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SBF culpa advogados pelo colapso de US$ 100 bi na FTX

Mon 03 Nov 2025 ▪ 5 min de leitura ▪ por James G.
Negociação
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Sam Bankman-Fried, o fundador acossado da FTX, retornou ao centro das atenções com uma nova tentativa de reescrever a história do colapso de sua exchange. Em uma nova declaração publicada no X, ele insiste que a FTX nunca esteve insolvente e coloca toda a culpa nos advogados e administradores judiciais por destruírem o que ele afirma ser mais de US$ 100 bilhões em valor.

Uma imagem em estilo de quadrinhos de Sam Bankman-Fried apontando furiosamente para advogados sombrios em um tribunal, enquanto telas quebradas atrás dele exibem "FTX" e "100B" em meio a uma luz laranja intensa.

Em resumo

  • Bankman-Fried insiste que o colapso da FTX foi causado por advogados e não por má gestão ou fraude.
  • Ele afirma que a FTX poderia ter pago os clientes até novembro de 2022 sem falência.
  • O ex-CEO acusa Sullivan & Cromwell de vender ativos com grandes descontos.
  • Críticos rejeitam sua defesa, chamando-a de tentativa de reescrever a história antes de recursos futuros.

Novas alegações apontam para advogados na destruição de US$ 100 B em valor da FTX

A postagem de Bankman-Fried, publicada em 30 de outubro de 2025, argumenta que a queda da FTX não foi causada por má gestão ou fraude, mas por consultores legais externos que pressionaram a empresa a entrar em processos de falência desnecessários. Ele afirma que, se fosse deixada em paz, a exchange poderia ter se recuperado da falta de liquidez e pago os clientes até o final de novembro de 2022.

Em seu documento de 15 páginas, Bankman-Fried acusa John J. Ray III e o escritório de advocacia Sullivan & Cromwell (S&C) de tomarem o controle da empresa e venderem ativos como Solana, Anthropic e ações da Robinhood com grandes descontos. Ele argumenta que esse processo apagou um enorme valor para os stakeholders e aprofundou perdas que poderiam ter sido evitadas.

Isso representa mais de US$ 120 bilhões em valor perdido até agora. US$ 120 bilhões que teriam ido para os stakeholders da FTX se os Devedores simplesmente não tivessem feito nada.

Sam Bankman-Fried 

Ele sustenta que a chamada “crise de liquidez” em novembro de 2022 foi um problema temporário de fluxo de caixa, não uma insolvência verdadeira. Segundo ele, a FTX estava em negociações para garantir US$ 8 bilhões em financiamento para cobrir o déficit antes de ser obrigada a declarar falência.

As alegações de Bankman-Fried concentram-se nas seguintes acusações principais:

  • Advogados da Sullivan & Cromwell supostamente pressionaram a empresa a declarar falência desnecessariamente.
  • Os administradores nomeados, segundo ele, removeram equipes internas competentes e familiarizadas com o negócio.
  • Ativos-chave foram vendidos abaixo do valor de mercado, apagando ganhos futuros potenciais.
  • A narrativa da insolvência foi deliberadamente exagerada para justificar o controle por terceiros.
  • Os stakeholders poderiam ter sido totalmente reembolsados se a FTX tivesse sido permitida continuar operando.

Apesar da defesa elaborada, suas declarações receberam críticas severas da comunidade cripto. 

Defesa de Bankman-Fried enfrenta reação negativa enquanto críticos rejeitam suas últimas alegações sobre a FTX

Muitos usuários no X descartaram suas declarações como interesseiras e desconectadas da realidade. Críticos o acusaram de tentar justificar ações que equivalem a uso indevido dos fundos dos clientes e argumentaram que sua defesa contínua apenas demonstra que ele não aceitou a responsabilidade pelo colapso.

O investigador cripto ZachXBT também rebateu, argumentando que os credores da FTX foram pagos com base nos preços das criptomoedas na época da falência — preços que desde então dispararam.

Observadores veem a renovada presença pública de Bankman-Fried como uma tentativa de moldar a opinião pública antes de futuras batalhas legais ou recursos. Sua representação da FTX como uma empresa solvente destruída por seus advogados contrasta fortemente com as decisões judiciais e os depoimentos de ex-executivos, que detalharam como bilhões em fundos de clientes foram desviados para cobrir perdas na Alameda Research.

Enquanto sua última explicação busca recuperar sua reputação, muitas vozes do setor dizem que o dano — tanto financeiro quanto reputacional — é irreparável. A queda da FTX permanece um dos maiores colapsos corporativos na história das criptomoedas, deixando usuários com confiança abalada e perdas massivas.

Para muitos na comunidade cripto, as repetidas alegações de Bankman-Fried de que a FTX estava financeiramente sólida são vistas como repetitivas e pouco convincentes. Seus esforços contínuos para defender suas ações são considerados como uma tentativa de reviver uma história que a maioria dos investidores e observadores considera encerrada.

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James G.

James Godstime is a crypto journalist and market analyst with over three years of experience in crypto, Web3, and finance. He simplifies complex and technical ideas to engage readers. Outside of work, he enjoys football and tennis, which he follows passionately.

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