Mercados de previsão: Kalshi abre vantagem sobre Polymarket
O Web3 e o sopro de descentralização que o acompanha estão apenas começando. A cada semana, novas inovações surgem, lançando as bases para um futuro digital inédito. Imagine essas tecnologias maduras: elas poderiam remodelar finanças, esportes ou política. É exatamente isso que está acontecendo hoje com as plataformas de previsão descentralizadas. Kalshi e Polymarket, dois grandes atores deste setor, agora travam uma batalha de volumes, regulação e reconhecimento institucional.
Em resumo
- Kalshi captura 62% dos volumes mundiais, contra apenas 37% da Polymarket.
- Polymarket adquiriu QCX por 112 milhões para se reintegrar legalmente no mercado americano.
- Kalshi diversifica com Robinhood, Solana e Base, ampliando seus mercados para esporte e e-sport.
- Polymarket e Kalshi buscam valuations de 9-10 bilhões e 5 bilhões, respectivamente.
Kalshi acelera, Polymarket prepara seu retorno americano
Kalshi, uma plataforma que integra Grok, domina atualmente os mercados de previsão com 62% dos volumes globais entre 11 e 17 de setembro. Neste período, suas transações ultrapassaram 500 milhões de dólares, com um open interest médio de 189 milhões. Polymarket, com 430 milhões e 164 milhões, respectivamente, permanece à espreita, mas perde terreno.
A diferença se percebe no comportamento dos usuários: no Kalshi, as posições são mais curtas e as negociações frequentes, enquanto a Polymarket retém os fundos por mais tempo.
Essa dominância de curto prazo não impede a Polymarket de preparar sua revanche. A empresa adquiriu a QCX por 112 milhões de dólares, uma plataforma regulada pela CFTC, abrindo caminho para seu retorno aos EUA.
Esse reposicionamento muda o jogo: Kalshi já está registrado como exchange americana, mas a Polymarket quer capitalizar sua notoriedade adquirida durante a eleição de 2024. Como resumiu o CEO da Kalshi, Tarek Mansour:
É notável ver a que velocidade Kalshi cresce.
Em um ano, passou de 3,1% para 62,2% do volume mundial.
Entre finanças, esporte e cultura: a diversificação como motor
O futuro desses mercados não se limita mais às eleições. Kalshi aposta numa estratégia de expansão agressiva. Por meio de parcerias com Solana e Base, a plataforma lançou um hub de ecossistema destinado a financiar criadores e traders. Também ampliou suas atividades para esportes, especialmente através de uma parceria com Robinhood para oferecer mercados sobre futebol universitário e NFL.
A diversificação se estende até ao e-sport, com apostas na Copa do Mundo FIFA e no campeonato mundial de League of Legends.
A Polymarket, por sua vez, explora outros horizontes. Com o Stocktwits, a plataforma introduziu mercados baseados nos resultados trimestrais das empresas. Essa inovação atrai um público de investidores tradicionais, que podem proteger seus riscos ou testar o sentimento do mercado em tempo real.
A iniciativa ilustra uma tendência forte: transformar os mercados de previsão em instrumentos financeiros completos, capazes de complementar as ferramentas clássicas. Como destacou um analista da Bernstein: as plataformas de previsão tornam-se uma nova interface para a informação, onde cripto, IA e finanças se cruzam.
Polymarket e Kalshi: valorizações bilionárias na mira
A rivalidade não para nos volumes. Também se disputa no campo dos financiamentos. Kalshi levantou 185 milhões de dólares em junho de 2025, com apoio da Paradigm, e mira uma valorização de 5 bilhões. Polymarket, ainda mais ambicioso, estaria em negociações para atingir uma valorização entre 9 e 10 bilhões.
Esses números atestam o interesse crescente dos investidores institucionais, que veem nessas plataformas um setor emergente na intersecção entre finanças e cultura.
Alguns números chave para lembrar:
- 62%: participação atual de mercado da Kalshi, contra 37% da Polymarket;
- 1,3 bilhão $: volumes mensais registrados pela Kalshi em setembro, um recorde desde 2024;
- 112 milhões $: valor pago pela Polymarket para adquirir a QCX e reintegrar o mercado americano;
- 9 a 10 bilhões $: valorização alvo da Polymarket, contra 5 bilhões da Kalshi.
Essa competição é mais que uma simples disputa entre plataformas: ela desenha o futuro dos mercados de previsão como ferramentas econômicas completas.
Num contexto em que as apostas descentralizadas se intensificam, Kalshi e Polymarket travam um duelo que vai além da rivalidade tecnológica. Suas ambições bilionárias e inovações constantes podem transformar de forma duradoura a maneira como instituições, investidores e indivíduos enxergam o futuro.
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