Solana entra na rede interoperável da Chainlink

A era das blockchains isoladas está chegando ao fim ? Este é, em todo caso, o sinal forte enviado pela Chainlink, que acaba de ativar seu protocolo de interoperabilidade CCIP na Solana. Assim, essa integração marca uma virada estratégica, tanto para as infraestruturas técnicas quanto para os fluxos de capitais na DeFi. Ao conectar a Solana a gigantes como Ethereum e BNB Chain, a Chainlink expande sua rede interoperável para um ecossistema não-EVM, um passo inédito e de grandes consequências para os mercados multichain.

Chainlink conecta Solana à rede CCIP

Em um comunicado, a Chainlink Labs anunciou que seu Protocolo de Interoperabilidade Cross-Chain (CCIP) está agora operacional na Solana, o que constitui “o primeiro lançamento em uma blockchain não-EVM” graças à atualização v1.6.

Esta importante evolução permite que a Solana se conecte às principais redes compatíveis com CCIP, incluindo Ethereum, BNB Chain e Arbitrum. O protocolo autoriza transferências seguras de ativos e dados entre cadeias, atendendo a uma necessidade crescente na finança descentralizada multichain.

Aqui estão as principais características dessa integração :

• Interoperabilidade ampliada : Solana se junta à rede interconectada do CCIP, facilitando as comunicações com Ethereum, BNB Chain, Arbitrum ;
• Primeira compatibilidade não-EVM : este é o primeiro lançamento do protocolo em uma blockchain que não utiliza a máquina virtual Ethereum ;
• Melhorias técnicas com a v1.6 : a atualização reduz os custos de transação e aprimora a arquitetura do protocolo para permitir sua escalabilidade em centenas de blockchains ;
• Segurança e infraestrutura comprovada : Chainlink, já usado para proteger bilhões de dólares em TVL na DeFi, expande sua cobertura para uma rede de baixa latência e com taxas reduzidas como a Solana.

Johann Eid, Chief Business Officer da Chainlink Labs, explica que essa integração “posiciona a Solana para atrair capitais institucionais e fortalecer a liquidez dos ativos reais tokenizados (RWA)”. O objetivo declarado é claro: fazer da Solana um polo interoperável de confiança no universo cripto, ao mesmo tempo garantindo padrões de segurança comparáveis aos das maiores redes EVM.

Projetos tokenizados investem na Solana

Além da dimensão tecnológica, são os casos de uso concretos que ilustram o potencial imediato do CCIP na Solana. Entre os primeiros projetos cripto a integrar essa nova interoperabilidade estão Maple Finance, Backed Finance e Shiba Inu, via o padrão Cross-Chain Token (CCT) da Chainlink.

De acordo com os dados divulgados, mais de 19 bilhões de dólares em ativos tokenizados já circulam por essas soluções, agora elegíveis para implantação no ecossistema Solana. Joe Flanagan, cofundador da Maple Finance, confirmou que seu stablecoin syrupUSD em breve será ligado à Solana via CCIP, o que abriria caminho para uma liquidez ampliada nessa blockchain.

A dinâmica não se limita apenas aos ativos financeiros. Esse protocolo também atrai a atenção de atores inovadores como a ElizaOS, uma plataforma de IA especializada em agentes autônomos cross-chain.

Seu fundador, Shaw Walters, declarou que sua infraestrutura usará o CCIP para permitir interações multichain automatizadas, sinalizando um interesse crescente pela interoperabilidade programada em domínios emergentes do ecossistema cripto. Outras soluções como Openocean ou Transporter já preparam a integração do suporte à Solana via CCIP, prova de uma adoção rápida.