Ethereum quer tornar as coisas mais simples, mais robustas... e mais universais

Por anos, a Ethereum se envolveu em uma corrida desenfreada pela complexidade, multiplicando funcionalidades e camadas técnicas. Mas hoje, Vitalik Buterin, seu cofundador visionário, propõe um retorno às origens: simplificar o protocolo para torná-lo mais legível, mais estável, praticamente tão simples quanto o Bitcoin. Uma mudança de paradigma? Talvez. Mas, sobretudo, uma necessidade vital no momento em que a Ethereum deseja continuar sendo a camada 1 de referência para soluções de camada 2 e para os ativos digitais do futuro.

Retornar à simplicidade: a cruzada de Vitalik Buterin

O objetivo de Vitalik Buterin é claro: fazer da Ethereum um protocolo compreensível ” por um estudante do ensino médio inteligente “. Para isso, ele deseja limitar o código crítico ao essencial , à semelhança do Bitcoin. O consenso em “finalidade de 3 slots” é uma das chaves dessa simplificação. Este modelo elimina componentes complexos como as épocas, os comitês de sincronização e a reorganização dos validadores. O resultado: um consenso mais simples, mais legível e mais rápido que o protocolo atual Gasper.

Buterin destaca que ” uma implementação básica da finalidade de 3 slots cabe em 200 linhas de código “. Menos linhas de código significam menos bugs, maior envolvimento dos desenvolvedores e uma redução do elitismo técnico.

Sassal.eth acrescenta:

Uma L1 simplificada também torna o stake solo mais acessível.

RISC-V: rumo a uma máquina virtual mais rápida e universal

A Ethereum Virtual Machine (EVM) tornou-se um pesadelo técnico: arquitetura de 256 bits, opcodes desnecessários, manutenção cara. Buterin propõe um salto radical: substituir a EVM pelo RISC-V, uma máquina virtual simples e padronizada. Essa transição poderia oferecer ganhos de desempenho estimados em até 100 vezes para provas de conhecimento zero (ZK), além de reduzir a necessidade de manutenção de pré-compilações complexas.

A transição seria suave: um interpretador on-chain da EVM permitiria a coexistência com os contratos antigos. Sassal.eth destaca a importância dessa evolução:

Queremos que os tokens sejam implantados nativamente na L1.

Pontos-chave:

• O RISC-V já é usado em muitos processadores embarcados;
• A especificação do RISC-V é dez vezes menor que a da EVM;
• O Ethereum poderia eliminar a maioria das pré-compilações com essa mudança;
• A longo prazo, o Ethereum suportaria nativamente apenas o RISC-V, não a EVM.

Harmonização: um único padrão para todo Ethereum

Atualmente, o Ethereum utiliza vários formatos de serialização e estruturas de árvores Merkle. Buterin deseja unificar esses elementos em torno do SSZ para armazenamento, transmissão e execução. Ele também propõe adotar um único código corretor de erros para todas as funções (DAS, P2P, armazenamento). O objetivo é reduzir a duplicação, maximizar a verificabilidade e melhorar a legibilidade do sistema.

Sassal.eth destaca a importância dessa unificação:

Todos os ativos digitais deveriam ser emitidos nativamente na L1.

Buterin resume essa visão declarando:

O objetivo é mover a máxima complexidade para fora do consenso.

Ethereum aspira a se tornar novamente uma base sólida, um alicerce claro para um ecossistema maior. Revisitando sua camada 1, espera atrair desenvolvedores, emissores de ativos e restaurar a confiança. Buterin, já autor de um plano decisivo para a sobrevivência de sua própria blockchain, pensa a longo prazo, assim como Sassal.eth. E enquanto o mundo se volta para as soluções de camada 2, Ethereum fortalece suas fundações para continuar sendo o centro de gravidade da descentralização.