OpenSea não vira as costas para os NFTs: O CEO explica tudo

OpenSea, líder histórico dos NFTs, anuncia uma evolução importante: tornar-se a plataforma de referência para negociar todos os ativos onchain. Com 2,6 bilhões de dólares em volume em outubro de 2025, dos quais 90% provenientes do trading de tokens, o gigante não vira as costas aos NFTs! Mas os incorpora em uma visão mais ampla. Uma revolução para o ecossistema cripto.

OpenSea e os NFTs: uma história que continua em um ecossistema ampliado

Ao contrário dos rumores, OpenSea não abandona os NFTs. O gigante do mercado anuncia uma transformação muito mais ambiciosa. De fato, a plataforma marcou a história da cripto ao democratizar os NFTs em 2021, atraindo artistas, colecionadores e gamers para a blockchain. Porém, diante de um mercado em declínio, a OpenSea se recusa a falar em “pivotar”. Para Devin Finzer, seu CEO, os NFTs continuam um pilar, mas não são mais os únicos.

O objetivo agora é agregar todos os ativos onchain, dos tokens às obras de arte, passando pelos ativos físicos. Essa evolução responde a um duplo desafio: diversificar a oferta para captar novos usuários, enquanto fideliza os amantes de NFT. OpenSea aposta em uma abordagem inclusiva, onde cada ativo, seja digital ou tangível, encontra seu lugar. 

Trade tudo: como a OpenSea pretende revolucionar o trading onchain

OpenSea não se contenta mais em ser um mercado de NFTs. Com sua nova visão, “trade everything”, a plataforma pretende se tornar a interface universal da economia onchain. A ideia é simples: permitir que cada um negocie qualquer ativo cripto, em qualquer blockchain, sem barreiras técnicas. Uma promessa viabilizada pela agregação de liquidez em mais de 22 blockchains.

Para alcançar isso, a OpenSea aposta em uma experiência de usuário simplificada, comparável à de uma rede social como o Instagram. O aplicativo móvel, previsto para o primeiro trimestre de 2026, terá um papel fundamental. Ele integrará swaps cross-chain instantâneos e um acompanhamento de portfólio otimizado, tornando o trading onchain acessível a todos, mesmo aos novatos. Devin Finzer esclarece essa visão em termos claros:

Você não deveria ter que usar uma exchange centralizada (CEX) e abrir mão da custódia dos seus ativos. Mas também não deveria precisar navegar por um labirinto de cadeias, pontes, carteiras e protocolos para usar a liquidez onchain.

Uma abordagem que promete aos usuários cripto controle total sobre seus ativos. Isso, sem as limitações das exchanges descentralizadas ou das plataformas centralizadas tradicionais.

$SEA na era do bitcoin: uma aposta arriscada em um mercado dominado

O token $SEA, previsto para 2026, deverá abrir caminho em um ecossistema onde o bitcoin reina supremo. Ao contrário deste, cuja escassez e descentralização o tornam um refúgio seguro, o $SEA da OpenSea aposta na utilidade e no engajamento comunitário.

No entanto, seu sucesso dependerá da capacidade de oferecer um valor real agregado, em um mercado cripto já saturado e sob rigorosa supervisão regulatória. Embora 50% da oferta seja reservada aos usuários, ele precisará sobretudo se impor frente à hegemonia do BTC.

OpenSea não renega seu passado, mas o integra em uma visão audaciosa. Um mês após apostar 1 milhão de dólares em CryptoPunks, a plataforma quer se tornar a referência para trading de ativos onchain. Com $SEA e uma experiência de usuário repensada, a plataforma pode muito bem redefinir os padrões do setor. Essa evolução será suficiente para convencer em um ecossistema cripto já saturado de promessas?