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BlackRock planeja tokenizar seus ETFs após o sucesso de seu fundo Bitcoin

10h40 ▪ 5 min de leitura ▪ por Mikaia A.
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Na BlackRock, é preciso saber forjar o ferro enquanto está quente, mesmo quando ainda não está vermelho vivo. Sentir as veias do ouro digital também é uma marca registrada do gestor de ativos número um do mundo. Após o sucesso de seu ETF Bitcoin e a ascensão de seu fundo tokenizado BUIDL, o gigante de Wall Street agora pensa na próxima etapa: impulsionar seus ETFs principais diretamente na blockchain. Uma ambição que pode transformar o equilíbrio global dos mercados.

Um cientista derrete um Bitcoin gigante em uma máquina da BlackRock, criando um token de ETF brilhante e poderoso.

Em resumo

  • A BlackRock já lançou o BUIDL, um fundo tokenizado com 2,2 bilhões de dólares em ativos.
  • Seu ETF bitcoin é um dos mais performáticos com 6,9 bilhões em entradas em 2025.
  • JPMorgan e outros bancos consideram a tokenização como uma resposta aos stablecoins que capturam os fluxos.
  • Analistas como Eric Balchunas ainda duvidam do valor real para investidores tradicionais.

Do Bitcoin aos ETFs: o apetite crescente da BlackRock

A BlackRock não apenas surfou na onda do Bitcoin, ela a ampliou. Em poucos meses, seu ETF Bitcoin tornou-se um dos produtos mais populares de Wall Street, enquanto seu fundo tokenizado BUIDL já atingiu 2,2 bilhões de dólares em ativos. Para Larry Fink, chefe do gigante, isso é apenas o começo: ele já afirmou que todos os ativos financeiros acabarão tokenizados.

A aposta não é absurda: os ETFs são agora mais numerosos que as ações listadas. Segundo The Kobeissi Letter: “O número de ETFs ultrapassou pela primeira vez na história o número de ações individuais. Já existem mais de 4.300 ETFs, cerca de 100 a mais que as 4.200 empresas listadas nos Estados Unidos.

Em outras palavras, se a BlackRock conseguir tokenizar esses produtos, não será um teste, mas uma revolução em grande escala.

A guerra das infraestruturas: tokenização contra stablecoins 

A tokenização não é apenas uma moda, é também uma resposta a uma ameaça direta: os stablecoins. Essas criptomoedas lastreadas no dólar já capturam uma parte crescente dos fluxos financeiros, forçando Wall Street a reagir. JPMorgan, Goldman Sachs e BNY Mellon trabalham em suas próprias soluções, vendo na tokenização uma forma de preservar o poder das finanças tradicionais.

Como explica Teresa Ho, estrategista do JPMorgan: 

Ao invés de depositar dinheiro ou títulos do Tesouro, você pode depositar cotas de fundos monetários e não perder juros no caminho. Isso mostra a versatilidade desses fundos.

O interesse é claro: negociação 24/7, liquidação quase instantânea e uso como garantia na DeFi. A BlackRock, com seus ETFs Bitcoin e BUIDL, quer ocupar esse terreno antes que os stablecoins absorvam ainda mais liquidez fora do sistema bancário.

Entre promessa e ceticismo: a ilusão da tokenização? 

Por trás do entusiasmo, Eric Balchunas, analista de ETFs da Bloomberg, convida à relativização. Para ele, a tokenização não revolucionará realmente o mercado: no máximo, tornará a “tubulação” das finanças tradicionais um pouco mais eficiente graças à blockchain. 

Mas a ideia de que investidores abandonariam seus ETFs tradicionais para comprar tokens lhe parece irrealista. Segundo ele, o valor agregado ao consumidor é quase nulo, um cenário que lembra outras modas financeiras superestimadas.

No entanto, os números impressionam:

  • O mercado de ativos reais tokenizados (RWA) já vale 26,5 bilhões de dólares;
  • A Animoca prevê um mercado de 16 trilhões de dólares até 2030;
  • A BlackRock gerencia 79,6 bilhões de dólares em produtos digitais, cerca de 1% de seus ativos sob gestão;
  • Seu ETF Bitcoin captou 6,9 bilhões de dólares em entradas em 2025.

Entre a promessa de um mercado colossal e o ceticismo dos analistas, a tokenização permanece um caminho incerto, mas irresistivelmente explorado.

A incursão da BlackRock no universo cripto não deixa ninguém indiferente. Para alguns, é um avanço rumo a mercados mais modernos e inclusivos. Para outros, é uma ameaça. Vozes críticas afirmam que o gigante quer tomar toda a sua poupança, lembrando que as finanças, mesmo disfarçadas de blockchain, continuam sendo uma questão de poder.

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Mikaia A.

La révolution blockchain et crypto est en marche ! Et le jour où les impacts se feront ressentir sur l’économie la plus vulnérable de ce Monde, contre toute espérance, je dirai que j’y étais pour quelque chose

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