Bitcoin: "Milhares de empresas" prestes a atravessar o Rubicão

Uma avalanche de empresas está prestes a fazer do bitcoin seu principal ativo de tesouraria e empurrar o bitcoin para novos recordes.

A estratégia Bitcoin

Não passa um dia sem que uma nova empresa faça do bitcoin seu principal ativo de tesouraria. Essa tendência deve acelerar segundo Matt Hougan, diretor da Bitwise Asset Management, que prevê um BTC a 200.000 $.

O Sr. Hougan declarou na CNBC que a corrida acaba de começar e que milhares de empresas logo adotarão o bitcoin para suas tesourarias. Atualmente, 131 empresas de capital aberto detêm coletivamente 819.000 bitcoins, cerca de 4% dos BTC em circulação (88 bilhões de dólares).

Essas empresas são em sua maioria norte-americanas, mas não apenas. China, Japão, Singapura, Alemanha, Coréia, Brasil e até mesmo Inglaterra não ficam para trás. E até na França, com um único representante, no entanto: Blockchain Group.

Existem 35 empresas privadas, que detêm cerca de 300.000 bitcoins. Por exemplo: Block, Tether, Space X, etc.

Matt Hougan atribui essa “megatrend” às crescentes preocupações com o valor do dólar, que está ameaçado pelos déficits crescentes e pelos confrontos geopolíticos.

Para ele, o bitcoin é visto como uma opção superior para proteger a riqueza da empresa contra a desvalorização monetária. “Empresas que tomaram a corajosa iniciativa de adicionar bitcoin ao seu balanço estão sendo recompensadas.”

Os pioneiros já se beneficiaram da alta do bitcoin, que passou de menos de 40.000 dólares em janeiro de 2024 para 70.000 dólares em junho de 2024. E agora está acima de 107.000 dólares.

Por exemplo, os 8.027 bitcoins comprados pela Block entre 2020 e 2024 valem agora 864 milhões de dólares, um aumento de 300%. Em contrapartida, o dólar valorizou-se modestamente 2%.

As empresas não têm mais escolha

Não haverá mais do que 21 milhões de bitcoins e 19,87 milhões já estão em circulação, como mostra em tempo real este painel especializado. Um contraste chocante com a expansão ilimitada das moedas nacionais.

Em última análise, tudo decorre da dificuldade de fazer a economia crescer (devido à restrição energética). Sem crescimento, o sistema é forçado a fazer cada vez mais dívidas para honrar promessas políticas (por exemplo, aposentadorias). O resultado é a inflação.

Assim, sem um aumento drástico da produtividade, salários e aposentadorias não conseguem acompanhar. As relações dívida/PIB se deterioram, forçando os bancos centrais a recomprar a dívida para neutralizar o efeito exponencial dos juros.

Sobre isso, não perca nosso artigo: Os juros da dívida francesa explodem.

Claro, a IA oferece perspectivas para impulsionar a produtividade. Mas o transporte é (e continuará sendo) o fator limitante do crescimento econômico. Ora, 95% do transporte funciona com petróleo, cujo fornecimento está cada vez mais incerto, como destaca o relatório do Shift Project sobre o pico do petróleo e petróleo de xisto.

Aqui está para você um Thread muito interessante com cinco vídeos curtos sobre o assunto (para falantes de inglês):

Os Estados estão cientes das consequências desse obstáculo físico para o valor da moeda. O gigantesco fundo Fidelity lembra neste estudo que o FMI publica artigos afirmando que os bancos centrais não têm outra escolha senão imprimir dinheiro para reduzir artificialmente o peso das dívidas nacionais.

Mas as empresas não são Estados. Participar do esquema Ponzi da dívida pública não é uma obrigação. O bitcoin oferece pela primeira vez uma alternativa simples, sólida e líquida. Nunca foi tão fácil para uma empresa aplicar sua tesouraria em bitcoin graças aos ETFs.

Essa revolução na tesouraria em pleno crescimento sugere que os 200.000 dólares por bitcoin estão por chegar.