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As nações da Ásia Central abraçam o Bitcoin

Wed 10 Sep 2025 ▪ 5 min de leitura ▪ por Nicolas T.
Informar-se Geopolítica

Cada vez mais empresas acumulam bitcoins, mas também cada vez mais países. O mais recente vem da Ásia Central.

A imagem retrata uma paisagem montanhosa dramática, no estilo de uma história em quadrinhos dos anos 1970. Um rio largo, feito de moedas douradas de Bitcoin, serpenteia entre as montanhas escuras, guiando o olhar em direção ao horizonte. Acima dos picos, um sol enorme e brilhante domina o céu vermelho-alaranjado; ele ecoa o símbolo da bandeira do Quirguistão com seus raios e o motivo da yurt no centro. Tudo exala uma atmosfera épica e simbólica, mesclando natureza, riqueza digital e identidade nacional.

Em resumo

  • O Parlamento quirguiz valida a criação de uma reserva estratégica de bitcoins.
  • Uma entidade pública será responsável por minerar bitcoins com excedentes de energia hidráulica.
  • Explosão do faturamento das plataformas de criptomoedas quirguizes em 2025.

Bitcoin no coração da Ásia

Após o Cazaquistão, é a vez do vizinho quirguiz anunciar a criação de uma reserva estratégica de bitcoins.

O país vive nos últimos dois anos um aumento colossal dos volumes em suas 13 plataformas de criptomoedas. A razão é que a Rússia as usa para contornar as sanções… Por isso, algumas plataformas foram sancionadas pelos Estados Unidos e Reino Unido há algumas semanas.

Essas sanções se somam às impostas contra os bancos no início deste ano. Elas levaram o Primeiro-Ministro Sadyr Zhaparov a pedir ao presidente Trump e ao Primeiro-Ministro britânico que “não politizassem a economia”.

Uma economia que vai bem, já que o faturamento das plataformas de criptomoedas superou 11 bilhões de dólares nos primeiros sete meses do ano. Isso é 200 vezes mais do que em 2022…

O ministro da Economia e Comércio, Bakyt Sydykov, revelou nesta terça-feira durante uma reunião parlamentar que a lei “sobre ativos virtuais” será logo emendada. O objetivo é, entre outros, regulamentar a criação de uma entidade pública responsável pela mineração de bitcoins.

O potencial é enorme, pois o Banco Mundial estima que apenas 10% do potencial hidrelétrico do país é explorado. O que justifica criar uma “reserva nacional de bitcoins”, segundo o ministro.

Quirguistão à frente da França

Alguns parlamentares quirguizes, contudo, preocupam-se que o desenvolvimento de uma indústria ampla possa causar problemas. O deputado Dastan Bekeshev comentou que “minerar um único bitcoin necessita aproximadamente 800.000 quilowatt-horas. Isso é energia suficiente para abastecer 1.200 apartamentos por um mês. O inverno está chegando, vale a pena correr esse risco?”

O ministro quis tranquilizar esclarecendo que a indústria do bitcoin não será alimentada pelas grandes usinas hidrelétricas do país. Explicou que a produção virá principalmente de pequenas instalações, com 15 novos projetos em construção que se somarão aos 17 já operacionais.

Só podemos lamentar a ausência de tais discussões na França. E isso, apesar de um lobby intenso há anos, especialmente por parte do minerador francês BigBlock.

O equilíbrio da rede elétrica pela demanda é essencial para acomodar a baixo custo o quebra-cabeça que representam as energias intermitentes. A EDF deveria minerar bitcoins ao invés de prejudicar as centrais nucleares para se adaptar à intermitência da energia eólica.

Os mineradores de bitcoins têm, de fato, a vantagem prática de oferecer uma solução de alívio em tempo real para os operadores de redes. Essa simbiose entre mineradores de bitcoins e empresas de energia já existe no Texas, e não há razão para que não possamos fazer o mesmo na Europa.

Bitcoin, a nova moeda de reserva internacional

Outros países da região estão interessados no bitcoin. É o caso da Rússia e, recentemente, do vizinho Cazaquistão. O presidente Tokayev acaba de aprovar a criação de uma reserva estratégica de bitcoin.

Na segunda-feira, o serviço de imprensa de Tokayev informou que o presidente do Cazaquistão deseja criar um fundo estatal dedicado aos ativos digitais para constituir uma reserva estratégica de criptomoedas, proveniente dos ativos mais promissores do novo sistema financeiro digital.

Percebe-se que os Estados Unidos estão prestes a agir. Nenhum país quer ficar atrás do movimento. De Taiwan ao Japão, passando pela Coreia do Sul, a Ásia se prepara.

Os Estados Unidos já controlam 35% da indústria mundial do Bitcoin, contra aproximadamente 17% da Rússia e 15% da China. Até os filhos do presidente americano estão envolvidos. Eric e Donald Trump Jr. acabaram de lançar na bolsa o minerador American Bitcoin.

Em suma, todos esperam que Washington faça do bitcoin sua moeda de reserva. Exceto na Europa, onde se imagina que o euro possa substituir o dólar como moeda de reserva internacional por excelência…

Os sinais são positivos. Os ETFs de Bitcoin continuam a crescer, assim como o número de empresas que fazem do bitcoin seu principal ativo em caixa. Os dados on-chain também mostram que os grandes investidores ainda estão acumulando, o que é um bom sinal.

A bola está com a senadora Cynthia Lummis e seu projeto de lei “Bitcoin Act” visando acumular um milhão de bitcoins.

Enquanto aguardamos esse desfecho tão esperado, não perca este artigo: Bitcoin: A corrida dos institucionais está a todo vapor.

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Nicolas T.

Reporting on Bitcoin and geopolitics.

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