Cripto: BitGo e Kraken distribuem 5 bilhões $ para ex-clientes da FTX
O folhetim da FTX continua a abalar o ecossistema cripto. Em 30 de maio de 2025, uma segunda onda de pagamentos foi iniciada, marcando um novo marco na tentativa de reparação do desastre financeiro deixado pela plataforma. Por trás dessa operação logística de grande escala, desenha-se uma realidade mais amarga: nem todos os credores estão na mesma posição.
Em resumo
- A FTX iniciou em 30 de maio de 2025 uma segunda onda de reembolsos de 5 bilhões de dólares aos seus ex-usuários.
- Os pagamentos são baseados no valor dos ativos em novembro de 2022, provocando a indignação de credores prejudicados pela alta do mercado cripto.
- Campanhas de phishing visam os beneficiários, explorando a confusão para desviar os fundos redistribuídos.
Reembolso da FTX: uma redistribuição massiva orquestrada pela BitGo e Kraken
Na continuidade da primeira fase de reembolsos iniciada em 18 de fevereiro de 2025, visando os credores chamados de “Convenience Class” com reivindicações inferiores a 50.000 dólares, a FTX agora realiza uma nova transferência de mais de 5 bilhões de dólares para seus ex-usuários. Para isso, a empresa mobilizou dois pesos pesados do setor cripto: BitGo e Kraken. A missão deles? Garantir a distribuição rápida e segura dos pagamentos às diferentes classes de credores.
Os valores variam conforme as categorias:
- Clientes internacionais (classe 5A) recuperam cerca de 72% de seus créditos;
- Usuários americanos (classe 5B) recebem quase 54%;
- Detentores de créditos chamados “de conveniência” — inferiores a 50.000 dólares — têm reembolso integral com um bônus de 20%.
À primeira vista, esse avanço parece demonstrar um esforço considerável de reparação. Contudo, ao aprofundar, uma dissonância se impõe.
Reembolso… em dólares de ontem
Embora os montantes distribuídos pareçam impressionantes, sua valorização em dólares americanos baseada em novembro de 2022 lança uma sombra sobre o quadro. Essa data — a do pedido de falência — serve como referência para o cálculo dos reembolsos. Entretanto, nesse meio tempo, os mercados cripto experimentaram uma recuperação espetacular.
Os ativos detidos no momento da falência, para muitos, recuperaram valor. Por isso, vários credores denunciam um tratamento injusto: suas carteiras, avaliadas a valor reduzido durante a queda da FTX, não consideram de maneira alguma a recuperação do mercado cripto.
O paradoxo é cruel. Enquanto o bitcoin e outros ativos alcançaram novos patamares em 2025, os ex-usuários da FTX recebem dólares “congelados no passado“. Essa discrepância entre o valor atual do mercado e aquele considerado para os reembolsos alimenta a frustração de uma comunidade já abalada.
Phishing cripto: uma nova ameaça pesa sobre os credores da FTX
Enquanto BitGo e Kraken distribuem 5 bilhões de dólares em pagamentos aos ex-usuários da FTX, outra batalha está em curso: a luta contra as fraudes. Várias campanhas de phishing foram relatadas, visando especificamente os beneficiários da redistribuição cripto. Fraudadores se passam por FTX, BitGo ou Kraken com o objetivo de roubar os fundos tão aguardados.
Esses ataques exploram a urgência e a confusão predominantes para enganar os usuários cripto por meio de e-mails ou interfaces fraudulentas. Embora os provedores tenham reforçado seus sistemas de segurança, o risco persiste. Essa recrudescência de ameaças cibernéticas fragiliza ainda mais a confiança já abalada das vítimas da falência da bolsa cripto FTX.
Dois meses depois que Sam Bankman-Fried foi transferido discretamente após uma revelação chocante, a FTX se esforça para liquidar seus passivos. Entretanto, a discrepância entre contabilidade e realidade cripto alimenta ressentimentos e suspeitas. Os reembolsos em dólares congelados não são suficientes para restaurar a confiança. Diante da evolução dos ativos digitais, o direito deve repensar sua forma de avaliar e compensar as perdas?
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