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35% de sobretaxa: Por que Trump relança a guerra comercial com o Canadá?

Fri 11 Jul 2025 ▪ 5 min de leitura ▪ por Mikaia A.
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Doces são para crianças; sobretaxas são para o resto do mundo. Trump, como distribuidor mundial de sanções econômicas, continua sua turnê, atingindo alternadamente aliados e rivais. Último alvo? O Canadá. No entanto, algumas semanas antes, Mark Carney ainda lhe apertava a mão no G7. Mas no comércio, abraços não protegem. A economia mundial prende a respiração, e Ottawa teme retaliações.

Um Trump furioso esmaga um selo de “35%” em um mapa do Canadá, entre duas bandeiras, em uma cena explosiva.

Em resumo

  • Trump impõe sobretaxa de 35% ao Canadá, apesar de recente aproximação diplomática na cúpula do G7.
  • Produtos fora do USMCA, como cobre e automóveis, são os primeiros visados por Washington.
  • A economia canadense, já exposta, vacila sob a ameaça de uma escalada tarifária transcontinental iminente.
  • Os mercados financeiros reagem: ouro em alta, dólar canadense em queda, índices dos EUA levemente afetados.

Uma amizade a 35%: entre apertos de mão e golpes tarifários

Quase tudo estava indo bem entre Ottawa e Washington. Em 6 de maio, Trump recebeu calorosamente Mark Carney na Casa Branca. Dois meses depois, ele envia uma carta ameaçadora, acompanhada de uma sobretaxa de 35%. “Se o Canadá cooperar para deter o fentanil, consideraremos revisar esta decisão”, ele enfatizou.

A medida entrará em vigor em 1º de agosto, salvo se um acordo for assinado antes disso. Esta nova tarifa se soma às já existentes: 25% sobre carros, 50% sobre alumínio e aço, e 50% sobre cobre a partir de agosto. A economia canadense, muito dependente das exportações para os Estados Unidos (68,3% em maio), está sob pressão.

Trump também mira produtos fora do âmbito do USMCA, o que amplia a aplicação dos aumentos. O discurso é firme, mas a estratégia permanece nebulosa. Como resume o analista econômico da BBC: a volatilidade tarifária atual torna qualquer plano econômico de longo prazo quase impossível.

Entre isenções e blefe: quem ganha neste cabo de guerra econômico?

Nem todos os produtos serão afetados. O acordo de livre comércio USMCA protege uma grande parte das trocas, especialmente no setor de energia. “É pouco provável que fertilizantes, produtos farmacêuticos ou componentes agrícolas sejam taxados em 35%”, precisa um assessor da Casa Branca.

Mas nesta guerra comercial 2.0, os anúncios às vezes fazem mais barulho do que as medidas em si. A economia canadense permanece vulnerável, apesar das linhas vermelhas definidas pelos acordos existentes. Trump parece jogar a carta do blefe, mantendo a ameaça crível.

A postura beligerante também visa a Europa e a Ásia. Vinte países receberam cartas semelhantes. A administração adiou a entrada em vigor para 1º de agosto, deixando uma janela de negociação aberta. Neste jogo de intimidação, cada país deve escolher entre ceder ou bater no muro tarifário.

Mark Carney respondeu no X:

O governo canadense defenderá até o fim seus trabalhadores e empresas. Permanecemos comprometidos até o último minuto.

Quando Trump ameaça, os mercados tremem e a economia vacila

Por trás de cada sobretaxa esconde-se uma onda de choque. Os índices americanos recuaram: o S&P 500 caiu 0,33%, prova de que a incerteza domina os mercados. O dólar canadense enfraqueceu 0,3%, sinal de desconfiança. Enquanto isso, o ouro subiu 1,15%, refúgio em meio a um clima que escurece. O bitcoin também reagiu com alta espetacular.

Trump afirma agir por segurança nacional. Mas segundo a alfândega americana, o Canadá é responsável por apenas 0,2% do fentanil apreendido. A justificativa parece fraca. Na realidade, este aviso visa algo maior: afirmar seu poder às vésperas das eleições e chamar seus parceiros à ordem.

Nesta estratégia do choque, a economia global é o verdadeiro campo de batalha. A diplomacia tarifária substitui negociações e dá lugar a uma relação de força constante. E enquanto alguns países se curvam, outros preparam retaliações.

Quando os números falam mais alto que os tweets:

  • O Canadá exporta 68,3% de seus bens para os Estados Unidos;
  • O cobre importado será taxado em 50% a partir de agosto;
  • O dólar canadense caiu 0,3% em relação ao dólar americano;
  • O S&P 500 perdeu 0,33%, afetado pela incerteza comercial;
  • Apenas 0,2% do fentanil apreendido é proveniente do Canadá.

O medo de um colapso da supremacia econômica americana leva Trump a mostrar as garras. Mas nas sombras, outra ameaça paira: os BRICS, que se preparam para se reunir. Segundo ele, uma guerra comercial sem precedentes se avizinha. Para evitar esse choque, o arsenal tarifário se intensifica… até quando?

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Mikaia A.

La révolution blockchain et crypto est en marche ! Et le jour où les impacts se feront ressentir sur l’économie la plus vulnérable de ce Monde, contre toute espérance, je dirai que j’y étais pour quelque chose

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