Plasma : 5,5 bilhões de TVL e já memecoins

Pump.fun e seus clones vão reinar eternamente no universo dos memecoins? Nem tanto. Nas últimas semanas, novos concorrentes como LetsBonk ou Plasma estão ganhando fatias de mercado. A originalidade? Um campo de jogo para stablecoins, taxas reduzidas e comunidades fervilhantes. Com mais de 5,5 bilhões de dólares já bloqueados e tokens alucinantes como Trillions, Plasma dá um novo rosto à indústria cripto. E provavelmente é apenas o começo de uma longa série de apostas selvagens.

Plasma, uma rede stablecoin que virou ímã para memecoins 

Originalmente, Plasma deveria ser apenas uma blockchain otimizada para stablecoins, como transferências USDT sem taxas. Contudo, mal foi lançada em versão beta no final de setembro, a rede se transformou em um verdadeiro ímã para memecoins. Graças à sua compatibilidade EVM e a um ambiente livre, qualquer um pode lançar seu token.

Resultado? Uma explosão de moedas como Trillions, que atingiu brevemente 60 milhões de dólares de capitalização, além de Luna e Bankless.

A história do Trillions, em especial, personifica esse fenômeno. Inspirado por um meme sobre a “futura capitalização em trilhões das stablecoins”, esse token nasceu na Plasma junto com o entusiasmo pelo airdrop do XPL. Alguns dias depois, a frenesi começou: traders, influenciadores e bots se lançaram sobre esses ativos. E ainda assim, o projeto Plasma permanece silencioso, recusando-se a oficialmente apoiar os memecoins.

Essa discrepância entre uso comunitário e o roteiro oficial hoje é toda a particularidade da Plasma.

Um ecossistema cripto em efervescência em torno do XPL 

A chegada do token XPL foi tudo, menos discreta. Airdrops generosos, listagens imediatas na Bybit, KuCoin ou OKX, e principalmente incentivos de trading na ordem de 9 milhões de unidades. Em menos de uma semana, o XPL alcançou uma capitalização de 2,5 bilhões de dólares. E não para por aí: o TVL ultrapassou 5,5 bilhões de dólares, posicionando a Plasma como a quinta maior rede stablecoin segundo a DeFiLlama.

Os fatores desse sucesso se somam: compatibilidade com Ethereum, experiência de usuário rápida, baixa pressão de venda (apenas 18% do supply está desbloqueado), e principalmente uma narrativa eficaz. Posts virais, referências à Tether e a Peter Thiel, tudo está reunido para conquistar a criptoesfera. Os influenciadores não se enganaram, divulgando em massa os movimentos de preço.

Essa dinâmica autoalimentada, impulsionada por uma demanda especulativa intensa, lembra os melhores dias do hype Solana. Plasma agora encarna a ideia de um altcoin sólido… até que se prove o contrário.

Memecoins, novo motor do ecossistema Plasma 

O mais surpreendente? Talvez seja que os memecoins participam ativamente do crescimento da rede Plasma. Servindo de combustível para especulação, eles forçam os traders a usar XPL, o que sustenta a demanda. Além disso, o efeito combinado dos airdrops e da frenesi especulativa atrai uma base de usuários muito ativa.

DyorSwap, uma plataforma de lançamento multi-chain, é hoje o palco principal dessa atividade.

Algumas moedas mostram progressos de 400 a 700% em poucos dias. Os volumes nos DEX explodem, a liquidez circula rapidamente, e os tokens se multiplicam. Mas esse boom é tão frágil quanto elétrico: uma simples reversão de tendência pode fazê-lo desabar.

Marcos numéricos para conhecer

• Plasma ultrapassou 5,5 bilhões de TVL em menos de uma semana;
• O memecoin Trillions atingiu 60 milhões de capitalização antes de cair para 18 milhões;
• Apenas 1,8 bilhão de XPL em circulação, ou 18% do supply total;
• XPL registrou mais de 3 bilhões de volume no seu primeiro dia de listagem.

No universo cripto, memecoins mantêm um poder de atração indiscutível. Mesmo na Plasma, pensada originalmente para stablecoins, eles encontram um terreno fértil. O hype é cíclico: sobe rápido, às vezes cai bruscamente… mas sempre volta. Prova disso, as buscas no Google por esses tokens estão subindo novamente, confirmando o interesse duradouro dos investidores.