Os stablecoins vão reforçar o dólar? Peter Schiff pensa exatamente o contrário
O economista Peter Schiff se opõe frontalmente ao governo americano sobre o futuro dos stablecoins. Enquanto Washington conta com essas criptomoedas para fortalecer o dólar, Schiff prevê o contrário. Mas ele tem razão em se preocupar?
Em resumo
- Peter Schiff contesta a ideia de que os stablecoins preservarão a dominação do dólar americano.
- O economista acredita que o uso principal continuará sendo a negociação de criptomoedas, não os pagamentos internacionais.
- Os déficits orçamentários crescentes e a inflação podem corroer a demanda por stablecoins atrelados ao dólar.
- Essa crítica ocorre enquanto o Senado americano acaba de aprovar a lei GENIUS sobre stablecoins.
Washington acredita nos stablecoins, Schiff revela outra verdade
Peter Schiff não está rodeando o assunto. Na última quarta-feira, o economista conhecido por suas posições firmes questionou publicamente o entusiasmo em torno dos stablecoins.
Sua mensagem é clara: esses ativos digitais não salvarão o dólar americano.
“O aumento dos déficits orçamentários federais e uma inflação mais alta vão corroer a demanda por stablecoins não remunerados e atrelados ao dólar americano“, afirma ele no X.
Para Schiff, o uso principal desses tokens permanecerá restrito a pares de negociação com outras criptomoedas. Uma visão que contrasta com o otimismo exibido pela administração Trump.
Essa posição ocorre em um contexto particular. O Senado americano acaba de aprovar maciçamente a lei GENIUS (68 votos a favor, 30 contra), um texto que Donald Trump deseja ver ratificado “à velocidade da luz” pela Câmara dos Representantes.
O secretário do Tesouro Scott Bessent aposta até em um mercado de 3,7 trilhões de dólares até 2030.
Os detratores de Schiff não permanecem em silêncio. Frederick Frost, usuário do X, destaca o uso crescente dos stablecoins em países afetados por hiperinflação.
As pessoas trocam suas moedas fiduciárias desvalorizadas por USDT para preservar seu poder de compra.
Um argumento que Schiff rejeita sugerindo que essas populações poderiam igualmente se voltar para tokens atrelados ao ouro ou outras moedas.
Uma análise que questiona os fundamentos econômicos
A análise de Schiff se baseia em problemas econômicos reais. Os Estados Unidos têm uma enorme dívida pública e a inflação permanece alta. Nesse contexto, o economista acredita que as pessoas vão abandonar os stablecoins que não pagam juros.
No entanto, os números atuais contam outra história. Mais de 161 milhões de pessoas já possuem stablecoins no mundo. Em abril de 2025, as transações atingiram 717 bilhões de dólares. Esses números mostram que o uso já vai muito além da simples especulação com criptomoedas.
Schiff mantém coerência em suas ideias. Desde 2022, ele se opõe a regulamentações muito rígidas sobre stablecoins. Prefere deixar “o mercado livre regulá-los” com competição entre os emissores e controles independentes. Essa posição liberal contrasta com a corrida regulatória em Washington.
A questão torna-se global. Apple, Google e Airbnb testam discretamente a integração dos stablecoins em seus serviços. O Standard Chartered até prevê que o mercado poderá absorver 1,6 trilhão de dólares em títulos do Tesouro americano até 2028. Esses valores gigantescos superam em muito a simples negociação de criptos prevista por Schiff.
O debate lançado por Peter Schiff revela as áreas obscuras de uma revolução financeira em curso. Se os stablecoins seduzem empresas e legisladores, sua capacidade real de sustentar a hegemonia do dólar ainda precisa ser demonstrada. Entre otimismo político e realismo econômico, o futuro desses ativos digitais será escrito nos próximos meses.
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