A Moody's rebaixa a nota de crédito dos Estados Unidos pela primeira vez desde 1919
As guerras comerciais e os cortes orçamentários anunciados realmente melhoraram a saúde econômica dos Estados Unidos? O discurso grandioso de Donald Trump esconde uma incapacidade de deter a degradação financeira do país? A Moody’s rebaixou a nota soberana americana, sinal de que os números não mentem. Esse indicador essencial revela que a velocidade das reformas não acompanha a dos danos econômicos. Surge a pergunta: o presidente é um verdadeiro mágico ou um simples ilusionista diante do colapso da economia americana?
Em resumo
- A Moody’s rebaixa a nota dos EUA para Aa1, alertando sobre uma dívida excessivamente grande.
- A dívida americana atingirá 134% do PIB em 2035, segundo projeções oficiais.
- O custo dos juros pode absorver 30% da receita federal nos próximos dez anos.
A Moody’s rebaixa os Estados Unidos: um sinal de alerta para a economia global
Em 16 de maio de 2025, a Moody’s rebaixou a nota soberana dos Estados Unidos, passando de “Aaa” para “Aa1”. Esse rebaixamento, o último entre as grandes agências de rating, marca uma etapa histórica. Ele traduz a perda de confiança diante de uma dívida considerada excessivamente pesada e de déficits persistentes. A Moody’s destaca:
As administrações americanas sucessivas e o Congresso não conseguiram reverter a tendência dos déficits orçamentários anuais e dos custos crescentes com juros.
Esse rebaixamento não é apenas simbólico. Ele alerta os investidores e pode aumentar o custo de financiamento dos Estados Unidos. Essa alta pode repercutir em toda a economia global, cujo dólar ainda é o pilar. Além disso, esse sinal fragiliza a posição americana como líder econômico mundial, lançando uma sombra sobre a credibilidade do país.
Stephen Moore, aliado de Trump, critica duramente essa decisão, qualificando o rebaixamento da nota como “escandaloso”.
Os mercados reagiram com uma alta nos rendimentos dos títulos do Tesouro, refletindo a nervosidade geral. O desafio é grande: evitar essa espiral antes que ela desacelere permanentemente a economia americana e mundial.
Dívida americana: um fardo que ameaça a estabilidade econômica
O peso da dívida americana está no centro das preocupações. Atualmente, a dívida federal ultrapassa os 36 trilhões de dólares. A Moody’s prevê que ela atingirá 134% do PIB até 2035, contra 98% em 2024. Essa explosão se explica pelos déficits crescentes, pelo aumento das despesas obrigatórias, especialmente dos juros, e por receitas fiscais estagnadas.
O relatório especifica que o custo dos juros passará de 18% da receita federal em 2024 para quase 30% em 2035. Esse peso pesa sobre o orçamento e limita a margem de manobra para políticas econômicas ousadas. Além disso, se a extensão dos cortes de impostos de 2017 for confirmada, isso poderá aprofundar ainda mais os déficits, adicionando cerca de 4 trilhões de dólares em dez anos.
Esses números traduzem uma economia americana cada vez mais sufocada por sua dívida. Consequentemente, a capacidade de investir em crescimento, inovação e competitividade está em risco. Essa tendência pode levar a uma degradação progressiva do padrão de vida e a uma fragilização das instituições econômicas americanas.
Economia americana hoje: tensões e perspectivas futuras
A economia americana atravessa um período delicado. A guerra comercial iniciada por Trump, com suas tarifas alfandegárias, criou tensões que perturbam as cadeias globais de suprimentos. Além disso, os cortes orçamentários visam reduzir os gastos públicos, mas seu impacto é incerto.
A incapacidade de estabilizar a dívida alimenta as preocupações. Os esforços para reduzir os déficits enfrentam oposições políticas e restrições estruturais. A fragilidade do sistema financeiro é perceptível, especialmente com a alta das taxas de juros. Esse cenário gera um ambiente de incerteza para empresas e consumidores.
- Dívida federal: 36 trilhões de dólares (2025);
- Razão dívida/PIB: 98% em 2024, previsto para 134% em 2035;
- Custo dos juros: 18% da receita em 2024, previsto 30% em 2035;
- Impacto fiscal dos cortes de impostos: +4 trilhões em dez anos;
- Inflação prevista: 2,9% em 2024.
Diante desses desafios, vozes se levantam para defender uma alternativa aos simples cortes orçamentários. Entre elas, o bitcoin ganha popularidade como valor refúgio e ferramenta de diversificação. O próprio Donald Trump parece prestar atenção especial a essa nova realidade, o que pode influenciar a estratégia econômica dos próximos anos.
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