, misturando resistência política e expansão tecnológica em escala global.
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