Por que a BlackRock se tornou indispensável para os ETFs de criptomoedas
Desde quando uma única empresa pode fazer ou desfazer o clima na esfera das criptomoedas? A BlackRock, essa gigante das finanças tradicionais, parece agora desempenhar esse papel com os ETFs de criptomoedas. Em 2025, um dado simples resume a situação: sem a BlackRock, os fluxos de investimento nos ETFs de Bitcoin seriam negativos. Então, o império financeiro pode arbitrar o futuro dos altcoins, decidir os vencedores e enterrar os perdedores antes mesmo do início da partida?

Em resumo
- IBIT da BlackRock concentra os capitais, garantindo sozinho o crescimento líquido dos ETFs de Bitcoin este ano.
- Sem a BlackRock, os ETFs de criptomoedas teriam registrado uma queda acentuada desde janeiro de 2025.
- Os futuros ETFs de altcoins têm dificuldade para convencer sem a sombra protetora do gigante da gestão de ativos.
- Fidelity, Ark ou Bitwise querem aproveitar a oportunidade, mas a confiança ainda não foi conquistada.
IBIT, o refúgio massivo dos capitais em busca de bitcoin regulado
Os números não mentem: o iShares Bitcoin Trust (IBIT) da BlackRock atraiu 28,1 bilhões de dólares em 2025. Sem ele, o conjunto dos ETFs de Bitcoin apresenta um saldo negativo de 1,27 bilhão. Em outras palavras, é somente o IBIT que puxa a indústria das criptomoedas para fora de uma estagnação preocupante.
Não é apenas um efeito de tamanho. É um efeito de confiança. Para muitos institucionais, a BlackRock é a garantia de exposição ao bitcoin, mas sem a complexidade técnica das carteiras ou a volatilidade das exchanges de criptomoedas. Graças a uma gestão supervisionada, à Coinbase como depositária e a um método de avaliação transparente, o IBIT marca todas as caixas do bom aluno.
Até o Geoff Kendrick da Standard Chartered admite: o essencial da dinâmica de alta do bitcoin em 2025 é alimentado por esses fluxos entrantes.
Então, quando Vetle Lunde (K33 Research) escreve no X “No BlackRock, no party“, não é brincadeira. É um diagnóstico. Esse fundo não participa apenas: ele sustenta sozinho toda uma fachada de solidez do mercado institucional de criptomoedas.
Sem a BlackRock, os altcoins vão dançar sozinhos?
O próximo capítulo será com os ETFs de altcoins, e pela primeira vez, a BlackRock não reservou seu lugar na linha de frente. Nenhum anúncio de produto para Solana ou XRP no horizonte. Esse vazio desperta esperança em alguns concorrentes… mas também dúvidas.
O JPMorgan menciona um potencial de 3 a 6 bilhões de dólares para um ETF de Solana. A Bitget mira até 6 bilhões. Valores longe de ser desprezíveis. Mas cuidado com a comparação. Os ETFs de Bitcoin alcançaram 6% de adoção da market cap do BTC em seis meses. Para os ETFs de Ethereum, é metade disso.
Sem a credibilidade da BlackRock, os ETFs de altcoins terão que provar seu valor em um mercado mais arriscado, sem o apoio de uma marca mundialmente respeitada. Isso pode frear os institucionais ainda hesitantes. Porque se o IBIT tranquiliza, nada garante que as alternativas para SOL ou XRP terão o mesmo efeito de refúgio.
Esse vazio poderia certamente abrir a porta para atores audaciosos: Fidelity, Ark Invest ou Bitwise, que desejam conquistar terreno. Mas sem o efeito de aura, é provável que esses novos produtos recebam menos impulso, e que os investidores não se precipitem tão rápido.
Um efeito BlackRock que virou sistema? O equilíbrio do ecossistema cripto em questão
Hoje, a BlackRock detém cerca de 60% dos ativos dos ETFs de Bitcoin americanos. É muito mais do que uma dominância, é um controle sobre a imagem de solidez do mercado cripto regulado. No entanto, esse poder também levanta uma questão: quando uma única empresa capta tanto, o que sobra para as outras?
O desequilíbrio fica ainda mais gritante quando se observa o outro lado da moeda: a Grayscale e seu GBTC, inicialmente visto como pioneiro, registram saídas acumuladas de 24,6 bilhões desde 2024. Mesmo fundos bem intencionados não conseguem competir no mesmo nível.
Diante disso, a ausência da BlackRock nos altcoins pode criar uma janela estratégica. Aqueles que ousarem entrar podem conquistar uma nova clientela, menos ligada aos gigantes de Wall Street. Mas ainda será preciso construir confiança.
Os 5 fatos-chave que redesenham o cenário dos ETFs de criptomoedas
- 28,1 bilhões de dólares investidos no IBIT em 2025: um recorde inigualável;
- 92,66 bilhões de dólares em ativos geridos pelo IBIT: cerca de 4% da oferta total de BTC;
- Apenas um mês de saídas líquidas para o IBIT desde seu lançamento (fevereiro de 2025);
- 24,62 bilhões de dólares em saídas para a Grayscale: o maior refluxo do setor;
- 0 bilhão de dólares anunciados pela BlackRock para ETFs de Solana ou XRP: o silêncio é carregado de significado.
A BlackRock ultrapassou recentemente a marca de 800.000 BTC detidos via IBIT, fortalecendo ainda mais sua posição dominante. Esse número não é apenas um recorde: é um sinal. Um lembrete de que a adoção institucional do Bitcoin hoje passa por gigantes que sabem falar a língua de Wall Street… e a do cripto.
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La révolution blockchain et crypto est en marche ! Et le jour où les impacts se feront ressentir sur l’économie la plus vulnérable de ce Monde, contre toute espérance, je dirai que j’y étais pour quelque chose
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