Capital de risco retorna com força ao setor cripto
Anunciado como moribundo, o capital de risco em criptomoedas registra um retorno espetacular. No segundo trimestre deste ano, mais de 10 bilhões de dólares fluíram para o ecossistema, um nível inédito desde o pico do início de 2022. Em três meses, os investidores reviveram um mercado que se dizia congelado, reafirmando seu apetite pela inovação em blockchain.
Em resumo
- Os investidores institucionais fazem um retorno notável com 10,03 bilhões de dólares captados em cripto no segundo trimestre.
- Somente o mês de junho de 2025 representa mais da metade dos montantes investidos, ou seja, 5,14 bilhões de dólares, um recorde mensal desde janeiro de 2022.
- Levantações espetaculares como as do Strive Funds (750 M$), TwentyOneCapital (585 M$) e Securitize (400 M$) dominaram este trimestre.
- Os setores mais financiados são infraestrutura blockchain e DeFi, enquanto os memecoins permanecem à margem.
Bilhões de dólares no ecossistema cripto
Grandes negócios foram realizados no ecossistema cripto, apesar do resfriamento do mercado. Entre abril e junho de 2025, as startups de criptomoedas levantaram 10,03 bilhões de dólares segundo os dados da CryptoRank, o que representou o melhor resultado desde o primeiro trimestre de 2022, quando o montante atingiu 16,64 bilhões. Esse ressurgimento ocorre após um período prolongado de desaceleração do capital de risco no setor.
O mês de junho revelou-se particularmente significativo, com 5,14 bilhões de dólares captados sozinho, um nível mensal inédito desde janeiro de 2022. Esse aumento abrupto da atividade demonstra um renovado apetite dos investidores institucionais, especialmente em segmentos considerados fundamentais.
Entre as captações mais espetaculares está a do Strive Funds, lançado pelo empresário americano Vivek Ramaswamy, que garantiu 750 milhões de dólares em maio para implementar estratégias de investimento ligadas ao bitcoin. Em abril, a TwentyOneCapital atraiu 585 milhões de dólares, enquanto a Securitize finalizou uma rodada de 400 milhões de dólares.
Por trás desses números, desenham-se tendências claras e quantificáveis na estrutura atual do mercado :
- Recorde mensal em junho com 5,14 bilhões de dólares investidos ;
- As três maiores captações do trimestre : Strive Funds (750 M$), TwentyOneCapital (585 M$), Securitize (400 M$) ;
- Outras captações notáveis : Kalshi (185 M$), Auradine (153 M$), ZenMEV (140 M$), Digital Asset (135 M$).
Esse panorama ilustra uma reativação focada do capital de risco, onde os fundos privilegiam projetos percebidos como fundamentais para a infraestrutura do Web3, ao mesmo tempo em que adotam uma seleção mais rigorosa. Os números refletem uma aposta de longo prazo, e não uma simples especulação de curto prazo.
Coinbase Ventures e os gigantes do capital de risco abrem o caminho
Se os montantes captados atraem atenção, a tipologia dos investidores envolvidos oferece um esclarecimento igualmente revelador sobre as dinâmicas em andamento. Com 25 investimentos realizados no trimestre, a Coinbase Ventures se estabeleceu como o ator mais ativo desse período, confirmando seu papel central na estruturação do panorama cripto.
Junho a viu dominar novamente, com 10 negócios concluídos, à frente da Pantera Capital (8), Galaxy (5) e Paradigm, que se destacou pelo maior número de investimentos em liderança. Outros atores notáveis incluem Animoca Brands, a16z, Cyber Fund e GSR, todos engajados em estratégias de médio e longo prazo.
Vários movimentos importantes também destacam a diversidade das abordagens adotadas por esses fundos. O lançamento bem-sucedido do primeiro fundo externo da Galaxy Digital, que captou 175 milhões de dólares em junho, ilustra essa vontade de reorientar os investimentos para segmentos considerados estruturantes: stablecoins, tokenização de ativos, pagamentos e infraestrutura.
Por sua vez, a empresa holandesa Theta Capital Management captou mais de 175 milhões de dólares para apoiar startups blockchain em estágio inicial, acentuando a importância da Europa nas novas estratégias de financiamento.
Essas operações inserem-se na vontade de antecipar os futuros pilares do Web3, por meio de apostas focadas na infraestrutura e nas soluções de finanças programáveis.
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Diplômé de Sciences Po Toulouse et titulaire d'une certification consultant blockchain délivrée par Alyra, j'ai rejoint l'aventure Cointribune en 2019. Convaincu du potentiel de la blockchain pour transformer de nombreux secteurs de l'économie, j'ai pris l'engagement de sensibiliser et d'informer le grand public sur cet écosystème en constante évolution. Mon objectif est de permettre à chacun de mieux comprendre la blockchain et de saisir les opportunités qu'elle offre. Je m'efforce chaque jour de fournir une analyse objective de l'actualité, de décrypter les tendances du marché, de relayer les dernières innovations technologiques et de mettre en perspective les enjeux économiques et sociétaux de cette révolution en marche.
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