Semana recorde para Bitcoin: As ações de cripto disparam

Ao tentar alcançar os picos repetidamente, o bitcoin acabou por ultrapassá-los. Nesta semana, a veterana das criptos não apenas bateu seu próprio recorde: ela levou no seu rastro uma série de valores de mercado, desde gigantes da bolsa como Coinbase até os mineradores mais agressivos. Uma alta espetacular que diz muito sobre o estado de espírito dos mercados: a cripto não está mais à margem, ela se impõe no centro do jogo. E quando ela inflama, toda uma economia paralela e agora institucional entra em ebulição. Análise de uma semana que marcará história nos anais das finanças digitais.

Um vento de euforia sopra em Wall Street, com o bitcoin como maestro

O bitcoin acaba de registrar uma semana histórica. No rastro de um clima econômico mais brando e sob o impulso de declarações políticas inesperadas, o ativo digital quebrou todos os tetos, atingindo 118.500 dólares. Resultado? Uma corrida de alta sem precedentes sobre os ativos ligados à criptoeconomia.

Coinbase, Robinhood, Strategy, assim como os gigantes da mineração de bitcoin como MARA Holdings, CleanSpark e Riot Platforms, viram suas ações dispararem. Um voo sincronizado que não é coincidência: investidores institucionais estão reintegrando o bitcoin em seus portfólios em uma velocidade nunca vista. O sinal é claro: a euforia cripto não é mais uma moda passageira. Ela se estabelece agora como um motor independente de desempenho de mercado.

No centro dessa dinâmica, a promessa de flexibilização monetária alimenta o apetite por risco. Mas o que realmente eletrizou o mercado foi o apoio explícito de Donald Trump às criptos. Uma postura que pode remodelar duradouramente as relações de poder entre finanças tradicionais e os novos paradigmas digitais.

Coinbase e Strategy: os novos barômetros da saúde cripto?

Quando o bitcoin tosse, a Coinbase espirra. Mas quando o bitcoin explode, a plataforma dispara. Com uma alta de 50% desde janeiro, a ação da Coinbase não apenas segue a tendência, ela a amplifica. Impulsionada por uma série de acordos estratégicos, especialmente com Perplexity AI e Liquifi, a empresa se impõe como um pilar tecnológico e financeiro. A Bernstein não se enganou: o preço-alvo foi elevado para US$ 510.

Por sua vez, a Strategy (antiga MicroStrategy) continua sua transformação espetacular. Tornando-se um verdadeiro fundo de reserva de bitcoin, com quase 600 mil unidades em carteira, a companhia não aposta apenas na especulação, mas em uma reserva de valor corporativa. Uma postura radical que atrai investidores buscando exposição direta ao ativo sem precisarem administrar a custódia.

Essas empresas, antes vistas como marginais ou excessivamente especulativas, tornam-se pouco a pouco as novas blue chips das finanças digitais. Uma mudança que ilustra uma transformação profunda de paradigma: a criptomoeda não é mais uma aposta, mas sim uma componente estratégica dos portfólios modernos.

Bitcoin, ETF e política: a triangulação vencedora

O sucesso do ETF spot de bitcoin da BlackRock (IBIT) é uma prova clara disso: com 80 bilhões de dólares em ativos sob gestão, esse foi o lançamento mais rápido da história dos fundos negociados em bolsa. Paralelamente, o iShares Ethereum Trust (ETHA) subiu 17%, confirmando o apetite do mercado por produtos regulados relacionados às criptos.

Mas é o contexto político que dá a essa alta uma dimensão quase tectônica. As mensagens pró-cripto de Donald Trump, publicadas no Truth Social, atuaram como catalisador. Ao pedir que o Fed reduza as taxas, Trump alimentou um clima de expectativa altista que impulsionou o bitcoin para novos picos.

Apesar das tensões geopolíticas e das incertezas comerciais, especialmente com o Canadá, os mercados escolheram seu lado: o da inovação, da escassez e da soberania digital. E nesse grande baile das mutações econômicas, o bitcoin agora cumpre o papel de maestro mundial.

Com mais de 81 bilhões de dólares negociados em 24 horas, o mercado do bitcoin atinge um ponto crítico. A resistência psicológica dos 120.000 dólares pode ceder rapidamente, impulsionada por um contexto técnico e macroeconômico extremamente favorável, como destacam as expectativas dos investidores.