Marrocos prende o suposto cérebro dos sequestros cripto ocorridos na França

Uma série de sequestros direcionados a figuras do mundo cripto na França revelou a existência de uma rede criminosa estruturada. A prisão, no Marrocos, do principal suspeito, graças à Interpol, marca um ponto de virada. Este caso redefine as prioridades de segurança em torno das fortunas digitais e seus detentores.

Cripto: o suposto cérebro por trás dos sequestros na França é preso no Marrocos

Tânger, palco discreto de uma operação internacional, viu a prisão de Badiss Mohamed Amide Bajjou, principal suspeito de uma série de sequestros ligados ao cripto. Este jovem franco-marroquino de 24 anos, alvo de um “Red Notice” da Interpol, teria ordenado sequestros violentos de figuras do setor cripto na França.

Esta operação é o resultado de uma colaboração estreita entre Paris e Rabat. O ministro da Justiça, Gérald Darmanin, elogiou publicamente essa cooperação exemplar.

Esta prisão, assim como o desmantelamento de uma rede de sequestros cripto na França, simbolizam um avanço em um caso complexo que envolve criminalidade transnacional, finanças descentralizadas e violência física. Também ilustra os novos desafios de segurança impostos pelo crescimento do cripto, na intersecção entre tecnologia e questões geopolíticas.

Uma onda de sequestros abala o ecossistema cripto francês

Desde janeiro de 2025, a França tem visto uma série de sequestros mirando empreendedores do setor cripto. Esses ataques não são acidentais. Revelam uma estrutura criminosa preocupante.

Os fatos principais incluem:

• David Balland, cofundador da Ledger, mutilado após seu sequestro;
• A filha de Pierre Noizat, CEO da Paymium, vítima de uma tentativa de sequestro em Paris.

Este clima de medo criou uma insegurança palpável nos círculos cripto. Figuras antes discretas agora vivem sob alta vigilância. A prisão no Marrocos do cérebro por trás dos sequestros cripto na França vai além dos fatos isolados, é o reconhecimento da vulnerabilidade de um ecossistema em crescimento que precisa ser protegido.

Segurança reforçada: o Estado francês diante das ameaças de sequestro

Diante do aumento dos sequestros que visam empreendedores do setor cripto, a França implementou um plano de emergência inédito. Sob a liderança do ministro do Interior, Bruno Retailleau, várias medidas concretas foram adotadas para garantir a segurança dos atores deste ecossistema.

Dentre essas medidas:

• Linha direta para relatar qualquer ameaça ou situação suspeita;
• Visitas de segurança aos empreendedores cripto para identificar vulnerabilidades e propor soluções adequadas;
• Sessões de treinamento para conscientizar sobre boas práticas em segurança física e digital.

Esta iniciativa governamental reflete a consciência das ameaças que atingem os atores do cripto na França. Em um setor onde as fortunas digitais, frequentemente ligadas ao bitcoin, despertam ganância, o Estado busca melhor regular e proteger seus empreendedores.

A prisão de Badiss Mohamed Amide Bajjou e a denúncia de 25 suspeitos em casos de sequestro cripto marcam, portanto, uma ruptura: a violência contra figuras cripto torna-se um fato consumado. Essa mudança obriga a repensar as prioridades do setor. Agora, a proteção humana torna-se tão estratégica quanto a segurança dos ativos digitais. O equilíbrio ainda precisa ser construído.