JPMorgan migra seu JPM Coin para a blockchain pública Base da Coinbase
Seis anos após lançar sua própria blockchain privada, o JPMorgan Chase muda radicalmente sua estratégia. O banco acabou de transferir seu token de depósito digital, o JPM Coin, para a Base, a rede pública da Coinbase. Uma mudança importante para uma instituição que até então apostava exclusivamente em seu ecossistema fechado Kinexys.

Em resumo
- O JPMorgan migrou seu JPM Coin de sua blockchain privada Kinexys para Base, a rede pública da Coinbase construída sobre o Ethereum.
- Essa decisão atende uma forte demanda dos clientes institucionais que desejam fazer pagamentos e gerenciar suas garantias diretamente nas blockchains públicas.
- O JPMMD continua sujeito a autorização e só pode ser transferido entre clientes aprovados pelo JPMorgan.
Por que o JPMorgan abandona sua blockchain privada?
O JPMorgan lançou seu projeto de depósitos tokenizados em 2019 na Kinexys, uma versão privada do Ethereum. Durante seis anos, apenas clientes institucionais aprovados podiam usar esse sistema fechado para transferir fundos internamente. O ajuste das transações acontecia ininterruptamente, mas permanecia confinado a um ecossistema controlado.
Hoje, o cenário mudou. Basak Toprak, responsável pelo produto de tokens de depósito na Kinexys Digital Payments, explica simplesmente: « Stablecoins atualmente são a única opção de pagamento disponível nas blockchains públicas. Nossos clientes institucionais querem realizar pagamentos com um produto de depósito bancário. »
A pressão dos clientes levou o banco a sair de sua zona de conforto.
A escolha da Base não é por acaso. Essa blockchain, desenvolvida pela Coinbase, oferece taxas de transação significativamente menores que as do Ethereum, ao mesmo tempo que mantém sua reconhecida segurança. Para o JPMorgan, que processa 10 trilhões de dólares diariamente, a equação é clara: uma rede pública torna-se mais apropriada do que uma infraestrutura privada.
A Mastercard e a Coinbase já testaram com sucesso o JPM Coin na Base desde seu lançamento em 12 de novembro. Essa validação cruzada mostra que a integração técnica funciona e que os principais atores do setor financeiro estão prontos para dar esse passo.
Um novo campo de jogo para garantias e pagamentos de margem
O JPMMD abre perspectivas concretas para operações de mercado. Os clientes agora podem usar seus depósitos bancários tokenizados como garantias ou para realizar pagamentos de margem em compras de criptomoedas.
Toprak destaca a naturalidade dessa evolução:
Dinheiro em espécie já serve como garantia nas finanças tradicionais. Portanto, também pode servir como garantia no mundo da blockchain.
Essa abordagem preenche uma lacuna. Atualmente, transações na blockchain exigem ou stablecoins ou transferências bancárias tradicionais off-chain. Ambas as opções têm suas limitações. Contas bancárias tradicionais impõem horários de funcionamento e prazos para liquidação. Os stablecoins, por sua vez, apresentam riscos diversos para instituições acostumadas a depósitos regulamentados.
O JPMMD se posiciona como uma terceira via. Diferentemente dos stablecoins abertos como USDC ou USDT, este token permanece sob estrito controle bancário. Somente clientes que completaram o processo de inscrição junto ao JPMorgan podem transferi-lo. Essa estrutura permite que o banco expanda suas atividades em uma infraestrutura pública sem abrir mão de sua governança nem de sua conformidade regulatória.
Brian Foster, responsável global por vendas atacadistas na Coinbase, qualifica esses “depósitos tokenizados” como “primos dos stablecoins”. Ele se recusa a decidir qual modelo é superior: « O mercado vai nos dizer. Os bancos precisam pensar em como exportar esse produto para fora de seus muros. »
O JPMorgan acaba de dar um passo importante na história da tokenização bancária. Ao migrar para a Base, o banco reconhece que o futuro das finanças passa pelas blockchains públicas. Resta saber se outros gigantes bancários seguirão esse caminho ou se o JPMorgan manterá sua vantagem nessa corrida pela inovação.
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