As pesquisas do Google sobre cripto caem ao seu nível mais baixo

Quando a incerteza ressoa, as multidões se refugiam em seus valores seguros. O ouro brilha mais forte, a prata conforta, e o bitcoin… é esquecido. No final de 2025, o interesse do público pela cripto não está apenas em queda, parece estar em pausa. Até mesmo o Google, espelho das nossas curiosidades, mostra um desinteresse inédito. Ninguém mais digita “crypto” como antes. Hesitamos. Pulamos. Viramos a página? Ainda não.

O deserto digital do Google: a cripto não está mais na moda

Em agosto, um surto de interesse trouxe brevemente Ethereum, Solana e Chainlink aos holofotes do Google Trends. Em meados de dezembro, o volume de busca pela palavra “crypto” caiu para 26 na escala de 0 a 100. Nos Estados Unidos, trata-se de uma baixa em 12 meses.

É bem mais que um simples número: é o reflexo de um desapego. E não é a primeira vez. Em abril, as buscas haviam despencado após as decisões tarifárias bruscas de Donald Trump. Os mercados incendiaram, porém não no sentido desejado.

Então veio outubro, um mês negro. Em um dia, altcoins perderam até 99% do seu valor. Resultado? Ninguém quer mais ouvir falar em cripto. Até o bitcoin, que ainda se mantém entre 80.000 e 90.000 dólares, não inspira mais os particulares.

No X, Mario Nawfal é direto:

Após o fiasco dos memecoins Trump/Melania, parece que os particulares perderam confiança no setor. Nenhum dos meus amigos “normies” ou minha família me falam mais em cripto.

A indústria cripto sempre alternou entre esperança e decepção. Mas desta vez, nem memes divertem mais. Os tokens ligados a Trump e Melania? Evaporados, após perder mais de 90% do seu valor. Algo que desanima os mais entusiastas.

A comunidade desaparece, os analistas se agitam

Quando o interesse do público geral evapora, a cena cripto vira um clube fechado. Um teatro de iniciados onde só os mais fervorosos ainda especulam o futuro. O paradoxo? Alguns analistas já gritam pelo próximo bullrun. E não é pequeno. Enquanto o Google dorme, os especialistas preveem a ascensão.

Mas quem vai participar se o público boicota? O bitcoin está a 87.800 dólares. Estável, sim. Empolgante, não muito. Os traders de fim de semana voltaram aos seus ETFs, influenciadores falam de inteligência artificial, e os fóruns esvaziam.

Apesar disso, alguns ainda acreditam. Charles Hoskinson prevê um BTC a 250.000 dólares. Outros apostam em 180.000 em 2026. Longe das multidões, o sonho continua… nas salas VIP da indústria cripto.

Cripto em números: o que revela a notícia recente

• O volume de busca no Google por “crypto” caiu para 26 no final de 2025;
• O token Trump-Melania perdeu mais de 90% do seu valor em poucas semanas;
• O preço do BTC está atualmente cotado a 87.875 $;
• O flash crash de outubro causou 20 bilhões de dólares em liquidações;
• O Fear & Greed Index atingiu 10 em novembro (nível: medo extremo).

Nesse clima sombrio, algumas vozes se recusam a se render. Para elas, esse desinteresse é apenas um hiato. Uma pausa, não um abandono. Pois, segundo vários especialistas, o bitcoin está apenas no início de um ciclo de alta que pode durar até 2035. A década 2026-2035 pode redesenhar os contornos da riqueza digital. Mas é preciso que alguém digite “crypto” no Google.