O petróleo dispara depois do ataque israelense contra o Irã
Israel está se sentindo fortalecido? Depois de Gaza, depois do Líbano, agora é o Irã. À medida que os mísseis decolam, as certezas desmoronam. Benjamin Netanyahu orquestra uma guerra tecnológica de alta intensidade. Mas os ataques não atingem apenas os silos iranianos. A bolsa de valores oscila, a economia mundial vacila e a geopolítica se torna instável. Uma simples operação militar? Não. Um terremoto global. Os mercados captaram a mensagem: a guerra, desta vez, é real.
Em resumo
- Irã vs Israel: o Brent sobe mais de 7%, desencadeando um vento de pânico nos mercados.
- As bolsas asiáticas e europeias caem, enquanto o ouro atinge seus níveis mais altos.
- O Estreito de Hormuz torna-se um ponto estratégico vital para o abastecimento mundial de petróleo.
- Trump ameaça Teerã, Putin denuncia a escalada, cada um tocando sua parte em meio ao petróleo.
Petróleo em chamas, bolsas de joelhos: mercados na tempestade
Os ataques israelenses ao Irã provocaram uma queda do bitcoin a US$ 103.000, mas não é só isso. O petróleo sobe como se estivesse tentando fugir da guerra. O Brent saltou mais de 7%, atingindo US$ 74,40 o barril. O WTI, seu primo americano, acompanhou com +7,72%, a US$ 73,29. É preciso voltar a 2022 para ver um salto assim. O símbolo é forte: os mercados petrolíferos levam o choque a sério.
Paralelamente, a bolsa oscila. Em Londres, o FTSE 100 abriu em baixa de 0,6%. Na Ásia, a queda foi forte. Em Moscou, no entanto, os índices sobem. As ações de energia russas estão comemorando. Alguns veem nisso uma revanche geopolítica. Os “ativos refúgio” também ganham terreno: o ouro sobe a US$ 3.423,30 a onça, seu maior valor em dois meses.
O clima está elétrico. “É uma situação explosiva, embora possa se dissipar rapidamente“, analisa Vandana Hari nas colunas da BBC. Mas ninguém aposta na calma. A tensão está alta. Até o bitcoin treme. Ele subiu para US$ 105.300, mas permanece abaixo de seu recorde. E os traders sabem uma coisa: a guerra não poupa nenhuma bolsa.
Hormuz, entroncamento vital: a economia mundial na mira
O Estreito de Hormuz não é um simples corredor marítimo. É a artéria principal da economia energética mundial. Diariamente, quase 20% do petróleo mundial passa por ali. Delimitado ao norte pelo Irã e ao sul por Omã e os Emirados Árabes Unidos, é um ponto nevrálgico. O Irã poderia mirá-lo para retaliar. Se isso acontecer, o mercado de petróleo ficaria paralisado.
A economia mundial não precisa disso. Ela mal saiu de um ciclo inflacionário. E eis que os preços da energia voltam a subir. Fala-se em choque “estagflacionário”. Crescimento lento + inflação reiniciada = coquetel tóxico. Os analistas já estão revisando suas previsões.
As lembranças voltam: em 1979, uma crise semelhante fez os preços do petróleo dispararem. Em 2022, a guerra na Ucrânia criou um precedente mais recente. A economia europeia oscilou. Hoje, os sinais estão alinhados: alta dos preços das commodities, cautela dos bancos centrais, incerteza global.
Os mercados sabem que o Estreito de Hormuz não é um detalhe. É estratégico. E cada ameaça à sua estabilidade é uma ameaça à economia mundial. Investidores monitoram cada navio-tanque como um ponto de tensão. A guerra não se faz apenas com bombas. Ela também é vencida com barris.
Trump, Putin e os outros: quando a geopolítica pesa na economia
Enquanto os mísseis caem, as grandes potências se ajustam. Donald Trump se pronunciou:
O Irã deveria fechar um acordo agora. Nunca terão condições melhores.
Mas essa tentativa de diplomacia parece um tapa. O Irã acabou de retaliar. 100 drones enviados para Israel. Negociação? Nem tanto.
E Vladimir Putin? A Rússia condena o ataque israelense. Fala em “escalada inaceitável“. E na imprensa, alguns o qualificaram como “grande beneficiário do conflito“. Por quê? Porque a alta do preço do petróleo o beneficia. Moscou vende seu petróleo bruto mais caro. E cada barril exportado é uma vitória econômica.
A China permanece silenciosa, mas vigilante. A Europa, por sua vez, se divide. Alguns pedem calma, outros reforçam seu apoio a Israel. A economia mundial virou um jogo de equilíbrio diplomático. E cada passo em falso tem consequências diretas na bolsa.
Números chave para lembrar:
- +7,27% de alta no Brent, maior movimentação desde 2022;
- 20% do petróleo mundial passa pelo Estreito de Hormuz;
- US$ 3.423,30: preço do ouro, pico em dois meses;
- Cem drones iranianos enviados contra Israel após os ataques;
- -1,2% a -1,5% para futuros dos EUA após o ataque.
O mercado de criptomoedas também não está imune. A história lembra: em abril de 2024, o bitcoin caiu abaixo de US$ 60.000 após uma escalada entre Israel e Irã. Hoje, quando mirava os US$ 110.000, sua corrida foi abruptamente freada. A rainha das criptos ainda treme quando a guerra ruge no Oriente Médio.
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La révolution blockchain et crypto est en marche ! Et le jour où les impacts se feront ressentir sur l’économie la plus vulnérable de ce Monde, contre toute espérance, je dirai que j’y étais pour quelque chose
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