Como um investidor transformou 1,8 milhão de dólares em 68 milhões graças aos memecoins

A ideia da morte dos memecoins? Um miragem, nada mais. Enquanto alguns viam essas criptomoedas loucas como um fogo de palha, os números atuais refutam essa previsão. Murad Mahmudov, ex-analista que se tornou mestre na arte de detectar tendências virais, é a prova viva disso. Sua aposta: investir no improvável, transformar deboche em ouro. Mas por trás do sucesso, vozes se levantam, denunciando práticas dignas das mais antigas receitas do Velho Oeste financeiro.

Um faro de gênio ou um blefe bem afinado?

Murad Mahmudov não se destacou por acaso. Suas carteiras exibem hoje mais de 68 milhões de dólares em memecoins, para um investimento inicial de apenas 1,86 milhão. O token SPX6900 explodiu com um aumento de +10.500%, transformando um investimento de 0,01036 $ em 2,24 $. Só com este, seus ganhos beiram os 66 milhões de dólares.

Os dados públicos no DropsTab confirmam: Mahmudov exerce uma influência importante, mas isso não passa despercebido. O detetive da blockchain ZachXBT revelou 11 carteiras pertencentes a ele.

As críticas? Muitas. A compra de 1% da oferta do token MIN, pouco antes de falar publicamente sobre ele, provocou um debate sobre a manipulação de mercado. Mahmudov não respondeu, mas a dúvida permanece. Seu apoio forte ao SPX poderia sozinho causar uma mudança de mercado.

Memecoins: o espelho distorcido da economia cripto-cultural

No Token2049, Mahmudov defendeu sua tese do superciclo memecoin. Ele apresenta os memecoins não como ativos tradicionais, mas como fenômenos culturais. Segundo ele, sua força baseia-se menos na tecnologia e mais na comunidade, viralidade e humor compartilhado. Essa posição quebra a lógica financeira convencional e explica por que essas criptos continuam atraindo, apesar de sua instabilidade.

O mercado lhe dá razão, por enquanto. Em julho de 2024, a capitalização dos memecoins saltou 54%, passando de 55 bilhões para 85 bilhões. Mesmo após correção, permanece em 78 bilhões, um aumento anual de 41%.

Mas nem todos compartilham desse entusiasmo. Anatoly Yakovenko, cofundador da Solana, causou polêmica ao chamá-los de “digital slop” (lama digital). Por outro lado, Anthony Anzalone, CEO da Xion, explica que:

O capital simplesmente não tem destino melhor do que os memecoins.

Influência, polêmica e recordes: os memecoins sob todos os holofotes

Além de acumular milhões, Mahmudov concentra tensões sobre transparência na indústria cripto. ZachXBT atacou novamente: “Murad faz previsões muito audaciosas sobre memecoins de baixa capitalização para milhares e milhares de seguidores enquanto controla a oferta. As pessoas merecem tomar decisões mais informadas sobre as moedas que compram.“

Essa guerra de egos revela um setor onde a influência vale ouro. Os tokens APU ou MIN, apesar da volatilidade, se tornam ferramentas de especulação pura. E o mercado acompanha, como um jogo de dominós, a cada anúncio.

O quadro do “superciclo”: 4 fatos essenciais:

• SPX6900 ofereceu um crescimento de +10.500% em um ano;
• APU caiu 53%, custando 86.000 $ a Mahmudov;
• O mercado de memecoins atingiu 85 bilhões $ antes de cair para 78 bilhões $;
• Murad Mahmudov teria adquirido 1% da MIN 1 hora antes de promovê-la.

Há alguns meses, essas criptos eram vistas como relíquias. Hoje, o vento mudou. LetsBonk acaba de superar o Pump.fun, com mais de 19.600 tokens lançados em um único dia, o dobro do seu rival. Em receitas diárias, LetsBonk mostra 1,04 milhão de dólares, contra 533 mil dólares do Pump.fun. Uma nova guerra dos memecoins está em andamento, e Solana é seu campo de batalha quente.