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Hype política, rug pulls e crash: O que realmente esconde a queda dos memecoins

15h15 ▪ 6 min de leitura ▪ por Mikaia A.
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Em dezembro de 2024, os memecoins desfilavam na liderança das tendências. Sua capitalização flertava com picos inéditos. E então, em 2025… tudo desabou. Quem teria imaginado que apenas um ano separaria os holofotes do esquecimento? Fortunas digitais derreteram. Tokens adorados desapareceram. O que poderá ter acontecido? Volatilidade, fraudes, saturação ou mutação? Decodificação de uma curva fechada no mundo implacável das criptos mais excêntricas. Nada indicava tal reversão para um mercado cripto tão popular.

Um Shiba Inu explode em chamas do céu, investidores em pânico fogem, a cidade queima, caos total, seta vermelha.

Em resumo

  • Os memecoins atingiram 150 bilhões de dólares, impulsionados pela eleição americana de 2024.
  • O mercado despencou para 47 bilhões, minado pela saturação e especulação selvagem.
  • Até 73.000 novos tokens por dia inundaram a blockchain via launchpads especializados.
  • Dogecoin permanece dominante, enquanto outros projetos tentam uma mutação para finanças descentralizadas úteis.

Um show de fogos a 150 bilhões $… antes do grande mergulho

No final de 2024, os memecoins alcançam um pico histórico: 150,6 bilhões de dólares. Essa disparada se explica em parte por um entusiasmo político sem precedentes, especialmente em torno da eleição americana. O token TRUMP se torna viral, impulsionado por uma base eleitoral mobilizada, enquanto LIBRA, associado a Javier Milei, alimenta a especulação na Argentina. Um efeito de moda global. E uma bolha.

Mas a euforia não durou. Poucas semanas após esse pico, o mercado desaba. Em novembro de 2025, os memecoins pesam somente 47,2 bilhões, uma perda de mais de 100 bilhões em menos de um ano. Uma queda livre, brutal, sem paraquedas. A volatilidade se transformou em vertigem.

No centro desse declínio, um fenômeno: a inundação do mercado. Em janeiro de 2025, 73.000 novos tokens são lançados diariamente por plataformas como Pump.fun. O excesso vira indigestão. A raridade, uma lembrança distante. A maioria desses projetos não ultrapassa a semana de existência. A imitação substitui a criação. A desconfiança, ela, sobe.

Os investidores entenderam rápido que o humor não bastava mais. A dinâmica se reverteu. Muito barulho, pouco valor.

O lançamento controverso dos tokens TRUMP e LIBRA em janeiro de 2025 também anunciava a queda brutal do setor, enquanto a capitalização total do mercado dos memecoins despencava para 47,2 bilhões de dólares em novembro de 2025.

Fonte: CoinGecko, State of Memecoins 2025

Rug pulls e caos: quando os memecoins viram uma farsa trágica

Por trás do humor dos nomes frequentemente há uma armadilha. Os memecoins políticos abriram caminho para uma avalanche de fraudes. Equipes anônimas aproveitaram o entusiasmo para criar projetos artificiais. Depois, esvaziaram os cofres. Rug pulls repetidos. Pequenos investidores arruinados. Comunidades inteiras viram seus ganhos evaporarem.

Outra tática tóxica: o bundling. Multiplicando as carteiras, alguns insiders simulam uma demanda orgânica. Uma ilusão de interesse que estimula curiosos a comprar. E a perder. Bots, hype houses, promessas de pump… todo um teatro para vender melhor o vazio.

A imprensa cripto fala de uma onda de fraudes nunca vista. Na maioria das vezes, os tokens são criados, promovidos no X, pumpados e esvaziados. Tudo em menos de 24 horas. Alguns investidores descobrem depois que o site do projeto nem existia.

E ainda assim, o humor continua. PNUT, GOAT, BODEN: todos surfaram no buzz antes de afundar no esquecimento digital. Até as exchanges centralizadas como a Coinbase não escaparam das críticas por listarem alguns desses ativos ultra especulativos.

Apesar do surgimento das plataformas de lançamento de memecoins, os tokens criados de forma independente continuam dominando com 86,2% da capitalização do mercado.

Fonte: CoinGecko, State of Memecoins 2025

Dogecoin, DEGEN e o lado útil (e US) das cryptos meme

Diante desse caos, alguns memecoins tentam a metamorfose. Dogecoin, o ancestral, ganha fôlego: 47,3% de participação de mercado em 2025. Enquanto isso, projetos como BONK ou FLOKI evoluem para modelos mais robustos: integração DeFi, utilidade real, jogos cripto.

Um caso fascinante: DEGEN. Esse token agora é a moeda nativa de uma rede social layer-3, combinando engajamento comunitário e tecnologia blockchain. Uma virada inesperada para um projeto oriundo da cultura dos memes.

Mas, acima de tudo, um ator se destaca: os Estados Unidos. O país concentra 30% das visualizações nas páginas de memecoins, bem à frente da Europa. O fascínio pelo risco, humor e disrupção é cultural. O eleitorado transforma campanhas em ecossistemas, memes em moeda.

Mesmo nos momentos mais sombrios do mercado, os americanos continuam investindo, twittando, especulando. Para eles, o memecoin permanece um jogo… às vezes com soma negativa. Uma sociologia cripto em si, onde a performance frequentemente vem depois do espetáculo.

Números para lembrar: o lado oculto do mercado memecoin

  • 150,6 bilhões $ de capitalização alcançados em dezembro de 2024;
  • -69% em um ano: queda brutal para 47,2 bilhões $ em novembro de 2025;
  • 73.000 tokens por dia lançados em janeiro de 2025;
  • 86,2% dos memecoins são criados fora de launchpads;
  • 30% do interesse mundial concentrado pelos usuários americanos.

Enquanto o universo dos memecoins cura suas feridas, outro gigante cripto mostra sinais de cansaço. Recentemente, especialistas observaram uma contração da demanda aparente do bitcoin, sugerindo um ciclo de baixa em andamento. O rei das criptos parece, também, ter que roer sua ansiedade.

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Mikaia A.

La révolution blockchain et crypto est en marche ! Et le jour où les impacts se feront ressentir sur l’économie la plus vulnérable de ce Monde, contre toute espérance, je dirai que j’y étais pour quelque chose

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